Em todos lugares por onde passo, pessoal sempre pergunta da construção da Literatura Marginal, não essa vinda da poesia marginal, isso nunca existiu pra nóis, sempre foi algo vindo aqui da quebra mesma, nem tínhamos acesso a essa poesia, e na verdade nem temos, em maioria aqui na periferia. Sem desmerecer a importância de cada época, mas uma coisa não conversa com a outra. O que propomos a partir de 1999, eram rupturas de códigos criados por uma elite para afastar o amor ao texto, para não deixar nosso povo se expressar, triste é ver que ainda comem da mesma mentira, e quando se "formam"nas faculdades, começam a mudar as palavras, estragam elas, enfeiam, mudam os sentidos, e usam a mesma dinâmica do dominador. Algo que sempre se falará por onde andar um autor do gueto, é de como é válido esse movimento, como temos que defender algo a vida inteira, como os artistas vindos da elite nunca tiveram que provar porra nenhuma, fica ai o certo pelo duvidoso, e a luta pela leitura, pela identidade, pela quebra dessa invisibilidade que tanto é feita e planejada por uma elite estúpida e suicida. Bora noiz na caminhada.
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