Sobre heróis e vilões (inédito) Ferréz

Sobre heróis e vilões. Dedicado a Sarney

Pai que loko esse herói!
Lega filho.
Ele pula, solta teia, voa.
Alguém escreveu ele filho.
Mas ele é super, pai.
Sei, mas alguém criou ele, ele é de mentira.
Mentira é você, ele é herói!
Eu sei filho, quem criou é igual ao pai escritor.
Não! Ele é herói você é pai.
Eu sei filho, vem aqui vou te dar um abraço.
Pai vai quebrar meu olho.
Quebra não filho.
Se quebrar vou chamar ele.
Tá bom filho.
Eu sou Hulk.
Brinca de Zumbi, filho.
Zumbi é monstro.
Não, ele é herói, herói do Brasil.
Pai o Obama é do Brasil.
Quase filho, quase é.
Pai, eu sou o Hulk.
Alguém criou o Hulk também.
foi Deus?
Não filho, foi Deus que criou os homens.
O homem escreve, e quem escreve cria coisas.
Ele mente né pai?
É, mentir e escrever é quase igual, mas o escritor criou o Hulk.
E o desenho?
Também.
E o video game?
Também foi um escritor que criou tudo.
Agente escreve, cria e depois os outros usufruem.
Mas o vilão careca mata o herói.
Mata não filho, agente não deixa.
Você fez tudo pai?
Não, esses não, esses foram outros.
Então é mentirinha?
É sim filho, tudo mentirinha pra divertir.
Mas eles pula prédio né pai?
Pula, mas tem um super vilão que ele não consegue deter.
Deve ser bem fortão né pai, quem pai, quem é esse vilão?
Ele vive num super esconderijo chamado senado.