A alguns meses, a Revista Veja me procurou, indicada por um amigo, eu deixei bem claro que não gosto da linha editorial da revista, mas segundo a insistência da jornalista que disse se tratar de uma matéria sobre cultura, acabei atendendo num bar aqui do Capão, deixei claro minha discordância da linha editorial mais uma vez, a jornalista mais uma vez disse que se tratava de uma “matéria do bem”, firmeza, falei de cultura, de literatura marginal, e dos livros lançados e também da cena cultural que surgiu com os Saraus e militantes das periferias.
mais de 2 horas de entrevista.
A revista saiu, totalmente voltada para a coisa do consumo, era a que tinha o MC Guimê na capa, nenhuma referência ao trabalho reconhecido por todos que a poesia, a literatura e os coletivos culturais fazem na quebrada.
Escrevi para ela, incrédulo pelo foco na matéria, ela me escreveu que o foco mudou, mas que estavam pensando em outra matéria.
mais de 2 horas de entrevista.
A revista saiu, totalmente voltada para a coisa do consumo, era a que tinha o MC Guimê na capa, nenhuma referência ao trabalho reconhecido por todos que a poesia, a literatura e os coletivos culturais fazem na quebrada.
Escrevi para ela, incrédulo pelo foco na matéria, ela me escreveu que o foco mudou, mas que estavam pensando em outra matéria.
Não saiu nenhuma entrevista relacionada a cultura que várias periferias fazem, e eles entrevistaram muita gente.
Mais uma vez fica o alerta, agente tem que se ligar mesmo, que eles preferem esse lixo que aliena os jovens, que prega o consumo fácil, que deixa a periferia mais e mais viciada, pronta pras biqueiras, pras pistolas, pra buscar a ilusão.
Nunca sonhei em apoiar funkeiro clone de playboy, que o vacilão ouve pelas quebradas, a música dizendo que ele está na praia, que o mano escuta de chinelo a propaganda do novo Mizuno.
Mais uma vez fica o alerta, agente tem que se ligar mesmo, que eles preferem esse lixo que aliena os jovens, que prega o consumo fácil, que deixa a periferia mais e mais viciada, pronta pras biqueiras, pras pistolas, pra buscar a ilusão.
Nunca sonhei em apoiar funkeiro clone de playboy, que o vacilão ouve pelas quebradas, a música dizendo que ele está na praia, que o mano escuta de chinelo a propaganda do novo Mizuno.
Sou fechado com a cultura até o osso, e na moral quem apóia pedofilia e o genocídio que nosso povo sofre atras da ilusão do consumo, não é digno de se dizer `sou da periferia`. Então é isso! O foco deles é ridicularizar, como a matéria abre com duas casas e suas famílias com todos seus pertences no lado de fora, mostrando o que conseguiram comprar. Grande merda ter uma TV de Plasma de 50 polegadas e não ter corativo pra um simples machucado no posto de saúde, grande avanço, ter rodar Orbital no seu carro e não ter como escapar das doenças que o rato traz vindo do córrego perto de casa.
A solução é ser mais atuante na linha de frente, precisamos dos guerreiros e guerreiras ativos nas suas ações, com seus meios de comunicação e de fazer e pensar cultura, sem arredar um pé do que é certo ou errado, não fortificar esse lixo que chamam de ´cultura da periferia´, cultura gera grandeza, paz de espírito, mudança, evolução, e não retrocesso.
Afinal se dizem iguais a nós, mas destroem o que realmente seria uma mudança, eles ganham um milhão de reais por mês? mas não tem moral na quebrada, não representa nada, e a mídia abraça pois é o que eles sonharam.
Nossa gente abaixando até o chão, submissa, em vez de lutando por seus direitos.
É guerra no bagulho mesmo, que se foda. Ferréz
Afinal se dizem iguais a nós, mas destroem o que realmente seria uma mudança, eles ganham um milhão de reais por mês? mas não tem moral na quebrada, não representa nada, e a mídia abraça pois é o que eles sonharam.
Nossa gente abaixando até o chão, submissa, em vez de lutando por seus direitos.
É guerra no bagulho mesmo, que se foda. Ferréz
Um comentário:
É impressionante como tudo hoje é voltado para o consumismo. Seu texto é sensato. Como sempre.
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