Ferréz x Labortexto.
Buzo, exemplo de organizador.

Literatura Marginal segundo encontro
tá confirmado,
Literatura Marginal Segundo encontro.
"Quais os caminhos da literatura e da periferia?"
dia 03 de junho de 2007 (ano terrestre)
das 18:00 as 22:00 hs.
Performances, textos, atitude e a lua do Capão Redondo
Apresentação: Ferréz
Escritor convidado: Chico César recitando "Cantáteis".
Local: Barraca do Saldanha
Rua Marco Basait, 75 próximo ao supermercado Ricoy.
Centro do Capão Redondo.
Patrocínio: 1dasul/Firme e Forte.
Apoio: Bblioteca Êxodus.
A cultura da Periferia em ação.
Vamu que Vamu que a favela num podi pará.

Quermesse Da Grisson, dia 2 e 3 é a semana do Rap, vai ter Facção Central e Detentos do Rap, além dos sorteios da coletânia 1dasul.
Já no dia 3 de junho, será realizado o 2. encontro de Literatura Marginal no Saldanha, na rua Marco Basait, centro do Capão Redondo, vários poetas convidados, entre eles Chico César recitando seu livro: Cantáteis.
Também está em início os preparativos para a próxima festa 100% favela, que já é uma festa tradicional que acontece todo 7 de setembro.
e pra quem pode colar, em Brasilia vai rolar um evento histórico, o poeta do Rap grava seu primeiro DVD, é a chance de ver em grande estilo a história da música se fortalecer, logo abaixo está o convite.
Bom por enquanto é só tudo isso, e o mais legal, sem lei de incentivo e sem ajuda de politico.
Ferréz
Guilherme Russo manda sua resposta.
Alta cúpula

No Vaga (Ferréz)
E aí, encontrou?
Encontrei nada.
E o negócio do purificador?
Era tudo ilusão, fiz curso de três dias e depois descobri.
Já sei, de porta em porta de novo.
É, eles falam que é fixo, mas na real é de porta em porta.
Povo pilantra.
Pilantra é pouco, até a condução eu tinha que pagar.
E chegou a fazer o dito estágio?
Fiz sim, comprei até roupa no cartão.
Isso que fode tudo.
Pior foi o Deusdete.
O que foi?
Comprou uma máquina de fralda.
Meu Deus, esse homem não aprende.
Aprende não, não chega aquela das camisas, lembra?
Lembro, sim. Fez meia dúzia de estampa e depois foi vender a máquina.
O pior dos piores é fazer os books.
É mesmo, toda mãe acha que o filho é o mais bonito.
Eles chegam a fazer até curso com as meninas.
Tudo mentira, até a filha zarolha da Lúcia entrou nessa. Já viu modelo zarolha?
Depois elas pagam mó dinheiro e ficam com as fotos guardadas.
É mesmo, porque vaga na TV, meu filho, já tá tudo prometido.
Tudo conversa fiada de televisão.
Não sei por que tem gente que ainda cai nisso.
Desespero, eu acho.
É mesmo, o povo chega até a fazer colar.
E quem compra colar na favela, Meu Deus?
Que nem as antenas parabólicas.
Quem caiu nessa?
O Zinho, lá da Rua 10, vendeu meia-dúzia, não ganhou nem o do sal.
Tô falando, depois eles anunciam que tem muita vaga.
Tem vaga para ser explorado.
É mesmo, agora amanhã eu vou ver um bom.
Qual que é?
É um plano dentário, se vender três, o emprego é seu.
Nossa! Não tem como me envolver?
Só se você quiser comprar um meu.
E quanto é?
Paulada Cultural não foi calma...mesmo sem rap.
Escolha um lado da ponte
Paulada Cultura tá enchendo o saco...
Eu Acredito em Super-Heróis.
EU ACREDITO EM SUPER HERÓIS.
DA PERIFERIA
OS HERÓIS DO DIA-A-DIA.
essa estampa é uma das 8 novas camisas.

Nova coleção 1DASUL criação: Ferréz/1dasul / Desenhos:South/Inca Estúdios
Palestra na Itália.

segue logo abaixo, os detalhes do evento em italiano.
Istituto Brasile-Italia
Via Borgogna, 3 Milano
tel 0276011320 fax 0276011296
www.ibrit.it
info@ibrit.it
MAGGIO 2007
Nuove Tendenze dal Brasile
Venerdì 25 ore 19,30 – "Literatura marginal, da Carolina de Jesus a Ferréz” - l'hip-hop come responsabilizzazione e veicolo di cultura nelle favelas”. Incontro a cura di Patrizia Di Malta
Palestra Amanhã

Aniversário do Capão vira patifaria (de novo)
Politicos aprovam maioridade penal e riem do rap

Suplicy declama Rap de Racionais MCs no Plenário
27/4/2007 10:01:03
Ontem, quando da seção de votação para a redução da maioridade penal, na Comissão de Constituição e Justiça, o senador Eduardo Suplicy (PT-SP), numa demonstração de sensibilidade, declamou em forma de poesia a letra "Um Homem na Estrada", do grupo Racionais MCs.Sua tentativa: a de convenser seus colegas no plenário a votarem contra a redução da idade penal. Como resultado, numa demonstração de desconhecimento e lamentável desrespeito, todos cairam às gargalhadas, ridicularizando a atitude de Suplicy.Para finalizar ainda mais tristemente o momento, os senadores aprovaram, por 12 votos a 10, a reddução da maioridade penal, o que levará centenas de milhares de jovens delinqüentes às nossas prisões falidas e despreparadas. O fato é mais uma demonstração de que nossos representantes, além de pouca sensibilidade, não se aperceberam de que o maior problema do país é a falta de acesso a educação e a cultura. Ficam condenados, assim, nossos jovens a serem trancafiados em instituições de reformação prisional de adultos.
Elicí (Ferréz e Edvaldo Quirino)

Elicí
Elicí e o helicóptero levanta vôo.
Ele se levanta e toma um copo de café preto como a sua pele.
Elicí sim é criança cedo, e a precocidade na infância interfere.
Tem a vida tão corrida.
Trabalha seis dias por semana.
Entrega roupas de pessoas bacanas.
No final do dia paga as bebidas que o pai toma.
Se senta sempre sob a copa da grande árvore após o almoço.
Elicí ainda hoje eu ouço.
O galo já cantou e o relógio despertou.
Levanta e vai encarar a mais pura realidade.
Naquela manhã a mãe lhe disse:
“Filho, vai com Deus”.
Ele voltou, pegou sua mão e a beijou, pediu bênção e partiu.
Entrou no ônibus, encarou o cobrador, disse bom dia, sem resposta.
Desceu no paraíso (o paraíso dos ricos),
Pegou o metrô, desceu na Marechal, subiu a Angélica correndo.
A menina olhou, mas ele não podia parar.
Chegou um pouco atrasado, quando a patroa lhe olhava se sentia escravo.
De manhã havia muita entrega, e era sempre assim.
Quanto melhor para a patroa, pior para Elicí.
Sempre agradeceu pelo pagamento.
Entregava em casa de bacana e de prostituta.
Quando tinha entrega na casa de madame, algumas atendiam seminuas.
Perua exibicionista que lhe dava gorjeta e sorriso falso.
Um dia, um executivo parou o carro, lhe ofereceu dinheiro, Elicí mostrou o dedo.
Era meio-dia e a fome estava chegando.
Almoçou rapidamente em vinte minutos, tinha quarenta para descansar.
Na grande árvore, Elicí foi se sentar.
Elicí e o helicóptero levanta vôo.
Fecha os olhos, e começa a viajar.
Talvez um tratamento para o pai, uma bicicleta para o irmão.
Talvez tirar a mãe do sufoco, melhorar a casa.
Aquele beijo quente, daquela menina linda, e até uma moto.
Elicí com os olhos fechados não vê o pesadelo dobrar a esquina.
Um carro importado, vermelho, um casal bem-nascido se tocando.
Tanto afeto, tanta bolinação que esquece a direção.
Elicí ouve as folhas da árvore e o grito estridente dos pneus no asfalto.
Ouve o estrondo.
A notícia vai correr no jornal.
“Menino negro morre prensando ao tronco.”
A história se repete.
O resgate é acionado, socorro de gente rica é mais rápido e vem pelo alto.
O helicóptero na pista, os curiosos aplaudem.
Médicos, bombeiros, polícia e até voluntário.
Socorreram o casal endinheirado.
O helicóptero decola, e agora já era.
O menino tá morto mesmo, e morto espera.
Elicí e o helicóptero levanta vôo.
Elicí ainda hoje eu ouço.
Ferréz/Edvaldo Quirino
Ferréz é compositor, autor de 5 livros. Edvaldo Quirino é compositor e vocalista do grupo A Tropa.
Lourenço Mutarelli
Mas esse pais que valoriza tanto o gringo, não sabe o que está perdendo em suas próprias terras, pra que Crumb? pra que Eisner? asseguro com total firmeza, veja o trampo de Mutarelli e compare o incomparável.

Grafiteiro Fhero

Caros Amigos 10 anos de publicações ideológicas

Bate-Papo com Ferréz e Ricardo Noblat

Ninguém é inocente em S.P. concorre a prêmio.

11.o Favela Toma conta


além da coletânia que acabamos de lançar.
Vamo se mexer rapa, o palco num aparece do nada, e a fama não cabe num coração pequeno.
10 anos de Literatura
e depois vieram as festas de samba e de rap onde eu sempre levava o livro para vender, em muitas delas eu não vendia nada e ainda sempre sumia um livro ou outro.
Mas esforço é o nome do talento.

Sistema Besta de Televisão

assim o desenho infantil perde até sua inocência, e os nossos pequenos vão sendo treinados para as máquinas de bingo que contaminam toda a periferia.
Bom, agora o vovô Silvio indoidou de vez, o programa tido como "humor" chamado Fora de Controle, num é só mais um programa sem graça e de muito mau gosto, mas um atentado direto a toda a família que sintonizar naquela aberração.
Evento de Literatura Marginal

Até a morte nêgo....
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Aos amigos.
na tarde de ontem, dia 5 de abril, no hospital São Leopoldo, pesando 3 kilos e cinco gramas, e medindo 47 centimetros nasceu:
Dana Ferréz Pires Silva
filha de Ferréz & Elaine.
Blogs e site.
é que num dá pra por todos os assuntos aqui, e temos que distribuir o lance, eles não são tão atualizados como esse mas de vez em quando eu consigo fazer o trampo todo.
firme
Ferréz
Aniversário 1DASUL

Ferréz, Adélia Prado, Luiz Fernando Veríssimo lançam livro inédito.
O Melhor Lugar do Mundo é o tema do 6º Concurso de Redação Ler é Preciso do Instituto Ecofuturo.
Que através da série Leituras do Brasil" lança o livro "A vida que agente quer, dependo do que agente faz.
com textos de: Lygia Bojunga, Luiz Fernando Veríssimo, Ferréz, Manoel de Barros e ilustrações de jovens que tiveram aulas de arte-educação.
O livro já está impresso, e os 35.000 exemplares vão ser distribuidos para as escolas que participarem do concurso de redação Ler é Preciso.
Em março o Instituto Ecofuturo lança a sexta edição do Concurso de Redação Ler é Preciso e convida estudantes e professores de todo o Brasil a pensar, sonhar e escrever a partir das 8 Metas do Milênio, com uma expectativa de mobilizar 1 milhão de pessoas e ter um retorno de 50.000 redações
Disponibilizar conhecimentos que ajudem a colocar o planeta e seus habitantes no rumo da sustentabilidade e saber, direto da fonte, como estão e o que pensam crianças, jovens e adultos - estes são os objetivos do 6º Concurso de Redação Ler é Preciso, O Melhor Lugar do Mundo, realizado pelo Instituto Ecofuturo e divulgado para 175 mil escolas do País.
O tema selecionado para esta edição do concurso resulta da edição anterior, cujo tema foi o sonho: os jurados se depararam com redações de crianças que não sonhavam alto por medo, falta de expectativas, desconhecimento, e também pela carência de coisas a que, por lei e por direito, deveriam ter acesso.
O 6º Concurso de Redação Ler é Preciso tem como fonte de referência o livro A vida que a gente quer depende do que a gente faz, publicação inédita do Instituto Ecofuturo com artigos escritos por renomados estudiosos que apresentam propostas para a conquista das Oito Metas do Milênio (*), documentadas pela ONU em 2000 e assumidas por 191 países, que se comprometeram a cumpri-las até 2015. De autores como Ricardo Paes de Barros, Moacir Gadotti e Julita Lemgruber, acompanhados por textos de literatos como Manoel de Barros, Adélia Prado, Lygia Bojunga, Luis Fernando Verissimo e Ferréz, os textos apontam alguns caminhos para que as crianças vivam a infância com tranqüilidade e se alimentem dessa infância para crescerem saudáveis e assumirem seus papéis como cidadãos, garantindo os mesmos recursos às próximas gerações.
A vida que a gente quer depende do que a gente faz será enviado para todas as escolas que solicitarem o kit de inscrição, juntamente com o Caderno do Professor, com dicas e orientações para que o tema seja trabalhado de forma cooperativa em sala de aula.
QUEM PODE PARTICIPAR?
Desta edição do Concurso de Redação Ler é Preciso podem participar todos os estudantes do Ensino Fundamental e Médio, das Escolas de Jovens e Adultos (EJA), e também professores. Cinco categorias estão abertas a todo tipo de texto, com os seguintes "subtemas": Bom dia, mundo bom (da 1ª à 4ª série), Solto minhas palavras no mundo (da 5ª à 8ª série), O melhor lugar do mundo (Ensino Médio); A vida que a gente quer (EJA) e, finalmente, Instruções para chegar ao melhor lugar do mundo (professores).
Por meio de parcerias com instituições e organizações não-governamentais, nesta edição o Concurso de Redação Ler é Preciso amplia a possibilidade de participação de portadores de necessidades especiais (cegos e surdos), presidiários e jovens que moram em áreas de alto índice de violência e estão em unidades da Fundação de Bem-Estar do Menor (Febem).
Para esta edição, a expectativa é atingir 1 milhão de alunos e professores, ter a participação de cerca de 10 mil escolas e receber 50 mil redações de todos os cantos do País.
QUAL SERÁ A PREMIAÇÃO?
As 60 redações vencedoras serão selecionadas por um grupo de jurados bastante diversificado em idade, formação e atuação profissional. O júri, consciente de que não se trata de uma avaliação escolar, procura o "brilho" das redações, ou seja, a criatividade e a originalidade.
Os vencedores serão premiados com computadores e clássicos da literatura universal Suas redações serão publicadas em um livro coletivo, com as características de interatividade e diversidade que marcam o Somos e queremos, produto final do 5º Concurso de Redação Ler é Preciso, que encantou e "cooptou" leitores bem diversificados, de crianças a executivos, de jornalistas a políticos. Outro grande momento da fase de premiação do concurso é a realização da assembléia participativa com os vencedores, que decidem, por consenso o município que ganhará uma Biblioteca Comunitária Ler é Preciso em local a ser selecionado.
COMO SE INSCREVER?
As inscrições estão abertas a partir de março. As redações devem ser enviadas até 15 de junho de 2007. Mais informações, esclarecimento de dúvidas ou solicitação de kits para a participação no 6º Concurso de Redação Ler é Preciso: 0800 772 0099 (ligação gratuita).
ou para saber mais, www.omelhorlugardomundo.org.br
QUEM ESTÁ CONOSCO NESSE PROJETO?O 6º Concurso de Redação Ler é Preciso, realizado pelo Instituto Ecofuturo e incentivado pelo Ministério da Cultura, tem como patrocinadores o Grupo Suzano, White Martins, Itaú e Comgás. Os apoiadores são Eka Chemicals do Brasil, Companhia Siderúrgica Nacional, Tilibra, Sepetiba Tecon, Grupo Ligna, Lazam-MDS Gestão de Seguros e Casa do Pão de Queijo.
Não deixe de participar e divulgar na sua escola, muitas crianças tem acesso a leitura com concursos que nem esse, valeu.
Ferréz
Capão Pecado 7 anos depois
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Lembro-me como se fosse hoje, o dia em que entrei numa livraria pra comprar uma caneta Bic, e na saída, vi um livro, que me chamou a atenção por causa da capa. Peguei folheei, senti-o em minhas mãos, e me afeiçoei a ele, foi a primeira vez na vida, que dei importância a um livro.Não podia deixá-lo lá, tinha que comprá-lo. Anos depois soube que este ato de comprar livros compulsivamente é considerado doença pra muitos, na minha opinião é um ato do caralho! Compro mesmo! Fico sem mistura em casa, mas compro!Já ouvi uma pessoa dizer, que ouviu uma outra pessoa falar, que num sei quem disse, que mal os livros estão vendendo e eu os compro! Compro mesmo, trabalho pra isso! Capão Pecado; O livro que salvou minha vida! Pois hoje, certamente eu seria apenas mais um sócio de uma torcida organizada!
O Barco Viking (Ferréz)

Quando Alberto Saraiva criou a rede Habib’s, certamente não imaginaria a cena.
Dois meninos, 9 e 11 anos.
Moradores do mesmo bairro onde está instalada a loja de comida árabe mais famosa do mundo.
Os brinquedos lá fora são atrativos, divertem os filhos dos clientes, que pagam pouco mais de cinqüenta centavos por esfiha. Entre eles está um escritor e sua esposa.
Os dois meninos olham os brinquedos.
Ficaram na fila, mas a funcionária não os deixou embarcarem no barco viking.
Ficam presos à sua realidade.
O cigarro talvez, o baseado não. Cuidar de carro talvez, roubar não.
O pai de um é pernambucano – filho meu se aprontar eu quebro no pau. O pai de outro é mineiro – sempre dei bom exemplo pra esse menino, se virá coisa ruim não é culpa minha.
A funcionária, que também é do bairro, não hesita, separa da fila.
Cara de maloqueiro? Talvez foi isso que os barrou na fila.
Mas a desculpa é padrão.
– Desculpe, meninos, mas é só para quem está consumindo.
Consumir.
Consumir.
Consumir.
Eles me vêem.
E aí? Tudo bem?
São da minha vila.
Chamo pra minha mesa.
- Quer algo?
Não.
- Pede aí uma esfiha, um refri.
Os dois abaixam a cabeça.
Não.
Então quando levantam a cabeça, percebo o olhar.
O barco viking.
- Já, sei... garçom... faz favor.
- Sim, senhor.
- Leva eles aí no barco, eles querem brincar.
O garçom os acompanha, com um grande sorriso no rosto.
Consumir.
Consumir.
Consumir.
Alguns minutos e olho eles no barco, um cutuca o outro.
- Chapado... que louco!
Lembrei de quando era pequeno, fui numa excursão da escola para o playcenter, um amigo meu deu um soco num cara vestido de Mickey. Quando a diretora veio lhe chamar a atenção, ele gritou.
- Era um cara, porra, é apenas um cara vestido de Mickey.
É, garoto, eles sempre mentem pra nós, eu pensei, assim como tudo nessa vida, política, escândalos, carros, cerveja, sexo, um grande elo, não devia ser assim.
Mas as crianças no barco vicking não filosofam, elas apenas sorriem, e cutucam uma a outra.
- Que louco, puta que pariu, que chapado!
Eu consumi, paguei, fingi que estava feliz, era sábado né?, dia de trabalhador curtir com a esposa. Estampei um sorriso padrão na cara, dei tchau pros meninos, furamos o sistema, eles estão no barco ainda.
Pra sempre.
Depois talvez a rua, a rua cria, a vida determina.
Um bom lugar
Um bom lugar é com certeza onde moramos, nada como a nossa casa, a nossa rua e nossa família, mas para termos sempre o mínimo necessário para vivermos em harmonia, precisamos prestar atenção também no que não devemos fazer.
Este folheto humilde tem a intenção de iniciar uma conversa com os moradores, principalmente no que se refere ao lugar onde moramos.
Existem vários problemas no nosso bairro, um deles é o Lixo na beira do córrego, proliferando o surgimento de RATOS e INSETOS prejudiciais a saúde de nossos filhos, por isso vamos tomar como principal luta a proteção do nosso bairro.
As inundações também são o retrato de lixo na rua, quem sofre somos nós, os mais humildes.
Outra coisa que está em alta em nosso bairro é o ALCOOLISMO, por isso não devemos dar bebidas como, cerveja, batida e outras que contém álcool para crianças, o exemplo vem da família, evite beber na frente dos filhos, um simples copo pode ser o começo de uma vida inteira de bebedeira.
No caso dos políticos, que só aparecem em época de campanha, não deixem eles pintarem seus muros, a única coisa que temos aqui no bairro é a família e nossa casa, não devemos deixa-los nos usar assim.
Também aproveitamos para pedir a opinião dos moradores no que se refere a termos uma biblioteca no bairro, uma biblioteca comunitária que servisse a todas as pessoas, vamos pensar isso juntos e vamos melhorar nossa quebrada, afinal do céu só cai chuva.
Por uma vida melhor, sempre.
Ferréz
Idéias e opiniões:
Movimento 1DASUL
Rua José Velasques Vargas, 44 Jardim Lilah
Esse panfleto foi distribuido em 4 de maio de 2004, mas eu levo cópias para todas as áreas que vou, se você mora numa quebrada, imprima e distribua, se quiser adaptar outros problemas da sua área faça, porque temos que lutar em todos os frontes.
Scooby nas lojas

O cd é uma realização da Leonel Line e tem o apio exclusivo da 1dasul.
Rabino a favor da maioridade penal é preso nos E.U.A

O rabino Henry Sobel, presidente da Congregação Israelita Paulista, foi preso na última sexta-feira, dia 23, acusado de furtar quatro gravatas em três lojas de grife na mesma avenida de Palm Beach, no estado da Flórida, Estados Unidos.
De acordo com o site do escritório do Xerife do condado de Palm Beach, Sobel foi preso sob três acusações por furto às lojas Louis Vitton, Gucci e Giorgio's Palm Beach. Ele teria pego quatro gravatas. O endereço em São Paulo dado por Sobel no departamento de polícia é mesmo do rabino.
As acusações estão sob os números 2007016314, 2007016315 e 2007016316. De acordo com o site, ele foi preso às 18h45 (horário local) de sexta e liberado às 15h30 de sábado, dia 24.
A Congregação Israelita Paulista informou que irá se manifestar sobre o caso nas próximas horas.
Sobel foi liberado no sábado após pagamento de fiança. Segundo o jornal Palm Beach Daily News, o valor foi de US$ 3 mil. Ainda segundo o jornal, um empregado da loja teria ligado para a polícia após suspeitar da atitude do homem.
O site do escritório do Xerife do condado de Palm Beach traz o registro fotográfico de Sobel na delegacia.
O boletim de ocorrência do fato, assinado pela policial Michele Pagan, diz que ela foi chamada às 12h40 (horário local) à loja Louis Vitton e que uma funcionária suspeitava do furto de uma gravata.
A policial relata ter assistido ao vídeo do circuito interno da loja e visto um homem na seção de gravatas. Depois, ele aparece dobrando a gravata e após ficar cerca de dez segundos fora do alcance das câmeras aparece novamente sem nada nas mãos. A gravata não foi encontrada na área da loja que não estava visível para as câmeras.
A policial relata que abordou Sobel às 14h09 em uma avenida e se aproximou dizendo que investigava um incidente na loja Louis Vitton. Sobel teria se identificado e respondido imediatamente que não havia pego nada e que não tinha entrado na loja.
Após negar o furto, Sobel teria se oferecido para pagar pela gravata. A oficial acrescenta que, após conversar com o rabino, ele admitiu o furto e afirmou que a gravata estava em seu carro, estacionado em uma garagem próxima.
O carro em questão seria um Toyota Avalon azul, ano 2007. Lá estaria uma sacola vermelha com uma gravata vermelha da Louis Vitton com etiqueta de preço indicando o valor de US$ 170. No carro foram encontradas outras gravatas. Segundo o boletim de ocorrência, os valores chegam a US$ 680.
Quando a gravata da loja Gucci estava sendo devolvida pela policial, ela assistiu ao vídeo interno da loja, que mostraria Sobel retirando uma gravata rosa de uma prateleira e colocando-a no bolso direito de sua calça.
Redação Terra
Meu Q.G.
Capão Pecado 7 anos depois
Palestras.
Cobertura da Inauguração da Biblioteca
o Alessandro Buzo fez a combertura, e a Fotógrafa Marilda fez as fotos, confere a cobertura no www.suburbanoconvicto.blogger.com.br.
e de agora em diante é muito trabalho todos os dias, para a leitura virar uma regra na favela.
Ferréz/1dasul
Feito, vendido e usado no Gueto.





Depois de mudar a loja de lugar pela segunda vez, pude montar meu escritório, ficava numa casa nos fundos, lá também era o estoque, onde o Tico, o Cebola e o Alex me ajudava a dobrar as roupas e embalar.

O André foi o primeiro a fazer a tatuagem da 1dasul, depois foi o Alex, que é dessa foto ai em cima, e dai em diante vários manos fizeram a tatuagem.
descobrir gente que costurava e fazia silck foi uma surpresa muito grande, correndo com a 1dasul eu pude constatar que as marcas da elite era tudo ilusão, as tias daqui costuravam as roupas da HD, Forum, Cavalera, Adidas, e os manos daqui eram os que faziam os silcks, que são as estampas.

1dasul Capão-Sp agente faz, vende e usa no gueto, quem duvidar pode chegar e conferir, afinal a marca foi consagrada pelo melhor público que existe, os manos e minas da rua.
Lançamento da Coletânia e palestras.

1DASUL revoluciona

entrevista com Ferréz

Ferréz
Ai Sou Da Paz, sua policia comunitária é essa???
Agora vem dizer que é montagem? vem dizer que é uma minoria? textos tendenciam, ponto de vista se muda, mas fotos não mentem. (Ferréz)

Eu respondo: é um país ilegal, sem alvará de funcionamento, sem licença para ser pátria.