Blog do escritor Ferréz

Ferréz x Labortexto.

Salve,
como sempre em primeiro lugar na linha de combate, acho justo agente falar as coisas e provar.
E todo mundo sabe da treta que rolava com minha antiga editora, a Labortexto.
que lançou meu segundo livro (Capão Pecado) o primeiro foi independente.
Alguns amigos do editor João Eduardo quando me encontravam por ai, falavam que fui ingrato, que ele me deu "chance" de lançar, só que esqueciam que eu escolhi a Labortexto no meio de 18 editoras entre elas, Brasiliense, Casa Amarela, Record, etc.
Mais um detalhe, o livro já estava divulgado, pois eu tinha feito um corre monstro em todos os canais e jornais que pude alcançar.
Então, pelas conversas que tive com esse editor, o que mais me atraiu foi o fato de que era uma casa nova, um lugar que estava no início, e assim como eu, a editora tinha tudo para crescer.
Claro que o sonho virou pesadelo, e não recebendo o justo pelo livro, que aliás não parava de vender, (nos primeiros 2 meses vendeu 3.000 cópias) eu tive que fazer vários trabalhos para me sustentar, mas até ai tudo bem, nunca tive preguiça mesmo.
No decorrer do caminho, outros autores que sairam por lá, começaram a falar comigo do mesmo problema, a falta de pagamento, ou pelo menos a falta de um pagamento justo pela vendagem que estavam tendo.
eu sempre achei que o exemplo tem que partir de quem mais fala, então contratei a Crivelli e Carvalho Advogados Associados para entrar com um processo contra a Labortexto.
Pronto, parei de falar mal, parei de ficar charope por ai reclamando do que eu não tinha ganho, e fui logo pras cabeças.
nessa semana passada, me chegou a resposta, depois de tanto corre o juiz determinou a causa a meu favor, a Labortexto perdeu e eu ganhei a ação.
Claro, que dai pra receber é outros 5o0, mas o que me alegra é saber que o determinado pelo juiz foi 9.000 livros do Capão Pecado que não foram pagos, e isso diz que o livro vendeu muito mais, só isso já basta.
Para quem manja sabe que é muito difícil ganhar um processo desses, e que ele só é ganho quando apresentamos provas, foi o que fiz, com livros de escolas públicas e cartas de diretores de escolas que particulares que chegaram a comprar 800 livros por ano, além das notas ficais de venda.
agradeço aos advogados e a todos que acreditaram que o autor aqui num estava louco, e recebendo ou não, o melhor é que fica ai o exemplo.
Ferréz

Buzo, exemplo de organizador.






Cara,
foi um corre pra chegar lá, mas finalmente no sabadão eu colei no centro.
chegamos eu e o Aice, e a praça em frente a galeria tava lotada, em cima do caminhão do som, estava o Buzo comandando a parada junto com o pessoal da Conduta.
Ele logo me viu no meio da multidão e pediu pra mim subir, mas eu tava no melhor lugar oh! que é junto com o calor dos meus iguais, então fui lá na beira e dei um abraço no mano que dá uma tremenda lição nos acordadores de meio dia.
Um cara que escreve, organizar um evento bonito daquele, só vendo mesmo...deixando muito exemplo para os manos do rap.
o SNJ, o Thaíde, o Criolo Doido...prova que o Hip-Hop continua vivo e cheio de energia.
Fora o Jornal da Tarde me diz quem deu matéria? sabe o motivo? porque felicidade num dá ibope nego.
Mas agente que tá no corre na nossa mídia independente faz nossa parte, relantando os bagulhos do nosso ponto de vista mesmo. afinal a cultura é nossa.
Então pro Buzo, pra Marilda, pra Conduta e todos os artístas que participaram, parabéns, e muita energia pra todos nós.

a caminhada continua. Ferréz



Fotos tiradas do www.suburbanoconvicto.blogger.com.br

Literatura Marginal segundo encontro

Salve
tá confirmado,


Literatura Marginal Segundo encontro.
"Quais os caminhos da literatura e da periferia?"

dia 03 de junho de 2007 (ano terrestre)
das 18:00 as 22:00 hs.
Performances, textos, atitude e a lua do Capão Redondo
Apresentação: Ferréz
Escritor convidado: Chico César recitando "Cantáteis".
Local: Barraca do Saldanha
Rua Marco Basait, 75 próximo ao supermercado Ricoy.
Centro do Capão Redondo.
Patrocínio: 1dasul/Firme e Forte.
Apoio: Bblioteca Êxodus.
A cultura da Periferia em ação.

Vamu que Vamu que a favela num podi pará.

Salve Lokos, vamu que a favela num pára, chega de masturbação mental, vamos tocar o barco e num se deixar abater com as dificuldade do mundão.
Nessa virada de mês as forças positivas tão avançando muito, então os eventos não param.


Está nas quebradas o livro Punga, que reuni dois grandes pensadores da periferia, o livro é muito bem escrito, e é mais um atentado terrorista literário das Edições Toró.

Já nos eventos da quebrada...
Quermesse Da Grisson, dia 2 e 3 é a semana do Rap, vai ter Facção Central e Detentos do Rap, além dos sorteios da coletânia 1dasul.
provavelmente vai rolar os shows no sábado, dia 2.
pra quem tá longe, é só chegar no metrô Capão Redondo e subir na rua em frente, que é a Sabim, a primeira entrada é a rua Grisson.

Já no dia 3 de junho, será realizado o 2. encontro de Literatura Marginal no Saldanha, na rua Marco Basait, centro do Capão Redondo, vários poetas convidados, entre eles Chico César recitando seu livro: Cantáteis.

Também está em início os preparativos para a próxima festa 100% favela, que já é uma festa tradicional que acontece todo 7 de setembro.

e pra quem pode colar, em Brasilia vai rolar um evento histórico, o poeta do Rap grava seu primeiro DVD, é a chance de ver em grande estilo a história da música se fortalecer, logo abaixo está o convite.


Bom por enquanto é só tudo isso, e o mais legal, sem lei de incentivo e sem ajuda de politico.

Ferréz

Guilherme Russo manda sua resposta.

Salve no dia 5/10 publiquei uma matéria sobre a virada cultural.
falei de uma matéria no jornal Diário e sobre o jornalista Guilherme Russo.
bom, no texto eu falava: "tem mais no centro quem tava pra ver o show não era "0s fãs violentos do Racionais"como vomitou o pseudo jornalista Guilherme Russo.
ele me mandou uma resposta, pesso que leiam por favor:
Caro Ferréz.
Depois que entrei em contato com seus xingamentos, onteontem, li e reli a matéria que escrevi...Não encontrei a aspa que você cita nas suas ofensas a minha pessoa e ao jornal que me emprega. Por isso considero seu comentário, no mínimo, leviano.
Citando uma referência literária mútua nossa, te digo que as mensagens das entrelinhas aparecem "só para loucos". Mas as linhas têm que ser lidas de maneira plena e despida de preconceitos. e, acima de tudo, lidas.
Na medida em que você me considera "pseudo jornalista", te considero um peseudoleitor, pois a expressão citada quando do xingamento nao está no texto que escrevi. Se você tiver o exemplar com esta expressão (se é que você realmente leu isso), me mande uma cópia por favor, que daí a briga será minha com meus editores.
Se eu tivesse teu email, te mandaria o arquivo da página que escrevi, pois te considero (ou considerava) pra caralho e não quero (ou queria) que fique esta pinimba entre a gente.
Honestamente: Cê leu minha matéria? Meu email saiu publicado em cima do que escrevi. Por que você nao me xingou diretamente?
No mais, foda-se. E um abraço
Guilherme Russo
Diário de S. Paulo.
agora minha resposta.
Guilherme, vão ser poucas idéias. prometo.
Você me pergunta várias vezes se li a matéria. Comprei o jornal no dia, tá aqui na minha frente, não me menospreze a esse ponto de não ter lido, por favor.
Segundo, não expressei minha opinião (pra você xingamento) diretamente a você, porque você publicou num jornal uma matéria para milhares de leitores, então porque eu deveria dar minha opinião só pra você?
não vai ficar pinimba nenhuma, nós do Hip-hop também somos "legais".
Agora falar em ser livre de preconceito, vindo de um cara que fez uma matéria daquelas é sacanagem. Quanto ao meu comentário "no mínimo leviano"realmente coloquei as aspas no que entendi e não numa frase sua, mas agora sei que devo colocar só no que você disse, tá vendo agente aprende.Agora vou colocar uns trechos reais da matéria que você escreveu, e me diga por favor.
nas entrelinhas pra loucos ou não, você num deixou bem claro que os fãs do Racionais são violentos?
vamos ver.
"Um confronto entre os fãs e a Polícia Militar se espalhou por todo o entorno da Sé que virou um campo de guerra."
"Passada meia hora do início show, ás 5h, os fãs voltaram a subir nas fachadas. Desta vez, eles revidaram com garrafadas."
"Revoltados contra a polícia, fãs do Brown incendiaram um carro, depredaram outro, e saquearam pelo menos duas lojas. Diversos estabelecimentos tiveram as portas amassadas a chutes. Oito viaturas da PM e mais uma da GCM foram depredadas."
"Quando se afunilaram nas estreitas ruas do entorno da Sé, os fãs começaram diversos quebra quebras, tentando saquear lojas e materiais dos palcos eletrônicos."
também tem uma coluna no texto, escrita por você que traz "A confusão hora a hora" e na hora 5h38 está escrito: "Revoltados, fãs de Mano Brown iniciam quebra-quebras e saques de lojas em toda a região".

Alta cúpula


Salve

toda vez que terminava um livro, ia para a viela, olhando a água salubre do córrego e esperando alguns amigos, eu esperava ancioso o momento de contar sobre a história que tinha lido, os amigos chegavam, o papo começava e eu mal conseguia dar um resumo do que tinha lido, ninguém ligava, no máximo fingiam interesse, mas logo o time campeão da semana tomava conta do assunto, assim como o ultimo ganhador do campeonado de várzea e qualquer assunto que tivesse tido destaque na tv era mais interessante que um gordinho de óculos falando de livros.
demorou 31 anos para o autor aqui presenciar uma roda literária em plena periferia.
mas...aconteceu.
eu colei no sarau da Cooperifa essa semana, e o barato foi louco, sem assuntos de motos, carros, homicídio, policia. Ave maria nada disso.
no final do sarau, como todo bom rato de biblioteca que sabe onde estão os títulos mais escondidos, eu fui convocado a sentar na mesa do Sérgio Vaz, lá junto com Márcio, Augusto e depois com a chegada do Lobão, o papo foi mil grau.
o assunto daquela noite calorenta, cheia de abraços que interrompiam a conversa a todo momento foi, Neruda, Hesse, Paulo Lins, Dostoievski, João Antônio, Plínio Marcos.
E olhando para as luzes acessas que davam um ar bucólico para aqueles morros eu cheguei no que tanto queria.
falar e fazer literatura na comunidade, pro povo da comunidade
nada mais digno e verdadeiro.
ah! e de quebra ainda perdi o cabaço, pela primeira vez li um poema no sarau, antes eu só tinha falado letras de rap, dessa vez foi poesia mesmo.

segura.

Ferréz.

No Vaga (Ferréz)

No Vaga. (texto do livro Ninguém é inocente em São Paulo)

E aí, encontrou?
Encontrei nada.
E o negócio do purificador?
Era tudo ilusão, fiz curso de três dias e depois descobri.
Já sei, de porta em porta de novo.
É, eles falam que é fixo, mas na real é de porta em porta.
Povo pilantra.
Pilantra é pouco, até a condução eu tinha que pagar.
E chegou a fazer o dito estágio?
Fiz sim, comprei até roupa no cartão.
Isso que fode tudo.
Pior foi o Deusdete.
O que foi?
Comprou uma máquina de fralda.
Meu Deus, esse homem não aprende.
Aprende não, não chega aquela das camisas, lembra?
Lembro, sim. Fez meia dúzia de estampa e depois foi vender a máquina.
O pior dos piores é fazer os books.
É mesmo, toda mãe acha que o filho é o mais bonito.
Eles chegam a fazer até curso com as meninas.
Tudo mentira, até a filha zarolha da Lúcia entrou nessa. Já viu modelo zarolha?
Depois elas pagam mó dinheiro e ficam com as fotos guardadas.
É mesmo, porque vaga na TV, meu filho, já tá tudo prometido.
Tudo conversa fiada de televisão.
Não sei por que tem gente que ainda cai nisso.
Desespero, eu acho.
É mesmo, o povo chega até a fazer colar.
E quem compra colar na favela, Meu Deus?
Que nem as antenas parabólicas.
Quem caiu nessa?
O Zinho, lá da Rua 10, vendeu meia-dúzia, não ganhou nem o do sal.
Tô falando, depois eles anunciam que tem muita vaga.
Tem vaga para ser explorado.
É mesmo, agora amanhã eu vou ver um bom.
Qual que é?
É um plano dentário, se vender três, o emprego é seu.
Nossa! Não tem como me envolver?
Só se você quiser comprar um meu.
E quanto é?

Paulada Cultural não foi calma...mesmo sem rap.

Bom, a mídia minimizou, mas mesmo tocando Alceu, Leci e Karnak a virada também teve pancadaria, e sem nenhum grupo de rap envolvido.
mas dessa vez a polícia se comportou direito (será porque?) e deteve somente (somente) os brigões.
mas tudo bem, o importante é que o papa ex soldado nazista foi embora, se vc tiver de boa e tem tempo, saiu uma matéria sobre meu trabalho no site www.musibrasil.net entra na parte de letteratura e confere uma matéria de várias páginas que a Patrizia di Malta fez.
e pro Kassab saber desde sexta-feira tamus lotando a favela Grisson com muita música, entre pagode, rap, soul e disco. Sábado passou de 3 mil pessoas e muita paz na quebrada.
Por ultimo só pra firmar, já tá confirmado, o segundo encontro de Literatura Marginal acontece em junho, tamos dando um puta talento na barraca do Saldanha, então meus amigos literarios espero vocês em breve.
Ferréz

Escolha um lado da ponte

Já foi anunciado....
No domingo, 13, a Prefeitura realiza na Praça da Sé a "Festa da Virada". A programação começa às 15 horas, com intervenções circenses e teatrais, e se estende até às 23h30, com shows, entre outros, de Leci Brandão, Alceu Valença, Karnak, Skowa e a Máfia, Pato Fu e Moraes Moreira.
Ou seja, agora sem o rap, tudo vai rolar na mais pura paz.
para desgosto deles, agente também se mexe, e começou nessa sexta a 5o. quermesse da Grisson, na Continuação da Av. Sabim, em frente ao metrô Capão Redondo, com shows de Detentos do Rap, Facção Central, Soweto, e vários grupos locais.
Portanto, quem quiser passar a ponte, via ver Alceu e outros e quem quiser ficar desse lado pode curtir a quermesse que vai durar 30 DIAS.
E pra piorar tudo, estou me orquestrando para realizar o segundo encontro Literatura Marginal, na barraca do Saldanha, e dessa vez o evento vai ter um tema para discussão, logo mais.
Ah! e pra finalizar 7 de Setembro tem mais um super show contra o militarismo, na Rua Godoi, junto com o Negredo estamos organizando um super surpresa, ano passado teve Chico César e Racionais, esse ano...vocês não vão acreditar....
bom, vamos que vamos,
Ferréz

Paulada Cultura tá enchendo o saco...

Olha, tá foda, tanta coisa legal acontecendo, como a chegada do quase defunto Papa, e os caras só ficam perguntando do problema com o show na Centro.
Porra, é um assunto tão batido como o de dez anos atráz, então vou fazer um texto sobre isso logo e zerou o assunto.
quem se prejudica com tudo isso mais uma vez é o Hip-Hop que já está muito desgostoso com o cenário atual.
nada de shows, nada de eventos, lançamentos escassos e mal realizados.
cara! nem posters dos grupos tem mais, mas também teria pra que? o logista num coloca um nem quando é lançamento.
agora, fica todo mundo batendo na mesma tecla, violência? cara, quem acompanha shows de qualquer grupo ou gênero sabe que sempre rola uma treta, o diferencial é que estamos falando de Racionais, o grupo de rap que é mais odiado e mal visto por todo um sistema, porque teve a coragem de dizer que pobre tem valor e que não deve abaixar a cabeça pra qualquer um.
a pegada é uma só, se ficarem falando muito, se o verbo for usado de forma certa, agente para de escrever, de fazer evento cultural, de fazer rap pedindo paz, de trocar idéia com os muleques para amenizarem nas decisões, de realizar palestras, saraus, shows, debates, projetos na comunidade.
agente para de lutar par a cultura vencer e fica logo de vez na reação.
Monta logo nessa porra uma força revolucionária, um braço armado e direcionado contra o opressor e ai que tal?
Porque levar porrada a vida inteira tá foda, ou ninguém sabe que todas as cidades abraçam o que São Paulo diz? ou ninguém tem idéia de que os prefeitos e força publica geral de outras cidades acabam reproduzindo o que se faz por aqui? e assim a cultura vai perdendo, agente vai sendo proibido de fazer os trabalhos que podem ser gotas no oceano, mas são gotas que estão ai a muitos anos, porra.
Desculpe minha raiva, mas tá foda, só meio de comunicação tendencioso, safado, expondo um monte de merda, querendo provocar comoção numa semana que pouca coisa aconteceu, então é pau no rap.
Agente num vai nos seus Credicard Halls, agente num tem cachê alto, agente num tem nem gravadora porra. ficam falando do cachê de vinte e poucos mil do Racionais e esqueceram o de 500 mil do Caetano? qualquer grupo EMO bombado uma semana na MTV ganha o dobro disso. E vocês tão querendo tirar o que mais da gente? nem legitimados como música nem cultura nós somos, querem tirar mais o que?
acho que é isso mesmo, o dia que começarem a falar bem do rap e da periferia em tudo que é lugar, quer dizer que agente tá errado, pelo menos tamos errando com o povo.
porque se o povo é a voz de Deus, quem gritou na cruz - Crucifica, crucifica?
Agora me vem um governo apático, sem moral nenhuma e defende uma ação dessas? nenhuma repercussão deu a varredura que as torcidas fizeram na Paulista, mais de 500.000 reais de prejuizos, mas no outro dia ninguém tava falando mais nada, sabe porque? por que ninguém vai culpar o Corinthians nem o Palmeiras pelo que a torcida fez.
Tem mais, no centro quem tava para ver o show não era ''os fãs violentos do Racionais" como vomitou o pseudo jornalista Ghilherme Russo num jornaleco chamado Diário de S.Paulo.
eram pessoas que na maioria nunca tinham visto nenhum show do grupo, e estava curiosas sobre o rap, eram pessoas de todas as classes, cores, credos, etnias e afins, ou seja era São Paulo em sua diversidade.
Mas uma coisa fica clara, a fita num para, pode boicotar, pode oprimir, que isso só fortifica, porque pra quem nasceu sem nada, tudo que vier é lucro, inclusive a vitória por uma vida mais digna ou simplesmente a tentativa de muda-la.
agente sabe que no final nós estamos plantando um novo mundo, que viva nele quem puder.
pronto já dei minha letra desse assunto nojento, agora deixa eu voltar pra minha vida que já da muita dor de cabeça.
Ferréz

Eu Acredito em Super-Heróis.

Eh! na verdade eu sempre acreditei.
desde que tinha 6 anos de idade e achei aquele gibi jogado no banco do parque Ibirapuera.
Na verdade os heróis estão presentes em todos os momentos da minha vida.
desde a monotonia de limpar os frangos na granja do Sr. Zé onde trabalhei pela primeira vez e lia A espada selvagem de Conan, até a morte do meu tio Bel, onde vi o enfermeiro lendo O poderoso Thor.
eu voltei aquele dia sozinho lá das Clinicas, chorando e não cheguei a ser salvo por nenhum herói, mas nunca duvidei deles, porque no fundo eu sabia que o verdadeiro herói daquele dia estava dentro daquele hospital, pelo menos seu corpo estava.
era meu tio, um trabalhador que sofreu uma fatalidade e nunca mais escalou os prédios para pinta-los.
passei 8 anos fazendo as roupas da 1dasul, e também escrevendo minhas histórias, que entre um gibi e outro iam sendo publicadas.
E no meio do caminho agente acaba usando referências que muitas vezes não são nossa cara.
Na verdade, agente as vezes pensa no geral, e pensa em agradar muita gente.
dessa vez foi diferente, acho que dessa vez agente, eu e o South pensamos só nas nossas influências, e acabamos criando simples camisas, que dariam todo um universo.
então que esse universo aconteça nas ruas, sendo usado.
agora é com orgulho que apresento a coleção que sairá em junho.

nada mais minha cara e a de todos os periféricos guerreiros que agente tromba no mundão.




EU ACREDITO EM SUPER HERÓIS.


DA PERIFERIA


OS HERÓIS DO DIA-A-DIA.





essa estampa é uma das 8 novas camisas.

Nova coleção 1DASUL criação: Ferréz/1dasul / Desenhos:South/Inca Estúdios

Palestra na Itália.


Salve aos locos de bom coração,

vou postar a pedido da galera que acompanha o meu trabalho fora do país (acredite existe louco pra tudo), a palestra que a Patrizia vai realizar sobre a minha carreira e a da Carolina de Jesus no Instituto Brasil Itália.

o evento chama-se "Nova Tendência do Brasil" e acontecerá dia 25 de março, em Via borgogna, 3 Milano.

segue logo abaixo, os detalhes do evento em italiano.
Nuove Tendenze dal Brasile

Istituto Brasile-Italia
Via Borgogna, 3 Milano
tel 0276011320 fax 0276011296
www.ibrit.it
info@ibrit.it

MAGGIO 2007

Nuove Tendenze dal Brasile
Venerdì 25 ore 19,30 – "Literatura marginal, da Carolina de Jesus a Ferréz” - l'hip-hop come responsabilizzazione e veicolo di cultura nelle favelas”. Incontro a cura di Patrizia Di Malta

Palestra Amanhã


Salve, só pra lembra que amanhã tem palestra minha e do Noblat com mediação de Marcelo Rubens Paiva.

segura ai o panfleto do evento, quem quiser colar será super bem vindo.

ah! já ia me esquecendo, o evento não vai mais rolar pela internet, então quem quiser tem que ir lá mesmo para ver ao vivo.

Ferréz

Aniversário do Capão vira patifaria (de novo)

Salve rapa, quem lembra do texto que escrevi aqui ano passado sobre a festa de aniversário do Capão que foi uma patifaria só.
agora um dos organizadores também sofreu na pele, logo o cara que representa a comunidade foi boicotado também, segue o texto dele abaixo e fica provado que o poder público ou qualquer um dos seus representantes ainda nos tratam como puro gueto colonizado.
É com grande pesar que escrevo estas linhas.No último dia 28 de Abril,aconteceu a festa de aniversário de 95 anos do Capão Redondo,tudo estava caminhando bem até que o vereador,presidente da câmara municipal de São Pulo e vice-prefeito,Sr Antonio Carlos Rodrigues teve a péssima idéia de fazer um discurso eleitoreiro.
Como haviamos combinado com a organização,nenhum político convidado deveria fazer campanha eleitoral no palco,quero acreditar que o Sr. Antonio Carlos Rodrigues foi mal assessorado e acabou fazendo um discurso de campanha.
Não concordando com a atitude do vereador,peguei o microfone e reclamei,avisando ao vereador que a campanha eleitoral é só em 2008.O vereador não se pronunciou,mas seus assessores ficaram "revoltados" com meu discurso,o sr Daniel Jardim,acessor do vereador subiu ao palco em defesa do vereador,mais tarde,ainda não contente com o fato,um outro assessor do vereador entregou um bilhete para um músico que se apresentava pedindo para agradecer ao vereador pela festa que ele(o vereador) havia organizado.
Isso causou profunda revolta em todas as pessoas que ajudaram a organizar o evento,por saber que serviram de massa de manobra, por que o aniversário do Capão Redondo (o que ficou provado)não é e nunca foi uma festa para a população e sim um palanque para o vereador Antonio Carlos Rodrigues.
Ainda não acabou,quando subi ao palco para me apresentar com a minha banda (Tecora) e a percussão do Barracão dos Sonhos,me avisaram que o som seria desligado e ainda havia duas bandas pra tocar(banda Carraspana e Banda Preto Soul).
O Supervisor de Cultura resolveu por vontade própria acabar com a festa.Ano passado aconteceu fato semelhante ,na apresentação de grupos de rap( Ferréz e o Grupo Negredo),o supervisor de cultura mandava o técnico abaixar o volume do som,não queria que os rappers falassem mal da polícia.Parece que estas pessoas não conhecem a constituição,não sabem que cada um fala o que quer,mas que cada um é responsável por aquilo que fala.
Essa gente se acha acima do bem e do mal,tentando usar gente simples de periferia para implantar idéias e projetos que só interessam a si.
Mas uma coisa garantimos isso vai mudar por aqui,ano que vem o aniversário do Bairro terá outra cara.
Obrigado pela atenção.
Marcos Teles.

Politicos aprovam maioridade penal e riem do rap



Suplicy declama Rap de Racionais MCs no Plenário
27/4/2007 10:01:03
Ontem, quando da seção de votação para a redução da maioridade penal, na Comissão de Constituição e Justiça, o senador Eduardo Suplicy (PT-SP), numa demonstração de sensibilidade, declamou em forma de poesia a letra "Um Homem na Estrada", do grupo Racionais MCs.Sua tentativa: a de convenser seus colegas no plenário a votarem contra a redução da idade penal. Como resultado, numa demonstração de desconhecimento e lamentável desrespeito, todos cairam às gargalhadas, ridicularizando a atitude de Suplicy.Para finalizar ainda mais tristemente o momento, os senadores aprovaram, por 12 votos a 10, a reddução da maioridade penal, o que levará centenas de milhares de jovens delinqüentes às nossas prisões falidas e despreparadas. O fato é mais uma demonstração de que nossos representantes, além de pouca sensibilidade, não se aperceberam de que o maior problema do país é a falta de acesso a educação e a cultura. Ficam condenados, assim, nossos jovens a serem trancafiados em instituições de reformação prisional de adultos.
sem motivos pra dar risada, a corja ri. ri que nem hiena.
mas até quando riram do nosso povo?
FZ.

Elicí (Ferréz e Edvaldo Quirino)



Elicí

Elicí e o helicóptero levanta vôo.

Ele se levanta e toma um copo de café preto como a sua pele.
Elicí sim é criança cedo, e a precocidade na infância interfere.
Tem a vida tão corrida.
Trabalha seis dias por semana.
Entrega roupas de pessoas bacanas.
No final do dia paga as bebidas que o pai toma.
Se senta sempre sob a copa da grande árvore após o almoço.

Elicí ainda hoje eu ouço.

O galo já cantou e o relógio despertou.
Levanta e vai encarar a mais pura realidade.
Naquela manhã a mãe lhe disse:
“Filho, vai com Deus”.
Ele voltou, pegou sua mão e a beijou, pediu bênção e partiu.
Entrou no ônibus, encarou o cobrador, disse bom dia, sem resposta.
Desceu no paraíso (o paraíso dos ricos),
Pegou o metrô, desceu na Marechal, subiu a Angélica correndo.
A menina olhou, mas ele não podia parar.
Chegou um pouco atrasado, quando a patroa lhe olhava se sentia escravo.
De manhã havia muita entrega, e era sempre assim.
Quanto melhor para a patroa, pior para Elicí.
Sempre agradeceu pelo pagamento.
Entregava em casa de bacana e de prostituta.
Quando tinha entrega na casa de madame, algumas atendiam seminuas.
Perua exibicionista que lhe dava gorjeta e sorriso falso.
Um dia, um executivo parou o carro, lhe ofereceu dinheiro, Elicí mostrou o dedo.
Era meio-dia e a fome estava chegando.
Almoçou rapidamente em vinte minutos, tinha quarenta para descansar.
Na grande árvore, Elicí foi se sentar.

Elicí e o helicóptero levanta vôo.

Fecha os olhos, e começa a viajar.
Talvez um tratamento para o pai, uma bicicleta para o irmão.
Talvez tirar a mãe do sufoco, melhorar a casa.
Aquele beijo quente, daquela menina linda, e até uma moto.
Elicí com os olhos fechados não vê o pesadelo dobrar a esquina.
Um carro importado, vermelho, um casal bem-nascido se tocando.
Tanto afeto, tanta bolinação que esquece a direção.
Elicí ouve as folhas da árvore e o grito estridente dos pneus no asfalto.
Ouve o estrondo.
A notícia vai correr no jornal.
“Menino negro morre prensando ao tronco.”
A história se repete.
O resgate é acionado, socorro de gente rica é mais rápido e vem pelo alto.
O helicóptero na pista, os curiosos aplaudem.
Médicos, bombeiros, polícia e até voluntário.
Socorreram o casal endinheirado.
O helicóptero decola, e agora já era.
O menino tá morto mesmo, e morto espera.

Elicí e o helicóptero levanta vôo.
Elicí ainda hoje eu ouço.


Ferréz/Edvaldo Quirino

Ferréz é compositor, autor de 5 livros. Edvaldo Quirino é compositor e vocalista do grupo A Tropa.

Lourenço Mutarelli

Salve, bom todo mundo sabe que sou fã do trampo do Lourenço desde jovem (ele fica fudido quando falo isso, mas é verdade).

adquiri numa banca o Transubstanciação, o primeiro album solo dele, e eu tinha que ler escondido do meu pai, pois achava que ele ia brigar de ver um desenho tão estranho.

Depois disso, eu pegava 3 buzões pra ir na Devir buscar os lançamentos do cara, vendi muito pão na padaria pra interar o dinheiro.

Toda quarta na minha folga eu ia pra Muito Prazer (especialidade em quadrinhos, onde conheci o Lourenço e ganhei o original do album Desgraçados), e depois pra Devir.

Infelizmente a Muito Prazer fechou, nos deixando órfãos de tanta H.Q. boa.
mas tudo bem, afinal hoje eu tenho toda coleção do Lourenço, além de obras inéditas, coisa de fã mesmo.
Mas esse pais que valoriza tanto o gringo, não sabe o que está perdendo em suas próprias terras, pra que Crumb? pra que Eisner? asseguro com total firmeza, veja o trampo de Mutarelli e compare o incomparável.
Agora tá mais fácil, já se encontra os livros do Lourenço em vários lugares, e até em filme, quem não assistiu "NINA" que é baseado na obra de Dostoiévski e tem desenhos de Lourenço, pode assistir "O cheiro do ralo"que é baseado no primeiro livro do Mutarelli.

Grafiteiro Fhero

Em Osasco aconteceu a pouco mais de 1 ano uma exposição do Grafiteiro Fhero, quando vi os trabalhos me bateu algo na cachola, mas como sempre o compromisso me aprisiona e fui fazer minha palestra, mas confesso que naquela noite não dormi.

precisei ligar para o artista e fiz a 1dasul adquirir boa parte da exposição.

Hoje na loja dá pra ver vários trabalhos dele, entre esse que eu acho uma das obras de artes mais chapadas que já vi.

se quiser ver o original, cola na 1dasul, isso pelo menos o Kassab ainda não proibiu...ainda.

Ferréz

Caros Amigos 10 anos de publicações ideológicas


Salve a todos.
a Revista Caros Amigos 121 está nas bancas, comemorando 10 anos de muita idéia forte e muita treta também.
pra quem não sabe, 121 é artigo pra homicídio, ou seja tudo igual pros textos matadores da Caros.
essa edição sai com nova diagramação, tudo refeito, visualmente resolvida, e com mais espaço para novos colunistas.
quem duvidou e tentou conspirar agora chora, to de volta nessa edição num texto sobre a biblioteca êxodos.
como disse um parceiro.
INSUBSTITUÍVEL.
Ferréz.

Bate-Papo com Ferréz e Ricardo Noblat

O Bate-papo com Ferréz e Ricardo Noblat, que tem como tema: Um lugar Chamado Bloguistão, se realizará na Rua Alvares Penteado, 112 Centro de sampa.

Prox. a estação São bento do metrô.

maiores informações, 3113-3651

é só colar e participar, o folder do evento vai logo abaixo.

Ninguém é inocente em S.P. concorre a prêmio.


Salve,

O meu primeiro livro de contos, Ninguém é inocente em São Paulo, que lancei em 31 de agosto de 2006 foi indicado para o prêmio Jabuti.

é a segunda vez que um trabalho meu é indicado, fico contente de ver o Ninguém (que terá sua segunda edição lançada no segundo semestre desse ano) respirando e acontecendo, esse é o lado bom da literatura, ela é infinita, quando tudo parece rotineiro e parado, coisas novas surgens.

é isso ai, parabéns a todos os indicados comigo na categoria, melhor livro de contos, e boa sorte a todos.

Ferréz

11.o Favela Toma conta


A firma Suburbano Convicto apresenta o 11.o Favela Toma Conta
Sobre o comando de Alessandro Buzo, o caçador de Talentos da Itain Paulista.
colei no Primeiro, e quando vejo o tamanho do barato hoje, sei o que um mano pode realizar, imagina se todos fizemos juntos.
mas falta mais trampo da rapaziada do Hip-Hop, os escritores tão trabalhando demais, veja ai o Vaz no Sarau, o Buzo no Favela, agente aqui na festa da Grisson e da favela Godoy.
além da coletânia que acabamos de lançar.
Vamo se mexer rapa, o palco num aparece do nada, e a fama não cabe num coração pequeno.
positivismo e muito trabalho é nescessário para mudar a nossa realidade.
esses dias um mano me parou na galeria e perguntou se agente ia fazer um novo dvd de rap, eu respondi na hora.
-que nada minha cara agora é escrever e deixar os outros manos também fazerem pela cultura.
vamo que vamo.
Ferréz

10 anos de Literatura

Salve,
marco o início da minha carreira com o lançamento do meu primeiro livro Fortaleza da Desilusão, em 22 de novembro de 1997.


















O lançamento foina Biblioteca Kennedy, em Santo Amaro. Choveu muito no dia, e os manos que iam tocar para me acompanhar (um no teclado e outro na guitarra) na minha performance não vieram, fiz o que todo poeta faz, improvisei. Amassei poesia, recitei ajoelhado, comi poemas e no final consegui o que queria, algumas lágrimas e algumas palmas
Na perifa os manos são de papel Melita, se chover desmancha.
Foi um marco pra mim, lancei o livro numa semana e fui despedido da empresa onde trabalhava na outra, ai passei a vender de mão em mão em Santo Amaro e Av. Paulista.
e depois vieram as festas de samba e de rap onde eu sempre levava o livro para vender, em muitas delas eu não vendia nada e ainda sempre sumia um livro ou outro.
lembro de um show que um mano depois que eu sortiei 5 livros no palco, rasgou a capa e deu para o Mano Brown autografar, o Brown ainda falou pro muleke - porra tio, cê tá rasgando o livro que o mano deu. mas o cara não ligou e insistiu no autógrafo.
foram vários momentos loucos, vários que viravam as costas quando eu chegava com minha muchila (da Cavalera, ganhei do turco loco) e os manos iam saindo de fininha, "vixe esse escritor chato de novo".
Mas esforço é o nome do talento.
vamo que vamo.
em Novembro faz 10 anos de fortaleza da Desilusão e de Escritor Ferréz. e ainda temos algumas balas na agulha, pode apostar.
a batalha contra o império continua.


Sistema Besta de Televisão


Salve

Porra meu, tudo bem que o SBT é uma casa de jogos vestida de televisão, que até em seus programas infantis já tem jogos onde se a criança ligar e rodar o peão ela pode ganhar algo.
assim o desenho infantil perde até sua inocência, e os nossos pequenos vão sendo treinados para as máquinas de bingo que contaminam toda a periferia.
já não basta o biquinho que o Carlos Nascimento faz toda vez que vai dar alguma opinião, parecendo assim um clone muito mal feito do mumificado Boris Casoi.
Bom, agora o vovô Silvio indoidou de vez, o programa tido como "humor" chamado Fora de Controle, num é só mais um programa sem graça e de muito mau gosto, mas um atentado direto a toda a família que sintonizar naquela aberração.
Em um dos quadros, um padrinho idoso quando tem sua afilhada sentada em seu colo, não se contém e carinha as coxas da menina, numa clássica cena de pedofilia.
Numa outra cena, a delegacia onde o ex comandante da Vila Maluca é um policial depravado, um hospital onde tudo também acaba em sexo, uma família com uma empregada semi nua e por ai vai, sem nenhuma novidade, a não ser o desfile de atores de filmes pornôs e atrizes também estão em todas as cenas, nem quero pensar como foi escalar esse grande "elenco".
Penso no que aconteceu com nossos humoristas, aqueles que contavam piadas de verdade e faziam graça, devem estar fazendo pequenos shows para sobreviver, enquanto a bunda tem que nos excitar onde deveria nos fazer rir.
E eu já com um sorriso sem graça, vou dormir amargurado, com a ultima cena do programa, onde três mulheres ficam de fio dental na delegacia, quando o policial vai revistar, uma delas fala - aqui ninguém encosta por menos de R$ 500,00.
E com certeza ela vale mais mesmo do que o dono do canal.
triste fim para um canal chamado Sitema Brasileiro de Televisão, triste fim para o maior apresentador de um pais chamado terra santa cruz.
Ferréz

Evento de Literatura Marginal

Literatura Marginal
Até a morte nêgo....



SESC CARMO tem a honra de apresentar:



Terceira-Margem Limites e fronteiras da literatura marginal.


O Projeto Terceira Margem objetiva discutir a temática do "fazer literário", como mediação sócio-cultural entre grupos sociais, buscando valorizar a construção plural de discursos e dar visibilidade às diferentes vozes literárias que compõem o cenário cultural brasileiro.


Encontro Proposta de expor e debater diferentes visões sobre a literatura brasileira.




Convidados:




· Lourenço Mutarelli - Escritor, desenhista e roteirista. Mutarelli é um dos maiores nomes de HQ no Brasil, com produções de ilustrações para livros e revistas nacionais de renome. Entre outras publicações, é autor da obra marginal o Cheiro do Ralo que deu origem ao filme homônimo.




· Ferréz - Autor do livro Capão Pecado, o escritor e rapper Ferréz foi o criador, organizador e editor-chefe da revista especial Caros Amigos-Literatura Marginal. Recentemente, o autor lançou seu primeiro livro de contos: Ninguém é inocente em São Paulo.




· Érica Peçanha - Mestre em Antropologia Social pela USP, a pesquisadora desenvolve estudos sobre literatura marginal.




· Olga Arruda - É pedagoga, Assessora Especial da Secretaria de Educação da Prefeitura de São Paulo e coordenadora de projetos educativos da região central da cidade. Atualmente desenvolve o projeto "São Paulo Integra", envolvendo 31 subprefeituras paulistanas.




Dia 12/04, às 17h30, no Auditório. Inscrições antecipadas na Central de Atendimento: fone: 3111-7000 (sesc Carmo)

Aos amigos.

Aos amigos,
na tarde de ontem, dia 5 de abril, no hospital São Leopoldo, pesando 3 kilos e cinco gramas, e medindo 47 centimetros nasceu:

Dana Ferréz Pires Silva

filha de Ferréz & Elaine.

Blogs e site.

Quem tiver tempo e interesse, pode entra no www.literatura-marginal.blogspot.com , www.1dasul.blogspot.com e no site www.ferrez.com.br que está de nova roupagem.
é que num dá pra por todos os assuntos aqui, e temos que distribuir o lance, eles não são tão atualizados como esse mas de vez em quando eu consigo fazer o trampo todo.
firme
Ferréz

Aniversário 1DASUL


Salve a todos, dia 1 nós completamos com muito orgulho 8 anos de 1DASUL.

Mas como é nossa cara ser diferente, num vai ter churrasco nem cerveja (arghhhh!)

vai ter muita alegria e três comemorações em três comunidades diferentes.

isso mesmo, esse ano ampliamos a festa da páscoa de 1 para 3 lugares.

serão nessa ordem: Jardim Comercial na Travessa Santhiago, depois vamos para o Jardim Amália, e por ultimo na Rua Godoi.

Esperamos que os ovos que agente comprou sirva pra adoçar os pequenos corações e trazer aqueles sorriso que sempre nos iluminam.

agradeço as manos que todo ano somam como o Zé Américo, o Dj Alê, Wilson, Tó, Lobão.

e aos novos como o Maurício dts.


Então nesse domingo de páscoa o bicho pega, com muita responsabilidade e prazer de fazer o mínimo pela quebrada que tanto nos prestigia.


Ferréz, Adélia Prado, Luiz Fernando Veríssimo lançam livro inédito.


O Melhor Lugar do Mundo é o tema do 6º Concurso de Redação Ler é Preciso do Instituto Ecofuturo.

Que através da série Leituras do Brasil" lança o livro "A vida que agente quer, dependo do que agente faz.

com textos de: Lygia Bojunga, Luiz Fernando Veríssimo, Ferréz, Manoel de Barros e ilustrações de jovens que tiveram aulas de arte-educação.

O livro já está impresso, e os 35.000 exemplares vão ser distribuidos para as escolas que participarem do concurso de redação Ler é Preciso.

Em março o Instituto Ecofuturo lança a sexta edição do Concurso de Redação Ler é Preciso e convida estudantes e professores de todo o Brasil a pensar, sonhar e escrever a partir das 8 Metas do Milênio, com uma expectativa de mobilizar 1 milhão de pessoas e ter um retorno de 50.000 redações
Disponibilizar conhecimentos que ajudem a colocar o planeta e seus habitantes no rumo da sustentabilidade e saber, direto da fonte, como estão e o que pensam crianças, jovens e adultos - estes são os objetivos do 6º Concurso de Redação Ler é Preciso, O Melhor Lugar do Mundo, realizado pelo Instituto Ecofuturo e divulgado para 175 mil escolas do País.
O tema selecionado para esta edição do concurso resulta da edição anterior, cujo tema foi o sonho: os jurados se depararam com redações de crianças que não sonhavam alto por medo, falta de expectativas, desconhecimento, e também pela carência de coisas a que, por lei e por direito, deveriam ter acesso.
O 6º Concurso de Redação Ler é Preciso tem como fonte de referência o livro A vida que a gente quer depende do que a gente faz, publicação inédita do Instituto Ecofuturo com artigos escritos por renomados estudiosos que apresentam propostas para a conquista das Oito Metas do Milênio (*), documentadas pela ONU em 2000 e assumidas por 191 países, que se comprometeram a cumpri-las até 2015. De autores como Ricardo Paes de Barros, Moacir Gadotti e Julita Lemgruber, acompanhados por textos de literatos como Manoel de Barros, Adélia Prado, Lygia Bojunga, Luis Fernando Verissimo e Ferréz, os textos apontam alguns caminhos para que as crianças vivam a infância com tranqüilidade e se alimentem dessa infância para crescerem saudáveis e assumirem seus papéis como cidadãos, garantindo os mesmos recursos às próximas gerações.
A vida que a gente quer depende do que a gente faz será enviado para todas as escolas que solicitarem o kit de inscrição, juntamente com o Caderno do Professor, com dicas e orientações para que o tema seja trabalhado de forma cooperativa em sala de aula.
QUEM PODE PARTICIPAR?
Desta edição do Concurso de Redação Ler é Preciso podem participar todos os estudantes do Ensino Fundamental e Médio, das Escolas de Jovens e Adultos (EJA), e também professores. Cinco categorias estão abertas a todo tipo de texto, com os seguintes "subtemas": Bom dia, mundo bom (da 1ª à 4ª série), Solto minhas palavras no mundo (da 5ª à 8ª série), O melhor lugar do mundo (Ensino Médio); A vida que a gente quer (EJA) e, finalmente, Instruções para chegar ao melhor lugar do mundo (professores).
Por meio de parcerias com instituições e organizações não-governamentais, nesta edição o Concurso de Redação Ler é Preciso amplia a possibilidade de participação de portadores de necessidades especiais (cegos e surdos), presidiários e jovens que moram em áreas de alto índice de violência e estão em unidades da Fundação de Bem-Estar do Menor (Febem).
Para esta edição, a expectativa é atingir 1 milhão de alunos e professores, ter a participação de cerca de 10 mil escolas e receber 50 mil redações de todos os cantos do País.
QUAL SERÁ A PREMIAÇÃO?
As 60 redações vencedoras serão selecionadas por um grupo de jurados bastante diversificado em idade, formação e atuação profissional. O júri, consciente de que não se trata de uma avaliação escolar, procura o "brilho" das redações, ou seja, a criatividade e a originalidade.
Os vencedores serão premiados com computadores e clássicos da literatura universal Suas redações serão publicadas em um livro coletivo, com as características de interatividade e diversidade que marcam o Somos e queremos, produto final do 5º Concurso de Redação Ler é Preciso, que encantou e "cooptou" leitores bem diversificados, de crianças a executivos, de jornalistas a políticos. Outro grande momento da fase de premiação do concurso é a realização da assembléia participativa com os vencedores, que decidem, por consenso o município que ganhará uma Biblioteca Comunitária Ler é Preciso em local a ser selecionado.
COMO SE INSCREVER?
As inscrições estão abertas a partir de março. As redações devem ser enviadas até 15 de junho de 2007. Mais informações, esclarecimento de dúvidas ou solicitação de kits para a participação no 6º Concurso de Redação Ler é Preciso: 0800 772 0099 (ligação gratuita).
ou para saber mais, www.omelhorlugardomundo.org.br

QUEM ESTÁ CONOSCO NESSE PROJETO?O 6º Concurso de Redação Ler é Preciso, realizado pelo Instituto Ecofuturo e incentivado pelo Ministério da Cultura, tem como patrocinadores o Grupo Suzano, White Martins, Itaú e Comgás. Os apoiadores são Eka Chemicals do Brasil, Companhia Siderúrgica Nacional, Tilibra, Sepetiba Tecon, Grupo Ligna, Lazam-MDS Gestão de Seguros e Casa do Pão de Queijo.

Não deixe de participar e divulgar na sua escola, muitas crianças tem acesso a leitura com concursos que nem esse, valeu.

Ferréz

Capão Pecado 7 anos depois


CAPÃO PECADO, SETE ANOS DEPOIS!


Lembro-me como se fosse hoje, o dia em que entrei numa livraria pra comprar uma caneta Bic, e na saída, vi um livro, que me chamou a atenção por causa da capa. Peguei folheei, senti-o em minhas mãos, e me afeiçoei a ele, foi a primeira vez na vida, que dei importância a um livro.Não podia deixá-lo lá, tinha que comprá-lo. Anos depois soube que este ato de comprar livros compulsivamente é considerado doença pra muitos, na minha opinião é um ato do caralho! Compro mesmo! Fico sem mistura em casa, mas compro!Já ouvi uma pessoa dizer, que ouviu uma outra pessoa falar, que num sei quem disse, que mal os livros estão vendendo e eu os compro! Compro mesmo, trabalho pra isso! Capão Pecado; O livro que salvou minha vida! Pois hoje, certamente eu seria apenas mais um sócio de uma torcida organizada!


Robson Canto / tirado do blog www.robsoncanto.blogspot.com

O Barco Viking (Ferréz)


O barco Viking. (conto do livro Ninguém é inocente em São Paulo).



Quando Alberto Saraiva criou a rede Habib’s, certamente não imaginaria a cena.
Dois meninos, 9 e 11 anos.
Moradores do mesmo bairro onde está instalada a loja de comida árabe mais famosa do mundo.
Os brinquedos lá fora são atrativos, divertem os filhos dos clientes, que pagam pouco mais de cinqüenta centavos por esfiha. Entre eles está um escritor e sua esposa.
Os dois meninos olham os brinquedos.
Ficaram na fila, mas a funcionária não os deixou embarcarem no barco viking.
Ficam presos à sua realidade.
O cigarro talvez, o baseado não. Cuidar de carro talvez, roubar não.
O pai de um é pernambucano – filho meu se aprontar eu quebro no pau. O pai de outro é mineiro – sempre dei bom exemplo pra esse menino, se virá coisa ruim não é culpa minha.
A funcionária, que também é do bairro, não hesita, separa da fila.
Cara de maloqueiro? Talvez foi isso que os barrou na fila.
Mas a desculpa é padrão.
– Desculpe, meninos, mas é só para quem está consumindo.
Consumir.
Consumir.
Consumir.
Eles me vêem.
E aí? Tudo bem?
São da minha vila.
Chamo pra minha mesa.
- Quer algo?
Não.
- Pede aí uma esfiha, um refri.
Os dois abaixam a cabeça.
Não.
Então quando levantam a cabeça, percebo o olhar.
O barco viking.
- Já, sei... garçom... faz favor.
- Sim, senhor.
- Leva eles aí no barco, eles querem brincar.
O garçom os acompanha, com um grande sorriso no rosto.
Consumir.
Consumir.
Consumir.
Alguns minutos e olho eles no barco, um cutuca o outro.
- Chapado... que louco!
Lembrei de quando era pequeno, fui numa excursão da escola para o playcenter, um amigo meu deu um soco num cara vestido de Mickey. Quando a diretora veio lhe chamar a atenção, ele gritou.
- Era um cara, porra, é apenas um cara vestido de Mickey.
É, garoto, eles sempre mentem pra nós, eu pensei, assim como tudo nessa vida, política, escândalos, carros, cerveja, sexo, um grande elo, não devia ser assim.
Mas as crianças no barco vicking não filosofam, elas apenas sorriem, e cutucam uma a outra.
- Que louco, puta que pariu, que chapado!
Eu consumi, paguei, fingi que estava feliz, era sábado né?, dia de trabalhador curtir com a esposa. Estampei um sorriso padrão na cara, dei tchau pros meninos, furamos o sistema, eles estão no barco ainda.
Pra sempre.
Depois talvez a rua, a rua cria, a vida determina.
Ninguém é inocente em São Paulo (editora Objetiva)

Um bom lugar

UM BOM LUGAR (vamos cuidar do nosso bairro)

Um bom lugar é com certeza onde moramos, nada como a nossa casa, a nossa rua e nossa família, mas para termos sempre o mínimo necessário para vivermos em harmonia, precisamos prestar atenção também no que não devemos fazer.
Este folheto humilde tem a intenção de iniciar uma conversa com os moradores, principalmente no que se refere ao lugar onde moramos.
Existem vários problemas no nosso bairro, um deles é o Lixo na beira do córrego, proliferando o surgimento de RATOS e INSETOS prejudiciais a saúde de nossos filhos, por isso vamos tomar como principal luta a proteção do nosso bairro.
As inundações também são o retrato de lixo na rua, quem sofre somos nós, os mais humildes.
Outra coisa que está em alta em nosso bairro é o ALCOOLISMO, por isso não devemos dar bebidas como, cerveja, batida e outras que contém álcool para crianças, o exemplo vem da família, evite beber na frente dos filhos, um simples copo pode ser o começo de uma vida inteira de bebedeira.
No caso dos políticos, que só aparecem em época de campanha, não deixem eles pintarem seus muros, a única coisa que temos aqui no bairro é a família e nossa casa, não devemos deixa-los nos usar assim.
Também aproveitamos para pedir a opinião dos moradores no que se refere a termos uma biblioteca no bairro, uma biblioteca comunitária que servisse a todas as pessoas, vamos pensar isso juntos e vamos melhorar nossa quebrada, afinal do céu só cai chuva.

Por uma vida melhor, sempre.

Ferréz

Idéias e opiniões:
Movimento 1DASUL
Rua José Velasques Vargas, 44 Jardim Lilah

Esse panfleto foi distribuido em 4 de maio de 2004, mas eu levo cópias para todas as áreas que vou, se você mora numa quebrada, imprima e distribua, se quiser adaptar outros problemas da sua área faça, porque temos que lutar em todos os frontes.
Vamos fazer a diferença no dia-a-dia, por uma vida digna e pelo fim das favelas e um novo modo de vida.
Ferréz

Scooby nas lojas



Salve, pra quem conhece a batalha do Raiz Coral ( o maior coral negro da zona sul), com certeza conhece o Scooby, líder do grupo e um dos melhores cantores do Brasil, além de ser um ótimo ser humano, família e um amigo muito leal e sincero, ou seja o mano respira o que canta.
morador do Capão, mais um talento que faz e acontece, que corre atraz com muito talento e trabalho, foram anos participando de festivais, shows promocionais e apresentações em igrejas.
mas o cd hoje é realidade.
O disco "Anjos" está nas lojas, pra quem curte o verdadeiro Gospel é uma pedida certa.
confere a produção do próprio Scooby e as vozes adicionais do coral do capão.



O cd é uma realização da Leonel Line e tem o apio exclusivo da 1dasul.

Rabino a favor da maioridade penal é preso nos E.U.A

Salve rapa, já discuti com esse menino ai embaixo em várias palestras, ele é a favor da maioridade penal, hum! e o castigo pra quem rouba na loja da Gucci? uma bosta de gravata de marca? bom leia ai e tire suas conclusões, quem tem této de vidro melhor não jogar pedra pra cima.
Felipe GilDireto de São Paulo


O rabino Henry Sobel, presidente da Congregação Israelita Paulista, foi preso na última sexta-feira, dia 23, acusado de furtar quatro gravatas em três lojas de grife na mesma avenida de Palm Beach, no estado da Flórida, Estados Unidos.
De acordo com o site do escritório do Xerife do condado de Palm Beach, Sobel foi preso sob três acusações por furto às lojas Louis Vitton, Gucci e Giorgio's Palm Beach. Ele teria pego quatro gravatas. O endereço em São Paulo dado por Sobel no departamento de polícia é mesmo do rabino.
As acusações estão sob os números 2007016314, 2007016315 e 2007016316. De acordo com o site, ele foi preso às 18h45 (horário local) de sexta e liberado às 15h30 de sábado, dia 24.
A Congregação Israelita Paulista informou que irá se manifestar sobre o caso nas próximas horas.
Sobel foi liberado no sábado após pagamento de fiança. Segundo o jornal Palm Beach Daily News, o valor foi de US$ 3 mil. Ainda segundo o jornal, um empregado da loja teria ligado para a polícia após suspeitar da atitude do homem.
O site do escritório do Xerife do condado de Palm Beach traz o registro fotográfico de Sobel na delegacia.
O boletim de ocorrência do fato, assinado pela policial Michele Pagan, diz que ela foi chamada às 12h40 (horário local) à loja Louis Vitton e que uma funcionária suspeitava do furto de uma gravata.
A policial relata ter assistido ao vídeo do circuito interno da loja e visto um homem na seção de gravatas. Depois, ele aparece dobrando a gravata e após ficar cerca de dez segundos fora do alcance das câmeras aparece novamente sem nada nas mãos. A gravata não foi encontrada na área da loja que não estava visível para as câmeras.
A policial relata que abordou Sobel às 14h09 em uma avenida e se aproximou dizendo que investigava um incidente na loja Louis Vitton. Sobel teria se identificado e respondido imediatamente que não havia pego nada e que não tinha entrado na loja.
Após negar o furto, Sobel teria se oferecido para pagar pela gravata. A oficial acrescenta que, após conversar com o rabino, ele admitiu o furto e afirmou que a gravata estava em seu carro, estacionado em uma garagem próxima.
O carro em questão seria um Toyota Avalon azul, ano 2007. Lá estaria uma sacola vermelha com uma gravata vermelha da Louis Vitton com etiqueta de preço indicando o valor de US$ 170. No carro foram encontradas outras gravatas. Segundo o boletim de ocorrência, os valores chegam a US$ 680.
Quando a gravata da loja Gucci estava sendo devolvida pela policial, ela assistiu ao vídeo interno da loja, que mostraria Sobel retirando uma gravata rosa de uma prateleira e colocando-a no bolso direito de sua calça.
Redação Terra

Meu Q.G.


Meu Q.G. onde pego minhas armas e travo minhas batalhas, com a única coisa que acredito saber fazer.

Escrever.

"Vem pra ver como é bom, chegar na alta cúpula sem pagar simpatia". é uma frase que sempre penso.

agora num tem como fugir, encaro o trabalho, e pelas minhas veias corre mais uma história, já em ebulição a 2 anos...romances...porque nunca estamos satisfeitos.

vou planar nas letras dos meus amigos, que me esperam para fazer a palavra agir, falo do Hermann, do Saramago, do Caldwell.

hoje tentei ficar na rua, porra mais uma notícia triste, pelo menos pra mim, o Nildo vendeu o bar, agora o café da tarde foi comprometido.

cheguei lá tava tudo novo, balcão, piso, tudo... daqui a poucos dias, gente apressada vai comer, pagar, sair, mentes vazias, com pressa, muita pressa, mas e meu parceiro? e as nossas conversas entre os barulhos das máquinas caça níqueis? e aquele pão com salame na chapa? deu lugar a um restaurante, mais um motivo pra ficar em casa.

bom, to indo, amanhã tem mais.

Ferréz/ chateado com o Nildo...tinha que vender nossa segunda casa?

Capão Pecado 7 anos depois


7 anos depois de lançado, o Livro Capão Pecado continua repercutindo.

o Nome desse rapaz ai é Sidnei, ele é campeão de Jiu Jitsu e professor, quando vi a tatuagem confesso que meus olhos encheram de lágrimas, ver um trabalho repercutir assim dá muito orgulho.
e passa tudo na minha cabeça, o quartinho lá da casa da minha mãe, as tantas madrugadas passadas em claro, as cobranças da família que não entendia o que eu ficava fazendo lá dentro, mas esta ai, uma alegria por dia.
o corre continua, pela arte ou pelo terror.
Ferréz

Palestras.


O dia da minha palestra nesse evento é 8 de maio, das 19:30 as 21:30, mas até lá é uma cara, enquanto isso, pra não dar audiência pra tv, vale a pena ir ver várias mesas, pois tem muita gente legal.
que se foda o paredão do bbb.
Ferréz

Cobertura da Inauguração da Biblioteca

Salve, o lançamento foi mil grau, muita gente chapada e principalmente muita criança, veio criança até do outros bairros, quem disse que não é possível.
o Alessandro Buzo fez a combertura, e a Fotógrafa Marilda fez as fotos, confere a cobertura no www.suburbanoconvicto.blogger.com.br.
e de agora em diante é muito trabalho todos os dias, para a leitura virar uma regra na favela.
Ferréz/1dasul

Feito, vendido e usado no Gueto.

A 7 anos, quando bordei 5 bonés com o nome 1DASUL na frente e Capão Pecado atras e mostrei para meus amigos, eles disseram.

- Legal, mas quem vai usar um boné escrito Capão? acho que cê tá de chapéu.

e depois de 7 anos a zona sul toda está de chapéu.

em janeiro de 1999 Eu e um parceiro chamado José Carlos, juntamos o dinheiro que iamos usar para procurar trampo e fomos no Bráz, compramos 5 camisas, na outra semana juntamos mais alguns trocados e estampamos nelas a frase: Roupa de rua.

Vendiamos a pé, iamos daqui do Jardim Comercial, subiámos pelo Jardim Ângela e iamos sair no Novo Santo Amaro.

quando um outro conhecido me viu com as bolsas de roupas vendendo na rua ele falou:

-Caralho Ferréz, estudou tanto pra vender roupa na rua?

Mas eu nunca olhava pra traz, porque em casa eu tinha que chegar com algum para que tivesse comida no outro dia.

montei a loja na garagem da minha mãe, terminei de pagar a porta de aço em 6 meses, o José Carlos desistiu e foi procurar emprego, ai o Fábio (Cebola) foi somar comigo.

tinha dia que ninguém entrava na loja, e vários deram palpites para que agente vendesse roupas que estavam na moda, Pakalolo, HD, e várias outras, mas agente nunca aceitou.

depois de alguns meses, o Cebola foi obrigado a sair, pois agente não ganhava nem o do pão, eu fechei a loja e fui trabalhar num site.

juntei dinheiro durante 6 meses, sai do site e comprei tudo de camisa e boné para estampar, abri a loja de novo.








Nesse meio tempo, apoiamos grupos de rap, patrocinamos times de futebol, bancamos várias festas na quebrada e também nos envolvemos com todo tipo de projeto que tinha a cara da perifa.




As pessoas entravam na loja, mas estranhavam os desenhos: - Só tem desenho de favela? - só tem pobre nas roupas?

e eu explicava que a idéia era ser uma marca diferente, que era fazer algo com a nossa cara, com a nossa cultura e que agente num era pobre, agente só não tinha as coisas e por enquanto.

1 a 1 agente foi passando a idéia da 1dasul.










Depois de mudar a loja de lugar pela segunda vez, pude montar meu escritório, ficava numa casa nos fundos, lá também era o estoque, onde o Tico, o Cebola e o Alex me ajudava a dobrar as roupas e embalar.

por lá também passaram o Conceito Moral que ensaiava comigo, e todos os manos do rap.





O André foi o primeiro a fazer a tatuagem da 1dasul, depois foi o Alex, que é dessa foto ai em cima, e dai em diante vários manos fizeram a tatuagem.






descobrir gente que costurava e fazia silck foi uma surpresa muito grande, correndo com a 1dasul eu pude constatar que as marcas da elite era tudo ilusão, as tias daqui costuravam as roupas da HD, Forum, Cavalera, Adidas, e os manos daqui eram os que faziam os silcks, que são as estampas.
Ou seja, aquele pano que fazia agente se sentir melhor que os outros, pois eram caros e vendidos em shoppings e lojas do centro, na verdade eram produzidos aqui.

depois de 2 anos, eu senti a nescessidade de criar um símbolo pra marca, algo que nos desse orgulho e fosse comparado com vitória, e o South fez o brasão que hoje representa a zona sul de São Paulo.


Dia 1 de abril de 2007 agente comemora 8 anos de 1dasul, uma idéia que fez agente sofrer um bocado, mas que nos dá alegrias bem maiores, e hoje junto com o DAvi, e o Cebola de volta, só faltou mesmo o Alex para o time ficar completo.

Novas pessoas chegaram, como o Maurício e o Negredo, outras se foram como o parceiro Aice, Rod, Charles.

mas todos eles também tem um pouquinho de mão nessa vitória.
Afinal nem todos são, mas os que são representa.





1dasul Capão-Sp agente faz, vende e usa no gueto, quem duvidar pode chegar e conferir, afinal a marca foi consagrada pelo melhor público que existe, os manos e minas da rua.



Lançamento da Coletânia e palestras.


Salve Hermanos, a coletânia 1DASUL vai ser lançada nessa quinta feira dia 22 de março as 8:00 da noite na Casa mãe Guacyara que fica na Rua Anália Dolácio Albino, 30 Ao lado da casa do Zezinho.
no Parque Santo Antônio.
no dia internacional da água venha participar de um grande encontro entre o Hip-hop e suas raizes africanas.
já no dia 24 de Março tem a grande inauguração da Biblioteca Êxodus, na Rua Godoi, número 4, continuação da Avenida Sabim em frente ao metrô Capão Redondo, a partir das 11:oo da manhã.
onde todos verão que a periferia é o que agente faz ser, ou seja lá você terá uma recarga de ânimo com a mudança que está por vir na Zona Super.
e no dia 26 tem no teatro Organautos, uma palestra as 8:00 nda noite, na Casa De S.Jorge, Rua Lopes de Oliveria, 342 Campos Elisios.
agente se vê por ai,
salve
Ferréz

1DASUL revoluciona

Depois da coletânia, que já é o disco mais vendido na galeria 24 de maio, a 1DASUL vai cumprir a promessa que fez a 11 meses.

acabamos de fechar negócio com o maior criador de personagens do pais, entre seus trabalhos estão os brinquedos dos Trapalhões, Xuxa, Dragon Ball etc.

então em breve, muito breve, a Periferia vai ter o primeiro brinquedo confeccionado somente para ela.

agente é assim mesmo, num mede conseqüencias para demonstrar nosso amor a essa terra cheia de talendo e gente honesta.

o Anjo da zona sul de sampa vai virar realidade.

enquanto isso agente deixa o desenho ai embaixo pra vocês irem imaginando o nosso mascote nascer.

Ferréz

entrevista com Ferréz

Salve hermanos, saiu uma entrevista nova comigo no site do bocada forte é: www.bocadaforte.com.br lá eu falo da 1dasul, do movimetno hip-hop e da criação dos novos projetos, quem quiser conferir é só clicar.
Ferréz

Ai Sou Da Paz, sua policia comunitária é essa???

E agora Sou da paz? e a conversa de trabalho com os policiais? e agora ongs do rio e de sampa que ensina os policias a tocarem tambores? na verdade tá todo mundo enchendo o rabo de dinheiro com o nome da favela e quem luta por essas crianças, que central da favela luta e põe o nariz no meio disso?
Agora vem dizer que é montagem? vem dizer que é uma minoria? textos tendenciam, ponto de vista se muda, mas fotos não mentem. (Ferréz)
Que país é este? Que porra de país é este? Caralho, que droga de país é este?
Eu respondo: é um país ilegal, sem alvará de funcionamento, sem licença para ser pátria.
Sérgio Vaz (irado e com razão).
tirado do blog: colecionadordepedras.blogspot.com