Mas esse pais que valoriza tanto o gringo, não sabe o que está perdendo em suas próprias terras, pra que Crumb? pra que Eisner? asseguro com total firmeza, veja o trampo de Mutarelli e compare o incomparável.
Lourenço Mutarelli
Mas esse pais que valoriza tanto o gringo, não sabe o que está perdendo em suas próprias terras, pra que Crumb? pra que Eisner? asseguro com total firmeza, veja o trampo de Mutarelli e compare o incomparável.
Grafiteiro Fhero
Caros Amigos 10 anos de publicações ideológicas
Bate-Papo com Ferréz e Ricardo Noblat
Ninguém é inocente em S.P. concorre a prêmio.
11.o Favela Toma conta
além da coletânia que acabamos de lançar.
Vamo se mexer rapa, o palco num aparece do nada, e a fama não cabe num coração pequeno.
10 anos de Literatura
e depois vieram as festas de samba e de rap onde eu sempre levava o livro para vender, em muitas delas eu não vendia nada e ainda sempre sumia um livro ou outro.
Mas esforço é o nome do talento.
Sistema Besta de Televisão
assim o desenho infantil perde até sua inocência, e os nossos pequenos vão sendo treinados para as máquinas de bingo que contaminam toda a periferia.
Bom, agora o vovô Silvio indoidou de vez, o programa tido como "humor" chamado Fora de Controle, num é só mais um programa sem graça e de muito mau gosto, mas um atentado direto a toda a família que sintonizar naquela aberração.
Evento de Literatura Marginal
Até a morte nêgo....
Aos amigos.
na tarde de ontem, dia 5 de abril, no hospital São Leopoldo, pesando 3 kilos e cinco gramas, e medindo 47 centimetros nasceu:
Dana Ferréz Pires Silva
filha de Ferréz & Elaine.
Blogs e site.
é que num dá pra por todos os assuntos aqui, e temos que distribuir o lance, eles não são tão atualizados como esse mas de vez em quando eu consigo fazer o trampo todo.
firme
Ferréz
Aniversário 1DASUL
Ferréz, Adélia Prado, Luiz Fernando Veríssimo lançam livro inédito.
O Melhor Lugar do Mundo é o tema do 6º Concurso de Redação Ler é Preciso do Instituto Ecofuturo.
Que através da série Leituras do Brasil" lança o livro "A vida que agente quer, dependo do que agente faz.
com textos de: Lygia Bojunga, Luiz Fernando Veríssimo, Ferréz, Manoel de Barros e ilustrações de jovens que tiveram aulas de arte-educação.
O livro já está impresso, e os 35.000 exemplares vão ser distribuidos para as escolas que participarem do concurso de redação Ler é Preciso.
Em março o Instituto Ecofuturo lança a sexta edição do Concurso de Redação Ler é Preciso e convida estudantes e professores de todo o Brasil a pensar, sonhar e escrever a partir das 8 Metas do Milênio, com uma expectativa de mobilizar 1 milhão de pessoas e ter um retorno de 50.000 redações
Disponibilizar conhecimentos que ajudem a colocar o planeta e seus habitantes no rumo da sustentabilidade e saber, direto da fonte, como estão e o que pensam crianças, jovens e adultos - estes são os objetivos do 6º Concurso de Redação Ler é Preciso, O Melhor Lugar do Mundo, realizado pelo Instituto Ecofuturo e divulgado para 175 mil escolas do País.
O tema selecionado para esta edição do concurso resulta da edição anterior, cujo tema foi o sonho: os jurados se depararam com redações de crianças que não sonhavam alto por medo, falta de expectativas, desconhecimento, e também pela carência de coisas a que, por lei e por direito, deveriam ter acesso.
O 6º Concurso de Redação Ler é Preciso tem como fonte de referência o livro A vida que a gente quer depende do que a gente faz, publicação inédita do Instituto Ecofuturo com artigos escritos por renomados estudiosos que apresentam propostas para a conquista das Oito Metas do Milênio (*), documentadas pela ONU em 2000 e assumidas por 191 países, que se comprometeram a cumpri-las até 2015. De autores como Ricardo Paes de Barros, Moacir Gadotti e Julita Lemgruber, acompanhados por textos de literatos como Manoel de Barros, Adélia Prado, Lygia Bojunga, Luis Fernando Verissimo e Ferréz, os textos apontam alguns caminhos para que as crianças vivam a infância com tranqüilidade e se alimentem dessa infância para crescerem saudáveis e assumirem seus papéis como cidadãos, garantindo os mesmos recursos às próximas gerações.
A vida que a gente quer depende do que a gente faz será enviado para todas as escolas que solicitarem o kit de inscrição, juntamente com o Caderno do Professor, com dicas e orientações para que o tema seja trabalhado de forma cooperativa em sala de aula.
QUEM PODE PARTICIPAR?
Desta edição do Concurso de Redação Ler é Preciso podem participar todos os estudantes do Ensino Fundamental e Médio, das Escolas de Jovens e Adultos (EJA), e também professores. Cinco categorias estão abertas a todo tipo de texto, com os seguintes "subtemas": Bom dia, mundo bom (da 1ª à 4ª série), Solto minhas palavras no mundo (da 5ª à 8ª série), O melhor lugar do mundo (Ensino Médio); A vida que a gente quer (EJA) e, finalmente, Instruções para chegar ao melhor lugar do mundo (professores).
Por meio de parcerias com instituições e organizações não-governamentais, nesta edição o Concurso de Redação Ler é Preciso amplia a possibilidade de participação de portadores de necessidades especiais (cegos e surdos), presidiários e jovens que moram em áreas de alto índice de violência e estão em unidades da Fundação de Bem-Estar do Menor (Febem).
Para esta edição, a expectativa é atingir 1 milhão de alunos e professores, ter a participação de cerca de 10 mil escolas e receber 50 mil redações de todos os cantos do País.
QUAL SERÁ A PREMIAÇÃO?
As 60 redações vencedoras serão selecionadas por um grupo de jurados bastante diversificado em idade, formação e atuação profissional. O júri, consciente de que não se trata de uma avaliação escolar, procura o "brilho" das redações, ou seja, a criatividade e a originalidade.
Os vencedores serão premiados com computadores e clássicos da literatura universal Suas redações serão publicadas em um livro coletivo, com as características de interatividade e diversidade que marcam o Somos e queremos, produto final do 5º Concurso de Redação Ler é Preciso, que encantou e "cooptou" leitores bem diversificados, de crianças a executivos, de jornalistas a políticos. Outro grande momento da fase de premiação do concurso é a realização da assembléia participativa com os vencedores, que decidem, por consenso o município que ganhará uma Biblioteca Comunitária Ler é Preciso em local a ser selecionado.
COMO SE INSCREVER?
As inscrições estão abertas a partir de março. As redações devem ser enviadas até 15 de junho de 2007. Mais informações, esclarecimento de dúvidas ou solicitação de kits para a participação no 6º Concurso de Redação Ler é Preciso: 0800 772 0099 (ligação gratuita).
ou para saber mais, www.omelhorlugardomundo.org.br
QUEM ESTÁ CONOSCO NESSE PROJETO?O 6º Concurso de Redação Ler é Preciso, realizado pelo Instituto Ecofuturo e incentivado pelo Ministério da Cultura, tem como patrocinadores o Grupo Suzano, White Martins, Itaú e Comgás. Os apoiadores são Eka Chemicals do Brasil, Companhia Siderúrgica Nacional, Tilibra, Sepetiba Tecon, Grupo Ligna, Lazam-MDS Gestão de Seguros e Casa do Pão de Queijo.
Não deixe de participar e divulgar na sua escola, muitas crianças tem acesso a leitura com concursos que nem esse, valeu.
Ferréz
Capão Pecado 7 anos depois
Lembro-me como se fosse hoje, o dia em que entrei numa livraria pra comprar uma caneta Bic, e na saída, vi um livro, que me chamou a atenção por causa da capa. Peguei folheei, senti-o em minhas mãos, e me afeiçoei a ele, foi a primeira vez na vida, que dei importância a um livro.Não podia deixá-lo lá, tinha que comprá-lo. Anos depois soube que este ato de comprar livros compulsivamente é considerado doença pra muitos, na minha opinião é um ato do caralho! Compro mesmo! Fico sem mistura em casa, mas compro!Já ouvi uma pessoa dizer, que ouviu uma outra pessoa falar, que num sei quem disse, que mal os livros estão vendendo e eu os compro! Compro mesmo, trabalho pra isso! Capão Pecado; O livro que salvou minha vida! Pois hoje, certamente eu seria apenas mais um sócio de uma torcida organizada!
O Barco Viking (Ferréz)
Quando Alberto Saraiva criou a rede Habib’s, certamente não imaginaria a cena.
Dois meninos, 9 e 11 anos.
Moradores do mesmo bairro onde está instalada a loja de comida árabe mais famosa do mundo.
Os brinquedos lá fora são atrativos, divertem os filhos dos clientes, que pagam pouco mais de cinqüenta centavos por esfiha. Entre eles está um escritor e sua esposa.
Os dois meninos olham os brinquedos.
Ficaram na fila, mas a funcionária não os deixou embarcarem no barco viking.
Ficam presos à sua realidade.
O cigarro talvez, o baseado não. Cuidar de carro talvez, roubar não.
O pai de um é pernambucano – filho meu se aprontar eu quebro no pau. O pai de outro é mineiro – sempre dei bom exemplo pra esse menino, se virá coisa ruim não é culpa minha.
A funcionária, que também é do bairro, não hesita, separa da fila.
Cara de maloqueiro? Talvez foi isso que os barrou na fila.
Mas a desculpa é padrão.
– Desculpe, meninos, mas é só para quem está consumindo.
Consumir.
Consumir.
Consumir.
Eles me vêem.
E aí? Tudo bem?
São da minha vila.
Chamo pra minha mesa.
- Quer algo?
Não.
- Pede aí uma esfiha, um refri.
Os dois abaixam a cabeça.
Não.
Então quando levantam a cabeça, percebo o olhar.
O barco viking.
- Já, sei... garçom... faz favor.
- Sim, senhor.
- Leva eles aí no barco, eles querem brincar.
O garçom os acompanha, com um grande sorriso no rosto.
Consumir.
Consumir.
Consumir.
Alguns minutos e olho eles no barco, um cutuca o outro.
- Chapado... que louco!
Lembrei de quando era pequeno, fui numa excursão da escola para o playcenter, um amigo meu deu um soco num cara vestido de Mickey. Quando a diretora veio lhe chamar a atenção, ele gritou.
- Era um cara, porra, é apenas um cara vestido de Mickey.
É, garoto, eles sempre mentem pra nós, eu pensei, assim como tudo nessa vida, política, escândalos, carros, cerveja, sexo, um grande elo, não devia ser assim.
Mas as crianças no barco vicking não filosofam, elas apenas sorriem, e cutucam uma a outra.
- Que louco, puta que pariu, que chapado!
Eu consumi, paguei, fingi que estava feliz, era sábado né?, dia de trabalhador curtir com a esposa. Estampei um sorriso padrão na cara, dei tchau pros meninos, furamos o sistema, eles estão no barco ainda.
Pra sempre.
Depois talvez a rua, a rua cria, a vida determina.
Um bom lugar
Um bom lugar é com certeza onde moramos, nada como a nossa casa, a nossa rua e nossa família, mas para termos sempre o mínimo necessário para vivermos em harmonia, precisamos prestar atenção também no que não devemos fazer.
Este folheto humilde tem a intenção de iniciar uma conversa com os moradores, principalmente no que se refere ao lugar onde moramos.
Existem vários problemas no nosso bairro, um deles é o Lixo na beira do córrego, proliferando o surgimento de RATOS e INSETOS prejudiciais a saúde de nossos filhos, por isso vamos tomar como principal luta a proteção do nosso bairro.
As inundações também são o retrato de lixo na rua, quem sofre somos nós, os mais humildes.
Outra coisa que está em alta em nosso bairro é o ALCOOLISMO, por isso não devemos dar bebidas como, cerveja, batida e outras que contém álcool para crianças, o exemplo vem da família, evite beber na frente dos filhos, um simples copo pode ser o começo de uma vida inteira de bebedeira.
No caso dos políticos, que só aparecem em época de campanha, não deixem eles pintarem seus muros, a única coisa que temos aqui no bairro é a família e nossa casa, não devemos deixa-los nos usar assim.
Também aproveitamos para pedir a opinião dos moradores no que se refere a termos uma biblioteca no bairro, uma biblioteca comunitária que servisse a todas as pessoas, vamos pensar isso juntos e vamos melhorar nossa quebrada, afinal do céu só cai chuva.
Por uma vida melhor, sempre.
Ferréz
Idéias e opiniões:
Movimento 1DASUL
Rua José Velasques Vargas, 44 Jardim Lilah
Esse panfleto foi distribuido em 4 de maio de 2004, mas eu levo cópias para todas as áreas que vou, se você mora numa quebrada, imprima e distribua, se quiser adaptar outros problemas da sua área faça, porque temos que lutar em todos os frontes.