"E que não fiquem dúvidas: interessada nos leitores de diferentes perfis, a literatura marginal-periférica sempre teve as populações marginalizadas como público-alvo definido. Não por acaso o esquema de distribuição das revistas de literatura marginal privilegiou as bancas localizadas em bairros pobres e o excedente foi doado para escolas públicas, presídios e unidades de internação de menores infratores. O lançamento do Selo Povo, com edições a preços populares, é mais um esforço de aproximar-se desses possíveis leitores, somando-se às dezenas de livros independentes, saraus e blogs literários alimentados pela escrita periférica."
Trecho do texto de Érica Peçanha do Nascimento, Antropóloga e pesquisadora da produção cultural da periferia.
Feito para a nova coleção da editora Literatura Marginal.
Conheça um pouco dos envolvidos no novo selo L.M.
Marcelo é editor e proprietário da Luzes no Asfalto Editora, publicou a escritora Dona Laura pelo seu selo, e recentimente vem somar na Editora Literatura Marginal, mais sobre seu trabalho no site www.luzesnoasfalto.com.br.
Na nossa equipe ainda tem:
Alexandre Barbosa de Souza, editor há quase quinze anos - na editora 34 (nove anos), na cosacnaify (cinco anos) - e desde maio deste ano na Hedra.
Paulo Vidal de Castro, formado em Desenho Industrial (FAAP), foi aluno do designer Haron Cohen e do fotógrafo Eduardo Brandão (Galeria Vermelho). Realizador de trabalhos em audiovisual – vídeos e curtas-metragens – (presentes em três DVDs) que foram e são exibidos em locais como o CineSESC, CCBB, MIS, FAAP, Finnegan’s Pub (Bloomsday), Centro Cultural São Paulo, entre outros. Fez trabalhos (audiovisuais, fotografias e quadrinhos) e duas palestras (FAAP e Casa das Rosas) sobre o seu estudo de Edgar Poe. Foi crítico musical por quatro anos, entrevistando o compositor Gilberto Mendes no 40º Festival Música Nova.
Thais Vilanova, Formada em Desenho Industrial pela FAAP, possui um escritório de design onde desenvolve trabalhos para mídias impressa e eletrônica. Trabalha com identidade corporativa, material promocional e projetos visuais de sites. Na área editorial realizou, ao lado de Paulo Vidal de Castro, a programação visual do livro Passagens de Willy Corrêa de Oliveira, entre outros projetos. Realiza diversos trabalhos para web, com projetos publicados em revistas internacionais de design. Seus trabalhos podem ser conferidos em: http://www.thaisvilanova.com.br
P.S.
Thais Vilanova, Formada em Desenho Industrial pela FAAP, possui um escritório de design onde desenvolve trabalhos para mídias impressa e eletrônica. Trabalha com identidade corporativa, material promocional e projetos visuais de sites. Na área editorial realizou, ao lado de Paulo Vidal de Castro, a programação visual do livro Passagens de Willy Corrêa de Oliveira, entre outros projetos. Realiza diversos trabalhos para web, com projetos publicados em revistas internacionais de design. Seus trabalhos podem ser conferidos em: http://www.thaisvilanova.com.br
P.S.
No Jornal Le Mond Diplomatique Brasil desse mês saiu uma matéria com o título "Pelos Becos e vielas da periferia", por Fabiana Guedes, que traz detalhes do novo selo L.M.
Quanto ao primeiro lançamento da editora, ele já está no forno, se chamará "Cronista de um tempo ruim", e será seguido por 7 livros, totalizando uma coleção de 8 volumes.
Ferréz
8 comentários:
Ferrez,
sumemo nêgo, sem moleza pra preguiça.
Tô na sintonia.
Sérgio Vaz
Vira-lata da literatura
Ferréz, parabéns pela iniciativa. Vou postar aqui a introdução de um artigo meu sobre a LM.
Abraços, Paulo
Um homem – também poderia ser uma mulher, importa dizer que esse personagem é marginalizado, e talvez negro, como quase todos os homens e mulheres pobres marginalizados o são – transita de forma acanhada em uma superfície branca. Em princípio sente um desconforto ao caminhar, o branco fere seus olhos e, principalmente, não se sente seguro. Sabe que para percorrer tal superfície com maior familiaridade necessita de códigos distintos, signos formulados por sujeitos que se diferem dele e, principalmente, por instituições às quais não pertence. No entanto, ao recordar que já havia estado ali inúmeras vezes acompanhando por um guia, um condutor que feria o branco do ambiente com elementos negros – talvez tão negros quanto a sua possível pele negra –, passa a sentir mais confiança. Além disso, se agora está transitando sozinho pela superfície branca, sem a companhia do guia, isso é resultante de sua própria vontade, do seu desejo declarado de também poder selar a brancura de todo o espaço com os caracteres. Há uma diferença nessa nova visita, sozinho não necessita seguir o condutor sussurrando o que será estampado na superfície. Mas, o personagem – devemos lembrar que ele talvez seja negro, mas é certamente marginalizado – sabe que havia uma relação de troca com seu guia. Uma dependência mútua. Por ser conhecedor dos signos necessários para a transformação da superfície branca em um tecido discursivo, o condutor servia como porta-voz, fazendo representar em complexos caracteres as angústias e desejos do nosso personagem. Também dizer que esse nosso personagem está sozinho é, de certa forma, um equívoco. Lançando o olhar pela imensidão branca, ele percebe vultos difusos, que transitam também de forma tímida. Vistos de longe, não é possível identificar características de singularidade nos vultos. Nosso personagem, mesmo forçando o olhar em busca de um foco mais revelador, só percebe que os vultos também vagam sozinhos e são, em sua maioria, negros. Os vultos aos poucos abandonam sua forma difusa e ganham contornos mais delimitados, possuindo fisionomias próprias. Isto ocorre devido à progressiva aproximação que nosso personagem realiza em direção aos vultos e vice e versa. Tal aproximação desencadeia na constituição de um grupo coeso, e um observador distraído poderia dizer, sem titubear, que o processo ocorreu como um fenômeno natural. No entanto, na construção de um olhar mais apurado sobre o evento, será possível constatar que negociações, acertos e discórdias, são travadas. Agora, em grupo, os vultos, que não mais são vultos, mas, sim, sujeitos que buscam, cada qual a sua maneira e com os mecanismos disponíveis, traçar com signos negros os seus caminhos em uma terra de brancura plena. E, por mais que o resultado do ato de cravar tais elementos na brancura – ato que podemos denominar de escrita – aponte para a potência criadora do sujeito que o executou, ainda permanecem em grupo. E, dessa forma, percebemos que não era o simples desejo de percorrer sozinhos a brancura de uma página em branco o que motivou o abandono do guia, mas, sobretudo, a necessidade de produzir seu próprio discurso.
Olá Ferrez,
Vi que você trabalhou nos roteiros da série 9mm do Newton Cannito... E também li seu texto "palavrarmas" sobre o trabalho de Ivaldo Bertazzo.
Eu estou desenvolvendo um roteiro para inscrever num concurso viabilizará a produção de minisséries sobre jovens das classes C, D e E e gostaria muito que você participasse de alguma forma da elaboração do roteiro.
Eu acho que essa não é a melhor forma para contato, mas é talvez a mais direta (nem precisa aceitar esse "comentário")... Se você tiver disponibilidade para saber mais sobre o projeto me passe seus contatos... Meu e-mail é julinha.om@hotmail.com
Muito obrigada,
Júlia Ribeiro Assumpção
Parabéns pela iniciativa!!!...
Que dê bons frutos este projeto!
Conte comigo no que eu puder e para o que precisar... certo?
Fala Moço!! Meu nome é Fernando (Santista) e lhe convido a sermos um só corpo pela cultura periférica titio. Sou de um movimento social que tenta integrar os atos culturais da América Esquecida Latina. Na próxima quinta terá o segundo Ato do Sarau Vila Fundão às 20:00. Você como toda comunidade Latino América e do mundo está convidada.
Pode bater no Big por ele ter te convidado um dia depois..rsrs
+ 1 exilado da periferia
Fernando
opa..teste
opa teste
SALVE RAPAS SOU ADMIRADOR DO SEU TRABALHO E ATRAVES DE VC CONHECI A LITERATURA MARGINAL MORO AQUI NO PROMORA JD SAO LUIS GRANDE ABRAÇO
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