Grande Festa dos 40 anos de Buzo
Estão todos convidados para nessa terça comemorar os 40 anos do escritor Alessandro Buzo, eu vou estar lá para lançar o Deus foi almoçar, pois no Sarau Suburbano foi o primeiro lugar que fiz a leitura do livro, fiz um texto especial para esse aniversário de um cara que fortifica muita gente, e além de ser um sonhador, ajuda o outros a realizar seus sonhos também.
Meu presente para Buzo.
Quando eu tinha lançado o Capão Pecado no ano 2000, alguns meses depois começou a chegar cartas de um tal de Alessandro Buzo, sempre com fotos dele com a divulgação do que seria seu primeiro livro, O trem, baseado em fatos reais. (scortecci 2000) edição do autor.
Tive a honra de ir no primeiro Favela Toma Conta, evento que Buzo fez sem ajuda nenhuma em 2004, nessa data fui conhecer sua casa, sua rotina e seus sonhos no Extremo Leste no Itaim Paulista.
Eu andava de um bico pra outro, vendia camisas nas ruas da Sul, enquanto Buzo vendia comida na Leste.
Sempre quando pode, o Buzo fala que se inspirou muito no meu trabalho, tanto que ele virou também um multi mídia, de escritor para assessor de grupos de rap, organizador de festa, blogueiro, logista, apresentador, cineasta.
Na verdade agente que escreve sempre tem que se agarrar a algo mais, pois dos livros não se come, só o espírito se alimenta, e nisso eu entendo o corre dele, e sei da precisão.
Mas o escritor da Leste sempre teve um lado muito benevolente, desde o início da sua carreira ele sempre diviviu o que tinha, mesmo quando era tão pouco, foi assim que fortificou muito mano do rap, desde grupos conhecidos até os desconhecidos, sempre estava lá Buzo com seus cartões dizendo representar o grupo.
O tempo passou, Alessandro foi se aprimorando no que fazia, é verdade que existem críticas a seus escritos, embora ninguém possa dizer que ele escreve imitando alguém, sempre foi autêntico.
Da mesma forma que criticam sua auto promoção, mas ele não tem culpa de ter orgulho do que faz, acho que falta elogios por ser um dos primeiros autores de periferia a ter um blog, e nisso me estimulado a ter o meu, assim como fez com tantos outros autores.
Buzo nunca negou voz, nunca boicotou outro artísta, nunca jogou no carrinho, sempre teve futebol para ir mais a frente e marcar seus gols.
Ingênuo? sim foi muito ingênuo. Mas nunca olhou para traz para se lamentar. Sonhador? culpe ele por isso, nunca conheci alguém tão sonhador.
Mas me diga quantos brasileiros você conhece que sairam de uma casa em cima do córrego de somente um cômodo e viraram referência quando se fala de periferia?
Me diga quantos você conhece que faziam fanzine, xerocado, que muitos nem aceitavam de graça e que cavaram a oportunidade de um programa quinzenal de 3 minutos para ser apresentador de um programa semanal na Rede Globo?
Buzo apresenta um quadro, onde nunca teve uma palavra nem imagem negativa da periferia, ele vara São Paulo mostrando cultura na quebrada, iniciativas positivas, pessoas sonhadoras e realizadoras como ele.
Eu não tinha presente melhor do que esse para lhe oferecer agora que vai completar seus 40 anos meu parceiro.
Buzo sempre me pediu um texto para seus livros, eu não tinha sentido vontade de fazer até hoje, sábado, dia 22 de setembro, onde o Capão tem um friozinho que faz agente ficar pensativo.
Senti vontade meu parceiro, de escrever pra você e dizer bem sincero, com os olhos serrados de água sentimental, que tenho orgulho de fazer parte de um periferia, que do outro lado tem um cara que nem você, que faz pelos outros sem olhar resultado de volta, sem olhar quanto vai te dar de lucro, que abriu tanto espaço, para pessoas que nem sequer agradeceram a porta aberta.
Você ergueu com tijolos que você mesmo fez, os muros, e dentro dessa casa foi morar, onde o mestre dos sonhos sempre te esperou, o nome dessa morada é vitória.
Parabéns Alessandro Buzo, quando eu tiver 40 anos quero ter pelo menos um pouco da sua bondade.
Ferréz
seu parceiro da Sul.
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