A 22 anos atras estava em frente a uma banca de jornal olhando a revista mais legal do mundo, e que eu não tinha dinheiro para comprar, esperei o final do mês e recebi meu salário de balconista de padaria.
Fui na banca, mas já tinha recolhido, fiquei 22 anos pensando naquela história, naqueles desenhos.
Revirei sebos e bancas de revistas usadas, mas nunca me deparei com aquela revista.
Semana passada, estava no centro com dois amigos, e do nada passei no banco e saquei um pouco de dinheiro, um dos amigos, o Maurício me perguntou porque ia sacar, eu não sabia explicar, mas disse que ia comprar algo.
Junto com ele e o Igor fui caminhando pelo centro e olhando para uma banca de revistas usadas via a capa, não acreditei, caminhei com o coração a toda prova, me controlei para não dar bandeira e perguntei quanto.
Ele respondeu e era um pouco menos do que eu tinha sacado, entrei na banca e vi ainda um exemplar da revista O Anjo de Flávio Colin, de 1960, não resisti e peguei também.
Chegando em casa, deixei a do Colin para degustar mais tarde, peguei a outra, tirei do saquinho, li a introdução e passei a semana degustando cada detalhe do desenho de Mazzucchelli e cada frase do texto de Frank Miller.
Demorou 22 dois anos, mas finalmente li Batman Ano Um.
3 comentários:
Da hora!
Lembrei do texto de Clarice Lispector felicidade clandestina, ficou bem parecida a emoção do finalmente conseguir o livro...
Parabéns!
rs puta jah aconteceu comigo quando mlq quere comprar um gibi e ter q esperar e depois num ter mais....infelizmente num tenho uma memoria tao boa quanto a sua....
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