Salve,
fiz ontem o CEU São Carlos e também a Biblioteca Raimundo Menezes, em ambas as palestras tive surpresas, primeiro que na Raimundo o pessoal da Occas tava lá, e como essa revista é chapada, tem sempre alguém em algum lugar levantando a bandeira dela, coisa boa é assim, perpetua-se.
já no CEU São Carlos, foi foda, eu cheguei antes e fique lá fora comendo aquelas batatas fritas que agora são moda na perifa, um punhado apenas por um real. ficou eu e o tico e mais o Josuel o vendedor da Occas, e na nossa frente uma galera de meninos olhando carros, sabe tru, é foda né, cê ve que a situação tá complicada quando até em periferia já tem competição pra olhar carro.
bom quando a palestra começou cê não sabe a minha satisfação de ver aqueles meninos lá, e foram por conta própria, olhar o "escritor da periferia", nesses momentos é que tenho certeza que meu trampo vale a pena, senhoras, senhores, jovens, todos juntos para se falar de literatura.
bem diferente do papo que tive em suzano onde um pseudo Critico, passou de uma critica sensata como diz o Uerton, para uma demonstração de inveja e arrogância, ao ponto de me chamar de marginal, como se isso fosse me ofender...como se meu projeto não tivesse essa palavra com muito orgulho.
se o preto do norte tivesse lá, teria explicado pra ele, que não falamos português, que falamos favelês.
pra mim literatura é isso, é o que se diz e não a forma. atrair pessoas para o prazer de ler, e regras, ordens, definições de qual palavra tem que estar após tal verbo agente deixa pra eles, os senhores donos das letras, que recitam seus textos perante o espelho, enquanto o povo está na rua querendo beber palavras.
salve os literarua. hoje e sempre.
Ferréz
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