Blog do escritor Ferréz

Malditos Flanelinhas

Malditos Flanelinhas.(Especial para o Blog) No dia 9 de Maio, a polícia Civil prendeu 53 flanelinhas e três cambistas em ação realizada nas imediações do Estadio Paulo Machado de Carvalho, o Pacaembu, na capital. segundo a polícia alguns foram detidos com passagem policial. Logo depois no dia 11, Alckmin falou sobre a determinação dada a secretaria de segurança para coibir as atividades dos flanelinhas em todos os médios e grandes eventos de São Paulo, seja esportivos ou não. E também disse que existem casos de extorsão por parte dos flanelinhas. Alckmin comunicou que a polícia está preparada para proteger a população. Eu vi a matéria do dia 9 na TV e termina com a prisão de um vendedor de hot-dog, que trabalhava no próprio carro, vendendo lanche perto do estádio, o rapaz que não tinha passagem, nem nunca se envolveu em nada ilícito, terminava a matéria dizendo - eu posso até estar errado, mas é o único modo que encontrei de trabalho. Vamos as realidades da vida, coisa que Alckmin e essa politicada toda da Família, Terra e Propriedade parecem não conhecer. Alguém que toma essas decisões conhece pelo menos um flanelinha, será que sabem que estão nisso porque não são aptos ao “mercado” de trabalho, ficaram pra traz no provesso seletivo cada vez mais rígido. São jovens que foram massacrados morando mal, estudando mal, sendo fichados por qualquer desacato quando são parados nas favelas, foram criados pelo sistema, entraram na brecha, trabalham com o que restou, olhar o patrimônio do orgulhoso povo carromaníaco de São Paulo, talvez esse jovem esse o caldo de tudo que foi decidido pelo mesmo governo que é o maior empregador e portanto não pode deixar o salário aumentar, para não esvaziar a máquina financeira pública. Um estacionamento próximo ao local de show, como Credicard Hall (que é uma casa de show com nome de cartão de crédito, algo muito bizarro já que cartões também extorcem a população), bom o caso é que uma vaga nesses estacionamentos chega a custar 150,00. (seria isso extorção?). E o que dizer de um show ter ingressos a 400,00? seria extorção também? E que tal uma camisa de time que custa 150,00 e fui feita em Taiwan por centavos de dólar? É um fato corriqueiro, camelos que vendem camisas de bandas de rock na porta dos shows serem presos, uma camisa deles custa 20,00, a camisa “oficial” da banda, vendida do lado de dentro do estádio, custa 60,00, fabricada na China, por mais alguns centavos, o dinheiro dos camelôs vai para alimentação para sobreviver mais alguns dias nesse pais, o dinheiro das bandas, vai para seus países, para depois alimentar as zonas de exclusão em lugares como Indonésia, Afganistão e até Vietnã. E mais, as zonas azuis, que são feitas pela prefeitura nas mesmas calçadas de quem paga IPTU, não seria uma forma de extorção? mas quem garante a segurança do seu carro se tiver um papelzinho da zona azul? Na verdade ele só garante que a prefeitura não te multe, então você paga para não ser punido, interessante. Falando em seguro, nada mais extorcivo que pagar para se for roubado, poder receber de volta o carro, na verdade isso seria trabalho de segurança pública, mas nossos policiais estão preocupados com a segurança de bancos e outros patrimônios privados. E seria bom lembrar do seguro obrigatório, olha o nome, seguro obrigatório. Alguém tem dúvida de que estamos mais seguros agora, com todos esses políticos a solta e flanelinhas e vendedores de hot-dogs presos? O que dizer dos malditos cambistas? deveriam pegar prisão perpétua, afinal vendem igresso para quem não quer pegar fila, geralmente os filhos da classe média alta que querem assistir o jogo sem sofrer. Ou seria demais dizer que é no mínimo ante ético, o Minc liberar num projeto milhões de reais para um dvd de uma cantora e depois a unidade ser vendida a 40,00 reais? Nossos representantes envolvidos até a alma (será que ainda tem?) com bicheiro, é bom que o povo VEJA o envolvimento da revista mais famosa do país também envolvida nessa lameira toda, mas afinal agora agente sabe quem vai pagar por tudo isso, os famigerados flanelinhas. Dentro de nossas tão educativas penitenciárias, vão pegar curso intensivo de advento criminal, e quando sairem com certeza não vão olhar seu carro por alguns trocados. Num pais onde todos só querem trabalhar sua imagem, manter seus “contatos”, postar nos seus twitters, não se tem nem criticas verdadeiras, pois todos tem um pezinho com alguém, não podem citar fulano pois estão conectados nessa nova forma de “trabalho”. O que podemos fazer? Ir para o restaurante com a família e pedir para o garçon aumentar a televisão na hora que começar a novela. Acelerar o carro na hora que um pedestre estiver tentando atravessar. Rir do video postado no yotube da empregada que não sabe falar uma palavra mais difícil. Fazer uma nova campanha inútel e pagar de revolucionário de internet no twitter. Ou começar a pensar, seriamente numa forma de mudança, onde agente não vai engolir mais essa merda toda e talvez começar a mudar os rumores de que somos um pais de bundas moles. Última coisa, é impossível escrever a verdade, sem ofender alguém. Ferréz,

2 comentários:

disse...

Grande irmão de idéias, isso ainda é pouco perto do vamos chegar no ano da copa...
Um grande abraço!

*Silzinha* disse...

Ferréz, Boa Noite!


Me chamo Silvana Cruz, sou estudante de Produção Multimídia no Centro Universitário Senac, campus Santo Amaro. Como parte do curso, temos o chamado Projeto Integrador, nosso projeto para esse semestre tem a temática de "Cultura na cidade de São Paulo". Vários grupos estão trabalhado em cima disso. Meu grupo optou por abordar a "cultura da/na periferia".

Buscando por movimentos culturais nas diferentes zonas da capital encontramos referências tanto dadas por orientação de professores quando por termos bastante contato com a região do Capão Redondo. Através do Catraca Livre, percebemos que estará no Sesc São Caetano no próximo dia 29 e gostaríamos de ter a oportunidade de trocar algumas palavras contigo, sobre o projeto que faz e a forma como trabalha. Seria como um primeiro material para o site que vamos desenvolver e queremos levar para a frente, não apenas como Projeto da Faculdade mas algo que possamos correr atrás para colaborar com a cultura da região e do Estado. Para ficar mais claro, a nossa proposta, é de um site que os usuários possam subir vídeos de manifestações culturais, afim de propagar essa cultura dada na dita periferia que tem muito a oferecer e muitos não sabem como e quando acontece, assim, faríamos a divulgação desses eventos e os vídeos, estariam ali para representar o que aconteceu, não importa se em boa qualidade ou não, e respeitando lógico, os direitos autorais.

É possível termos esse contato no Sesc contigo?

Ficaremos agradecidos se pudermos conversar.

*sil_tyler@yahoo.com.br

Atenciosamente,

*Silvana Cruz*