Blog do escritor Ferréz

Ferréz na FlipSide em Outubro na Inglaterra

Ferréz vai representar o Brasil n FlipSide, versão inglesa da Flip, acontece em outubro no leste da Inglaterra A editora inglesa Liz Calder, 75 anos, sempre viveu com um pé -ou dois- fora da Inglaterra. Uma das idealizadoras da Flip (Festa Literária Internacional de Paraty), Liz prepara para outubro a primeira edição da FlipSide, braço inglês do evento brasileiro, que terá como homenageados Vinicius de Moraes e Tom Jobim. Entre os escritores convidados estão Ferréz, Milton Hatoum, Bernardo Carvalho e Adriana Lisboa.  Snape Maltings O local escolhido é tão charmoso e peculiar quanto Paraty: um conjunto de edifícios do século 19, chamado Snape Maltings, no leste da Inglaterra, que costumava ser usado pela indústria de cerveja. A ideia é que a FlipSide se torne uma espécie de palco inglês para artistas de diferentes partes do mundo. Ferréz, autor de livros como Deus foi almoçar e Capão Pecado se diz satisfeito com o convite e quanto ao assunto que irá abordar diz: “pretendo trazer para eles a nossa literatura, também fazer a leitura de alguns trechos de um novo livro que estou escrevendo, e claro representar um Brasil que ninguém mostra, as periferias que são tão cobradas em seus deveres, mas que não tem seus direitos.” Liz “No Reino Unido, não se convidam muitos autores estrangeiros para esse tipo de evento. Será um acontecimento incomum aqui porque celebrará a literatura de outros países”, explica a editora. Nos anos 1980, fundou a própria editora, a Bloomsbury. Com o tempo, especializou-se na descoberta de escritores que atuavam na periferia do antigo Império Britânico. Nomes como o do indiano Salman Rushdie ou o do autor do livro “O Paciente Inglês”, Michael Ondaatje, natural do Sri Lanka. Em 1997, cruzou o caminho da Bloomsbury uma inglesa de nome Joanne. A aspirante a escritora tentava emplacar a história de um bruxinho de nome Harry Potter. A empresa comprou a ideia, e a série de J.K. Rowling vendeu mais de 400 milhões de cópias ao redor do mundo.  O Snape Maltings Concert Hall receberá as mesas da FlipSide 2013

Sessão de autógrafos no evento Vira Cultura, na livraria Cultura

Um grande evento foi o Vira Cultura, em 15 minutos acabaram os exemplares do Deus foi almoçar, e ai tive que ir autografando o Capão Pecado, a nova edição que saiu pela editora Planeta. Agradeço a todos os presentes, Luiz Alfaya, Jeferson D, Ivan Junqueira, Marisa Moura, Editora DSOP, Editora DarkSide, e todos que lotaram a palestra e a sessão de autógrafos.

Ferréz é finalista do prêmio Zaffari e Bourbon de Literatura

UPF anuncia os finalistas do Prêmio Zaffari & Bourbon de Literatura amanhã (9) 08/08/2007 - 15:06 Os dez finalistas do 5º prêmio Zaffari & Bourbon de Literatura serão anunciados amanhã em Porto Alegre. O melhor romance em língua portuguesa será contemplado com o prêmio de R$ 100 mil. A comissão organizadora da 12ª Jornada Nacional de Literatura de Passo Fundo divulga nesta quinta-feira, dia 9 de agosto, os dez finalistas do 5º Prêmio Passo Fundo Zaffari & Bourbon de Literatura. A revelação dos romances que continuarão na disputa pelo prêmio de R$ 100 mil será feita no Shopping Bourbon Country (Av. Túlio de Rose, 100, Porto Alegre), às 11 horas. Para esta edição do prêmio, foram inscritas 215 obras em língua portuguesa publicadas entre junho de 2005 e 30 de maio de 2007. Budapeste, de Chico Buarque, ganhou a última edição. O vencedor será anunciado na abertura da 12ª Jornada Nacional de Literatura, no dia 27 de agosto, às 19h30, no Circo da Cultura, em Passo Fundo. Sobre a Jornada de Literatura A 12ª Jornada Nacional de Literatura e a 4ª Jornadinha Nacional de Literatura acontecem de 27 a 31 de agosto em Passo Fundo. Entre os convidados deste ano estão os escritores Lya Luft, Affonso Romano de Sant’Anna, Mariana Ianelli, Marina Colasanti, Ferréz, Ziraldo, Luiz Ruffato, Nelson Motta, Milton Hatoum, Elisa Lucinda, o cubano Reinaldo Montero, o americano Gerald Jones, o historiador e antropólogo italiano Carlo Ginzburg, o cineasta e escritor José Roberto Torero e Marcos Vilaça, presidente da Academia Brasileira de Letras. Para mais informações, visite o site www.jornadadeliteratura.upf.br.

Sábado na Livraria Cultura

Ferréz, palestra e sessão de autógrafos na Livraria Cultura, dia 20 as 16 e 30, com Bernardo Ajzenberg, Joca Terron. Mediador: Sergio Miguez. Livraria cultura, conjunto nacional - Paulista.

Capão Pecado proibido nas escolas.

Palavrão na escola: MEC defende livro que pais rejeitam Ministério da Educação e Governo do Estado são a favor de "Capão Pecado"; Fapaemg quer retirada Cláudia Rezende - Repórter TONINHO ALMADA  Mário de Assis enviou ofício ao governador pedindo que livro não seja mais usado A polêmica em torno do uso do livro "Viver, aprender unificado", do Projeto de Aceleração da Aprendizagem pela rede pública estadual rende novos capítulos. Ele está sendo criticado por pais de alunos - na faixa etária dos 15 anos, que estão nos 8º e 9º anos do Ensino Fundamental - por conter palavrões. A Federação de Pais de Alunos das Escolas Públicas de Minas Gerais (Fapaemg) desistiu de tentar retirar o livro de circulação ainda neste ano, mas enviou ofício ao governador em exercício Antônio Augusto Anastasia (PSDB) pedindo que ele não seja usado no ano que vem. Tanto a Secretaria de Estado da Educação quanto o Ministério da Educação, no entanto, referendam o capítulo do livro "Capão Pecado", de Ferréz, que está na obra e contém palavras consideradas de baixo calão como "filho da p." e "tomar no c." 
O autor chama a atitude dos pais de uma "caça às bruxas". A assessoria do MEC afirmou que o Ministério considera que esse tipo de contestação faz parte de uma onda conservadora que não faz sentido e que vem sendo combatida há muitos anos. 
Mas a federação de pais solicita, no ofício ao Governo, que, até o final do ano, o texto criticado seja trabalhado dentro de uma ação pedagógica, destacando o caráter literário da obra. O presidente da Fapaemg, Mário de Assis, informou que vai aguardar a resposta do Governo até a próxima quinta-feira. Segundo ele, se não houver retorno, a entidade vai acionar o Ministério Público e as comissões de Educação e Direitos Humanos da Assembleia Legislativa para pedir providências. O presidente da federação informou que tem uma estimativa em mãos de que cerca de 70% das pessoas são contra o emprego de livros com expressões chulas em sala de aula.
"Existe um grito social das escolas para a sociedade a respeito da falta de limites dos alunos. O texto é literário para jovens que têm boa base familiar. Os que não têm não veem assim. Vão dizer que podem xingar o professor porque os palavrões estão no livro que a escola dá", disse. A Superintendência de Comunicação do Governo do Estado informou que, até a noite de ontem, o governador ainda não havia recebido o ofício. 
O fragmento que está gerando a polêmica, do livro "Capão Pecado", conta a história do personagem Carimbê, um trabalhador que sai da terra natal para tentar a vida em outra cidade, e retrata o cotidiano de pessoas de baixo poder aquisitivo, que vivem em locais periféricos das cidades. No capítulo dois, em que a obra é reproduzida, são tratados temas como narrativa e linguagem. A reportagem tentou contato com o autor do texto, mas não recebeu retorno. Em seu blog, Ferréz critica a "caça às bruxas", dizendo que palavrão para ele é "fome, corrupção e hipocrisia". 
  A Secretaria de Estado da Educação enviou nota na semana passada, informando que o livro foi avaliado e aprovado pela comissão pedagógica da instituição e que não irá retirar a obra do Projeto Aceleração da Aprendizagem. Neste ano, foram distribuídos 15 mil exemplares. 
De acordo com o MEC, o livro "Capão Pecado" foi aprovado pelo Ministério para o Programa Nacional de Bibliotecas (PNBE) em 2006 por entender que a obra tem qualidade. Segundo a assessoria, o MEC entende que palavras de baixo calão fazem parte da Língua Portuguesa e que espera-se que professores e bibliotecários possam mediar o contato entre textos e estudantes. O órgão também informou que o ministério não irá rever as obras que foram aprovadas para o programa. Conforme a assessoria, há outros livros aprovados que também estão sendo contestados. O principal é "Um contrato com Deus e outras histórias de cortiço", de Will Eisner, também usado na rede pública de Minas. 


Trechos de "Capão Pecado", de Férrez 
"Carimbê tenta entrar no meio da multidão, mas o pessoal se afasta dele como que se afasta da morte, e todos apontam para ele e sua fubanga quando o sargento pergunta furioso:
_ Quem foi o grande filho da p. que me derrubou?"   
"- Tô vendo, ontem você estava tumultuando naquele boteco, hoje bebinho em plena segunda-feira, entra aí na viatura, vagabundo , que nós vamos averiguar."   
"Avista um senhor que vende bilhetes e se direciona ao mesmo, mas antes de perguntar o vendedor lhe grita furioso:
- Se for para perguntar, pode saindo fora, eu num sei onde fica p. nenhuma!"   
"Já são sete horas da manhã e Carimbê acorda assustado quando ouve algo.
- Essa b. virou hotel de cachorro agora?"   .matérias relacionadas .Educadores apoiam uso 'controlado' de palavrões

Cidade de Deus, texto especial para a nova edição do livro de Paulo Lins

Cidade de Deus (Texto especial para a nova edição do livro) Chora o filho, a mãe e também o tradicionalissimo avô, o sistema falhou, os herdeiro vacilou. Um deles escapou, se matou de trabalhar mas estudou, não serviu pra ser massa de manobra, mas não parou, foi em frente e com a caneta inspirou. Paulo Lins escreveu o livro morando na boca de fumo da quadra 13, comia mal, dormia mal, e perdia um amigo todo dia, era estudante universitário em meio a tudo isso, ganhava meio salário mínimo da Faperj mas como todo bom morador de favela, fazia a sivirologia, dava aulas e vendia roupas de mão em mão. Inspirou, retratou de forma fiel e marcou, foi traduzido pro mundo e se espalhou, andou tanto com a palavra que melhorou, não é só o Machado de Assis que tem essa cor, fez academia pra esse tanto de branco se intitular escritor. Paulo Lins pegou a bandeira e levantou, fez critica assim que entendeu, que a morte de Biko, que a cadeia longa de Mandela, que a ira de Mariguela não foram atoas. Fez da sua arma uma caneta esferográfica que raja mais que as munições traçantes do Rio de Janeiro, traficou informação, montou enredo, pesquisou vivendo desde muito cedo. Eles criaram símbolos, estátuas, livros, músicas, ídolos, lapidaram suas histórias para que parecessem verdadeiras, heróicas, para provar que foram benevolentes, que construíram esse país e por isso tem direito a tudo, enquanto os outros olham admirando, mechendo a boca vazia enquanto o herói da elite degusta. Mas um do povo soube fazer sua parte, e eternizou os seus, contou suas histórias também, os eternizou. Sem julgamento, sem panfletagem, escreveu por dom, por amor, por nescessidade de querer gritar, mas teve que ouvir o toque de recolher da favela, imposta por quem nunca pisou nela. Na pulsação do seu órgão mestre, deixou fluir pelas mãos a sua ação intelectual inspirada na incerteza, suas histórias vivas de beleza e tristeza. Escreveu Cidade de Deus no meio do inferno, no desassossego de não saber que teria mais um dia para narrar mais uma parte do seu compromisso. Tentando ser invisível, de aluno agora educando os seus iguais no disbaratino, saindo ileso durante o dia para terminar mais uma página. Pegou a caneta como quem pega uma enchada, cavou bem fundo como a ancestralidade dos que antes só tinham a ferramenta do corpo. Os guardas não podiam tocá-lo, o juiz não podia condená-lo, o sistema ficou em danger, e por ultimo a pior humilhação, tiveram que publicar, multiplicar. Abusado, tolerado por saber encaixar as palavras, digitador do caos moderno, herdeiro de Carolina de Jesus. Cidade de Deus agora tinha sua história escrita, não seria mais esquecida, sua fase no estilo tradicional, povoada de samba e pelos malandros do morro, usando a expressão neofavela para descrever o que se passa hoje por lá, como o caso das drogas que descem do morro e vão direto para os privilegiados. Por ser escrito por quem é o tema, o texto não é monótono, não cheira a tese, é sim algo vivo, tudo isso junto e misturado foi aclamado pelo crítica, mas principalmente eleita pelo público com uma das mais importates produções da literatura brasileira atual. Ferréz

Deus foi almoçar - agradecimento

Salve, quero agradecer a todos que leram e adquiriram o Deus foi almoçar, um romance que fiz com muito empenho, durante várias madrugadas onde o sono foi banido. Se esgotou a primeira edição, e com muito orgulho pois é meu primeiro livro com um tema que não seja a periferia. Um trabalho que muita gente duvidou, mas os leitores acreditaram, um grande abraço e obrigado pelas 10.000 cópias vendidas.

Descanse em paz

Parece que só os periféricos não tem mesmo que ser feliz, nem realizar seus sonhos. Um menino que estava nos palcos porque lutou muito para chegar lá, que teve um sonho e foi realizar. Todos nós lamentamos muito, mais um que se vai pela violência estúpida. Muita força para a família, a sul faz suas orações.

Alan Moore fala dos protestos no Brasil

O meu parça Alexandre de Maio me enviou essa matéria do site omelete pois sabe que sou fã e colecionador dos trampos do Sr. Moore, veja como um escritor pode ser profético. "Desejo o melhor para os protestos no Brasil. Acho que o que estão fazendo é maravilhoso e espero que isso progrida para uma vitória", disse o recluso Alan Moore, autor da história em quadrinhos V de Vingança, sobre as manifestações brasileiras ao UOL. "Há 30 anos eu estava apenas respondendo à situação da Inglaterra da minha perspectiva. Não eram premonições do que aconteceria no futuro", continuou, referindo-se ao tema da graphic novel, cujo visual do personagem principal, o codinome V, inspira manifestações pelo mundo. Sobre a máscara em relação ao protesto, Moore disse apenas que "Acho que não tenho muito a dizer a respeito, porque eu sou apenas o criador da história 'V for Vendetta'. E eu não tenho uma cópia de 'V' em casa, isso foi tirado de mim por grandes corporações", completou. Moore não tem os direitos da obras que escreveu, que pertencem à Warner Bros, e credita o visual ao ilustrador David Lloyd.

Antes de Watchmen

Acabei de ler o primeiro número de antes de Watchmen, temi pela maldição de Moore, mas não resisti em ver o que outros autores fariam com o universo que ele criou. mais de 10 anos atras li Watchmen e a alguns meses reli a obra toda, uma emoção novamente, pois junto com o Cavaleiro das trevas de Miller, que li a mais de 8 anos, e depois ganhei do South as 4 edições a 2 anos e reli de novo, e ano passado ganhei a edição encadernada do Mauricio de aniversário e na moral foi um prazer ler novamente, bom, considero as 2 obras as melhores que já existiu em termos de Graphic, bom voltando ao Antes de Watchmen que saiu pela Panini, valeu cada página, e estou no aguardo do próximo encadernado, agora deu eu ir para o Caos em Arkham City baseado no premiado jogo que promete também. Ferréz