Salve, estou muito feliz e também indignado (c0mo sempre)
recebi o prêmio ontem na Assembléia Legislativa, Zumbi tava lá, representado nos negros presentes, uma platéia linda, com a nossa cara, cara de periferia, cara de guerreiro.
tirando a grande cruz atraz de mim, o hall monumental tava bem a pampa, o destaque foi para o grupo de dancá afro OJU OBA que fez uma apresentação inesquecível.
também conheci dois príncipes africanos e Adegboyega Najeem que é management e já marcamos uma conversa pro futuro, união Africa-Brasil.
muito orgulho eu senti ao trombar os meninos do Irene, ângela, Pq. Fernanda, Jd. Miriam e quando perguntei com quem cada um veio, a resposta foi, sozinhos.
eles vieram para vem outro maloqueiro ganhar o prêmio, então quando peguei aquele troféu dediquei a minha mãe que pra minha sorte amou muito um homem preto, dediquei a Martin, a Malcon, a Sabotage, a Dandara, ao Brown e a todos os homens pretos fortes que conheci, a toda África preta que pulsa no meu sangue e também a Igreja Universal do Reino de Deus, que teima em acabar com nosso cultura - NOS DEIXEM EM PAZ.
to Feliz também pela Cooperifa que ganhou o prêmio do Hútuz, merecedora total, e 300 pessoas foram dormim mais felizes naquela noite.
e triste pela mídia chamar de vovó bomba uma senhora que por desespero entrou na guerra, peço mais respeito, postura, personalidade, rir da desgraça alheia é um erro grande, ainda mais vivendo num brasil tão cheio de paz como esse né?
ver isso me dói muito, porque ninguém entra na guerra por que quer, a covardia infrigida ao povo palestino é a mesma que o estado infringe ao povo da periferia.
eu queria dedicar a minha premiação ao pequeno Eliaquim que andava comigo, e aos 12 anos não vai andar mais, que sorria comigo, e agora não sorri mais, que brincava na guerra, e agora não brinca mais, mais um preto morto na nossa guerra.
fiquem em paz, se conseguirem.
Ferréz
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