Blog do escritor Ferréz

O bosque

O Bosque

Escrevendo a anos, parece que tem horas que a história fica mais distante, como se fosse algo não criado, mas que ouvi a muito tempo e ao qual os rostos, roupas e detalhes ficam difíceis de serem compreendidos.
Mexer no texto é um trabalho árduo, bem diferente do criativo, onde a magia da imaginação exerce todo seu encanto, mas uma hora é inevitável começar o trabalho já sem a parte criativa, pois a formação da história passou e agora vem a labuta, o trabalho grosso.
Sempre tento escolher um lugar legal para mexer nessas palavras, as vezes vou para Itapecerica, que é mais calmo, menos carro e mais verde, sento em algum lugar onde tenha um banco e uma árvore e começo a trabalhar, está cada vez mais raro achar esses lugares, mas por lá ainda se acha.
Um lugar onde adoro escrever é no antigo I.A.E, Instituto Adventista de Ensino, que hoje todos conhecem como Unasp, fica na estrada de itapecerica, próximo a delegacia.
Mesmo antes de ser próximo da minha casa eu já ia para lá digitar algumas linhas e enxugar o texto.
Sempre vou caminhando pela estrada de Itapecerica com o computador portátil na mão e depois chego ao pequeno mercadinho dentro da Unasp. Ao lado do mercado tem um pequeno bosque, parece sempre calmo e silencioso onde se encontra várias árvores, alguns bancos de concreto e mesas que são forradas com cacos de antigos azulejos ao lado desses bancos, que ficam na parte mais alta, tem uma construção bem antiga, com janelas ovais na parte de cima, e quadradas em baixo, uma construção feita de tijolos com uns 15 metros de diâmetro por uns 7 de largura, era ali que os jovens tinham aula. Anos atrás os alunos chamavam aquele bosque de praça da bíblia, pois a casa atrás dele era onde estudavam os futuros pastores, e eles sempre iam para a praça com suas bíblias estudar, as meninas passavam pela praça para ver os rapazes, e muitos namoros e até casamentos tiveram inicio ali.
A sombra é muito boa, e pelo lugar ser alto, o vento é fresco.
O único desagravo aconteceu uma vez, me assustei quando uma sirene foi ligada, era o chamado do término das aulas.
Vou correndo o dedo pelas teclas, e as correções começam, algum personagem que está denso demais, outro que ficou meio esquecido, uso um pouco da experiência dos roteiros que li e escrevi nesses anos e monto uma curva para os personagens, consulto sempre a estrutura do livro para saber se as ações estão em demasia, cada parte é marcada por uma cor, e assim o livro quando visto de longe parece um cubo mágico, também por influência do Marc que trabalho comigo no 9MM, quando escrevia os roteiros, ele me ensinou um método de Bit, e isso hoje tá sendo bem útil, embora pareça ser bem complicado, esse jeito de fazer a divisão dos sentimentos no trabalho ajuda bastante a ficar tudo organizado.
Minha rotina é escrever por algumas horas e depois ficar admirando as árvores e as poucas pessoas que passam, nesse pequeno bosque nenhuma delas passa, dão a volta e vão até o mercado e depois sobem para os cursos novamente.
Tem um momento que paro, sempre quando o trabalho de leitura dos capítulos cansa minha vista e vou ao mercado, compro um suco de uva, o mesmo suco de uva que ficou na minha mente desde quando era pequeno e minha mão me levava no mesmo lugar para tomar, só que naquela época os Adventistas administravam mais uma fazenda do que uma escola. Para acompanhar compro um pedaço de pizza, ligo o computador de novo e vou comendo e escrevendo.
Fazia meses que queria vir escrever na Unasp de novo, mas com tanta corrida com o Selo Povo, com a 1dasul, com a Ong, com a festa do Negredo, com as quermesses e milhões de compromissos, fiquei adiando até hoje.
Imagina meu desgosto, quando finalmente separei a tarde de hoje para mexer no romance,editar algumas partes, definir o final e dar uma enxugada em todo o texto, essa era minha meta, mas quando cheguei no pequeno bosque, me deparei com somente grama, isso mesmo, grama, não tinha árvores, bancos, mesas, nada.
Fiquei aturdido, parado em frente ao grande nada, tentei olhar onde estavam as árvores, e com algum esforço consegui ver o que restou delas, bem emparelhada com o chão estão as presentes mutilações, o que antes eram árvores, hoje são somente membros decepados.
Não sei dizer de fato o que senti, tristeza, pesar, decepção talvez sejam palavras mais próximas, vi dois pedreiros fazendo uma passarela no canto do antigo bosque, e outro falando que tinham que fazer outra passarela do outro lado, para dar mais acesso.
Fiquei tão abalado, que andei de um lado para outro por alguns minutos, e olhando em volta para ver se eu não estava errado, mas ao lado também já não existia nada, só o mercado do lado esquerdo e uma livraria e papelaria, onde antes tinha uma charmosa casa de madeira.
Perguntei aos pedreiros se ali não tinha uma praça, bancos, mesas, um deles respondeu, que acha que tinha alguma coisa, eu pensei na hora, alguma coisa? como podem não ter percebido as árvores, as plantas, a sombra maravilhosa que hoje não existe, mas simplesmente falei que era a evolução e sai.
Andei por mais alguns metros, achei um banco, sentei e abri o computador, ele deslizava nas pernas, não tinha uma mesa para apoio, o vento não era bom, a altura era ridícula, mesmo assim comecei a mexer no livro.
Alguns minutos depois, eu já tinha desligado o computador, não achei justo trair aquele lugar assim, esquecer ele e começar em outro lugar.
Voltei para a frente do antigo bosque, fui no mercadinho, que também tem uma pequena lanchonete e sentei numa das cadeiras, que cercam três mesas de plástico do lado de fora, comprei um suco de uva, um sanduíche natural, resolvi consumir para que ninguém me incomodasse quando eu fosse escrever.
Abri o computador, agora olho para onde era o bosque, enquanto escrevo um trator sobe, devastando até o gramado, a antiga casa foi pintada de branca e detalhes de azul, o sol consome a todos pois não existe mais sombra.
Pelo menos aqui nesse texto um dia saberão que acabaram com um grande bosque, que abrigou por muito tempo casais, pássaros, estudantes, animais, insetos, e também um escritor, que não tinha lugar mais tranquilo para escrever.

Ferréz é escritor, e está terminando seu novo romance, Deus foi almoçar.

Nossa festa de Natal foi no Interferência

Trocamos uma viagem por melhorar a realidade e fizemos uma grande festa.

a festa de encerramento foi maravilhosa, com direito a muitos convidados especiais, as crianças fizeram as cartinhas e nós passamos para alguns amigos,e assim o natal dessas crianças foi além da propaganda da TV, o Eduardo da empresa Lonas, mesmo tendo sofrido um acidente de carro, mandou entregar os presentes, isso é que é ser homem de atitude, agredecemos aos parceiros, Mauricio DTS, Ylsão, MC Tó, Dj Alê, Cintia, Baleia, Arnaldo, Eduardo Lonas, Bruno (Metodista), Casa do Zezinho (Tia Bia.;
Nossa casa, mais um ano de trabalho com a comunidade.


Fila para pegar livros, isso que é lindo de ver, quem disse que não tem melhoras?

Maculêlê, valorizando nossa cultura brasileira.

Um grande espetáculo de Maculêlê, com professor Leo (Os guerreiros) e do grupo círculo Palmarino) agradecemos de coração, foi emocionante, e no final O Professor Leo dançou com todas as crianças o mestre James Brown.
Evanise exercendo seu método de pedagogia!

Esse ai na porta é o Haroldo, nosso parceiro também, e ao lado estão algumas mães.

Nossas gatas posando, auto estima era raridade, era...

Olha o tamanho do nosso bolo!
A travessa Santiago foi lotando aos poucos.

Cuidado, fazer o bem proporciona felicidade prolongada, na maioria dos casos vicia.

Chapa do PSA e a famosa Lôra da Casa do Zezinho, sempre presentes.
Grupo Recepção, presente na festa.
No final dos presentes, como sempre tem criança que só aparece na hora da festa, agente conseguiu duas caixas de cachorrinhos de pelúcia, e também kits de doces, agradecemos a IG que fez a doação dos cachorrinhos, o resto foi puro esforço mesmo, e pode acreditar que foi bem melhor que viajar, viver numa realidade melhor, é plantar para finalmente conseguir ver algum futuro para nossas crianças.
A Interferência segue firme e forte no ano 2011.
agradecemos a quem acreditou na mudança.

EnsaiAço foi maravilhoso!

Terminamos o ano com casa lotada, e com uma novidade, a partir de janeiro o EnsaiAço vai ser transmitido ao vivo na íntegra por Rádio e pala Internet, é o Rap fazendo música boa para ouvidos bons.

Dezenas de grupos lotaram o ultimo EnsaiAço do ano, Xelamani, N.S.N, A cúpula, Cotidiano violento, U Clã, R.D.G, Alcatéia, Divas, Edgar, Colina (Detentos do Rap) Gaspar, Cocão, Preto Will, Rogério, Roberto da Norte, OkLoko, e muitos grupos, prometo dar a lista completa no Blog do EnsaiAço, que também vai ter os videos em breve.
As crianças no poder, Juninho arrebentou tudo com um rap novo, feito para a nossa despedida desse ano.

Rolou uma surpresa, um documentário feito pelos manos do Negredo sobre o EnsaiAço, uma retrospectiva de todos esses meses, e todo mundo ficou quietinho para assistir a nossa história.

Tivemos a presença de Gaspar, que recitou America Sem Norte e fez todos vibrarem.

Como todo EnsaiAço temos um momento para conversar com os grupos e orientar as carreiras, dessa vez tivemos uma palestra do Adriano, especializado em confecção de Hip-Hop e dono da marca Art Full, ele falou sobre como o mercado funciona para a visão da nossa cultura e como é a postura das empresas quando se trata do Rap.

Tivemos a honra de ter Raquel Trindade e seus amigos nessa despedida do Rap para 2010.
E ainda ganhamos dois poemas do Solano recitados por ela, quem foi viu.



Com grandes presenças o EnsaiAço encerrou 2010 em grande estilo, mostrando que mesmo sem prêmio nem edital dá para fazer muito pela quebrada, esse projeto é todo sustentando pela parceria colaborativa dos próprios manos, agradecemos o empenho de todos para que esse espaço do Rap seja sempre digno.
2011 é só progresso. grande abraço
Ferréz/Ylsão/Martinha/MC tó/Dj Alê/Dj Dri/ Mano Dô/e toda famíla Rap Nacional.

Feira Cultural na Penitenciária de Guarulhos



Sai por volta das onze e meia da manhã do Capão Redondo, acompanhado por Claudinho, que sempre faz trabalhos sociais e acompanha os trabalhos do Hip-Hop a muitos anos.
Muita estrada e trânsito caótico para depois ver os grandes muros.
De um lado Av. Trabalhadores e do outro a Airton Senna, logo ao lado talvez o aeroporto internacional e suas asas.
Após corredores, trancas, aço, peso, olhares, revistas.
Chegamos a Feira de artes, ciência e cultura do Presídio João Parada Neto, em Guarulhos.
A Feira foi criada em 2007 para os reeducandos, essa é a quarta edição.
O tema desse ano é o meio ambiente.
Chegamos no que mais parece uma igreja, chão azul, bancos de madeira, e um painel no fundo do altar, o desenho é feito a mão, uma linda natureza, uma pequena casa toda cercadinha, montanhas, um lindo céu azul, um sol bem amarelo atrás da casa e uma grande estrada que ia aumentando da casa até a entradaAlguns internos de azul e branco sentados formavam um coral, do lado um rapaz com violão, outro com guitarra e no fundo uma bateria.
Feira Cultural na Penitenciária de Guarulhos
Logo o rapaz com o violão começou a cantar hinos evangélicos, a minha frente familiares e convidados, ao outro lado os internos.
Mauricio Gonçalvez , negro, magro, com uma voz impressionante, canta Tim Maia, “na vida algum motivo para sonhar”, e a feira começa com um grande momento.
O juiz Jaime chegou e nos cumprimentou, agradeceu à presença, a ponte foi feita pelo Dexter, o oitavo anjo me convidou para o evento pelo fato do Juiz gostar dos meus livros.
A cerimônia seguiu bem com vários depoimentos de ex reeducandos que hoje estão de boa, e alguns até empresa têm.
Aproxima-se para nos cumprimentar Jurandir, que é agente penitenciário e também tira fotos , ele começa a conversar e diz que e é do movimento negro.
Enquanto isso todos cantam o hino do Brasil, e todos acompanham a letra, depois começa a música de Roberto Carlos, “Jesus Cris eu estou aqui”, num canto forte de quem quer sentir que Deus está olhando por eles.
O Juiz Jaime, homem magro, branco, com cabelos negros e rosto fino pede para falar, cita um recurso sobre um preso que foi feito a dois anos e meio e não atendido, e diz que resolveu atender, a liberdade canta para o rapaz que está no coral, todos se emocionam, Claudinho olha para o lado, homem tem essas coisas quando as lágrimas brotam, eu olho para o outro, os presos estão emocionados, todos abraçam o rapaz que chora muito e agradece, foram 9 anos de reclusão, agora a vida vai ser vista de outra forma quando ele pisar o pé lá fora.
Vale a pena estar aqui hoje é o que pensei a todo o momento, mas o dia ia ficar mais emocionante quando um dos apoiadores da feira subiu e disse que quando esta vindo para o presídio, sentia que não era uma coisa de verdade, que aquele tipo de trabalho não adiantava nada, mas no meio da sua fala começou a chorar e disse que estava arrependido pelo que pensou, pois valia muito a pena sim estar fazendo parte daquilo.
Eu subi para fazer uma fala, nessa hora você não imagina o tamanho da responsabilidade, mas que é de verdade e tá no dia a dia com as dificuldades não géla, não se pode dar a esse luxo.
Logo depois foi a entrega do prêmio do concurso de literatura, e sugeri um abraço no final da cerimônia, fato que aconteceu enquanto uma música de TIM maia finalizava aquele grande momento, ah! Se o mundo inteiro me pudesse ouvir...dizer que aprendi...

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Fotos gentimente cedidas por Joice Rodrigues Camargo - Jornalista
E dia 17 tem EnsaiAço na Rua Grisson,encerramento do ano, já dia 18 tem Interferência, grande festa das crianças, já dia 19 tem festa na Bibliteca Êxodus,com presente para as crianças do projeto, é isso, fortificar a quebrada. Ferréz

Nova música de Ferréz (Participação Negredo)

Boas Quebradas (Ferréz, YLsão, MC tó) produção DJ R.B.
Video feito pelas crianças do projeto Periferia Ativa
A música ainda está sem masterização.

Reconhecimento do Preto Ghóez

Curto e grosso.
reconhecimento na quebrada, só andar nas ruas da sul para ver quem está no dia-a-dia com a comunidade, nós somos A FAVELA, não estamos passeando nela.
O trabalho do Periferia Ativa do grupo Negredo, onde eu e o Brown fazemos parte, hoje tem brinquedoteca, espaço para aula de música, estúdio de gravação, biblioteca, e uma casa onde dedicamos todo o espaço para os computadores, onde tem aula de video, edição etc.
Eu toco a Ong Interferência, também o Ensaiaço (livre ensaio para grupos de rap) junto com o estúdio 1dasul.
Só no final de novembro e início de dezembro já lançamos 5 discos de hip-hop, entre eles: Rapa da Godoy, Thalento Nato 2, (coletânia de Hip-Hop), Negredo, Alcatéia, e agora sai Detentos do Rap.
Pela 1dasul, somos a única marca que hoje acredita no Rap, estamos presente com festas como o 100% Favela, patrocinamos grupos de dança como o Lords of Krump, composto por meninos do Capão, apoioamos quermesses, pequenos eventos e criamos um novo método de distribuição.
Vamos encerrar o ano com uma grande festa no EnsaiAço com grandes figuras do Rap, no dia 17.
Construimos uma editora com preços populares, onde eu levo prejuízo em cada edição mas tenho o orgulho de por livros nas mãos de quem tem que ler.
Já no dia 18 temos entrega dos presentes para as crianças no Interferência, e dia 19 a Godói vai pegar fogo com mais uma festa para os nosso pequenos talentos.
Quem trabalha como nós, e digo isso em nome de todos que compõem a 1DASUL, o Interferência, o Projeto Periferia Ativa (Negredo, Brown,RDG), ou seja centenas de pessoas, que se empenham em fazer um bairro melhor, quem trabalha como nós, não merece ser punido por trabalhar.
Quem trabalha alcança meta sim, mas precisa também de incentivo para continuar existindo.
Não vamos tolerar, e digo isso bem acompanhado pode apostar, não vamos TOLERAR que o Prêmio que o Ghóes dedicou a vida para construir para o Hip-Hop, e qual eu fiz a primeira reunião, ainda no gabinete do deputado que antes era vereador Vicente Cândido, e do qual nós lutamos muito para que fosse criado, seja manipulado, quem não fez pela cultura não tem que ser agraciado.
Estamos na quebrada, não falamos por ela de longe, somos ela aqui e agora, e sabemos bem quem tem trabalhado e quem só vive de cartão e de simpatia.
Tempestades virão parceiro, porque discurso simplista não convence massa informada.
A Todos que comigo estão, pelo Hip-hop que aguarda uma postura séria do prêmio.
Ferréz

Palavrarmas


Salve, A quebrada está em festa, acabou de sair o CD do grupo R.D.G e também o CD do Negredo (eu fiz uma poesia especialmente para o CD, chama-se A maldição da refinaria, ambos estão a venda na 1DASUL, num preço especial), e ainda esse ano tem Detentos do Rap, com seu novo CD o Juiz mais Justo é o Tempo.
Tem muita gente perguntando o que é Palavrarmas, é meu novo projeto para 2011, onde terá muita poesia, piano, e várias participações, dá uma conferida ai no video abaixo.


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Escritores Bruce Sterling E Roberto Causo visitam Ferréz

O escritor americano Bruce Sterling (autor dos livros The difference Engine, Islands in the Net e criador do movimento Cyber Punk, que causou uma revolução dentro da Ficção cientifica), chegou no Capão hoje, acompanhado de sua esposa e do autor Roberto Causo
Visitando o Interferência, projeto criado por Ferréz, que atualmente ensina 90 crianças no Jardim Comercial.

Segundo Roberto Causo, o autor concebeu uma nova porta para a ficção e se não fosse seus livros não existiria filmes como Matrix.
Bruce encantado com a Literatura Marginal
O escritor de ficção científica Bruce Sterling (1) mantém um blog na revista Wired, conceituada publicação sobre tecnologia e cultura, e ele mencionou a loja da 1dasul como um modelo de negócios da periferia.
Link: http://www.wired.com/beyond_the_beyond/2010/11/chic-in-the-favela/
esse link me foi enviado por Bruno Evangelista, agradeço a atenção. segue abaixo a matéria que Bruce colocou no site, e depois tem um pequeno resumo de seu trabalho, o autor vai estar lançando um livro pela Devir, junto com Roberto Causo, Duplo Cyberpunk, nesse livro existe um personagem chamado Ferraz que é uma referência a minha pessoa, o personagem tem um grupo de resistência social, nunca pensei que fosse virar personagem de ficção cientifica, que se cuide Blade Runner.

Beyond The Beyond Just another WordPress weblog Chic in the Favela
By Bruce Sterling November 29, 2010 | 9:35 am | Categories: Uncategorized
*So, these 1DASUL guys are Paulistas who make some with-it clothing in a local favela. That’s not quite what I mean when I’m incessantly referring to “Favela Chic” as a modern cultural concept, but hey, it’s nice to know that they exist. And they mean business, too.

What is 1DASUL?

The 1dasul was founded on 1 April 1999 and is thought to be a mark toward the periphery, being developed for urban talent, thus creating an authentic identity with those parts of the city.

The name comes from the idea we are all one in the same struggle, the same ideal, so we are all one for the dignity of the neighborhoods.

The brand with the response time became one of Lilac and other areas for any violence that it is credited, making residents proud of where they live and fight for a better place with less violence and more hope.

We, Brazilians, descendants of slaves and Indians never had a symbol on our line, the logo of the phoenix-shaped 1DASUL and number one in focus is a way to have our own coat-of-arms, and he has this sense of joining the periphery.

The logo has the idea 1DASUL be a coat-of-arms of our people.

The coat-of-arms has a sense of unity and brings the idea of a people that comes together to fight for the preservation of their culture.

The brand is socially just, and since January 2009 the company was divided for the employee.

Another approach is to have the brand more than 90% of products produced in the periphery.

One example is the caps, embroidered by hand and paid to the supplier above the market.

The brand sponsors 1DASUL fairs, block parties, concerts, Hip-Hop, and literary workshops and lectures, also helps to maintain social projects in the South Zone of Sao Paulo as Ong EnsaiAço Interference and design, among others.

So when the 1DASUL by the body know that you are also using the idea of change, you are adding to the self esteem of our people.

To the periphery always the best.

1DASUL the first brand made exclusively within a neighborhood.

Greetings.
Ferréz
www.1dasul.com.br

(1)Michael Bruce Sterling (14 de abril de 1954, Brownsville, Texas) é um escritor estadunidense de ficção científica, mais conhecido por seus romances e sua obra seminal na antologia Mirrorshades, a qual definiu o gênero cyberpunk. Em 2003 ele foi designado professor da European Graduate School onde leciona cursos de verão intensivos sobre media e design. Em 2005, tornou-se o "visionário residente" do Art Center College of Design em Pasadena, Califórnia

Roberto Causo:Causo foi atendente de biblioteca, ilustrador editorial e publicitário (free-lancer), antes de publicar profissionalmente o seu primeiro trabalho, o conto "A Última Chance", na revista semiprofissional francesa Antarès—Science fiction et fantastique sans frontières.

Desde então tem publicado profissionalmente pelo menos uma história por ano. Teve contos impressos em publicações tão distintas quanto Playboy, Isaac Asimov Magazine (editada no Brasil pela Editora Record), Cult: Revista Brasileira de Cultura, Ficções: Revista de Contos, Rascunho: O Jornal de Literatura do Brasil, Dragão Brasil e Quark.

Seus contos apareceram em revistas e livros na Argentina, Brasil, Canadá, China, Finlândia, França, Grécia, Portugal (com A Dança das Sombras, seu primeiro livro de contos), República Tcheca e Rússia. Foi um dos classificados no Prêmio Jerônimo Monteiro, da Isaac Asimov Magazine, e no III Festival Universitário de Literatura, com a novela de ficção científica Terra Verde; foi o ganhador do Projeto Nascente 11 (promovido pela Pró-Reitoria de Cultura da USP; 2001) na categoria Melhor Texto, com a O Par: Uma Novela Amazônica, publicada em 2008 pela Associação Editorial Humanitas, da Faculdade de Letras da Universidade de São Paulo.

Desde 2005 mantém coluna semanal sobre ficção científica e fantasia no Terra Magazine