Blog do escritor Ferréz

EnsaiAço de novembro foi o melhor do ano

A casa lotou, o som rolou até as 11 da noite, e muito sorrisos foram tracados, o RDG, (Rapa da Godoy) lançou seu disco, e o Alcatéia também.

O CatadAço foi diferente, com DJ DRi virando nas Pickup´s.
Salve, o EnsaiAço lotou nesse mês de Novembro, confira ai os grupos que compareceram nessa edição do projeto que promove o livre ensaio para grupos de HIP-Hop.
Jay-C e Nando, Gor-Flow, Cotidiano Violento, Negredo, K´Loko, Disoimaisoiqta, Lords Of Krump, Impacto Urbano, U-Clan, Periferia Ativa Show, Cocão, Forma de Expressão, Guerreiros do Gueto, Ponto C, Calinex, Favela Urbana, Alcatéia, Martinha, R.D.G, Mauricio DTS, Dj Dri, N.S.N, Dô, Junior DTS, e mais alguns que agente não lembra, veja os videos no youtube, e mais detalhes no www.ensaiaco.blogspot.com
Agora é dia 17 a última do ano, com vários convidados especiais, quem colar pode levar um refri ou um bolo, porque o natal vai se antecipar para o R.A.P nacional.
Ferréz/YLsão/Dj Alê/Martinha/Mauricio.

Música Nova: Boas Quebradas.

Salve, ontem ganhei mais um presente, os jovens da Ong Periferia ATiva, na favela da Sabin fizeram um video com uma música nova minha que tem participação do Negredo, a música não está nem masterizada mas eles já pegaram no estúdio e fizeram o video só com crianças.
Agradeço o presente que já está no youtube, dá uma conferida.
http://www.youtube.com/watch?v=2nxpyxmK-vE

Rio de Jericho


A série americana Jericho durou somente 2 temporadas, o cancelamento da série na época foi associado por vários motivos, mas hoje temos a certeza que o responsável direto foi os canais de TV brasileiros.
Para que assistir a um seriado onde uma cidade é invadida por outra, e depois tem a ajuda do exército se isso é real e está acontecendo ao vivo?
A bilheteria do Tropa de elite 2 com certeza deu uma baixada também, para que ver ficção se a realidade é mais forte? Apesar de que a realidade é algo também onde se pode aplicar roteiro, vejamos o caso da imprensa brasileira que até agora não deu uma linha sobre o porque dos ataques "terroristas" dos traficantes, até parece que eles decidiram que estava tudo muito parado e decidiram fazer um foguinho aqui e ali para animar as coisas.
Suicídio financeiro não é bem a cara da vida criminal, então ou a mídia não sabe os reais motivos, ou não quer expor para a população.
Cada capítulo é desenrolado com muita ação, emoção e o final parece ser pacato, pelo menos o final dessa temporada, já do seriado só no futuro saberemos.
Nessa temporada, a invasão do Complexo do Alemão, foi bem feita, com o circo chegando devidamente colorido, com músicas animadas e falças promessas de felicidade temporária, parece que do picadeiro quando foram olhar a platéia tudo estava calmo demais e isso é tido como vitória.
O que todos queriam nessa temporada era ver o inimigo na rua, sem camisa, de chinélo,com sua metralhadora, esperando os tanques e dizendo - vem que nóis é tudo louco!
Mas parece que a audiência vai ter que esperar mais um pouco.
Como roteirista também, sei que os atores estão suscetíveis a mudanças e isso influencia diretamente na organização do seriado, isso é evidente no trabalho das Ongs do Rio, que apesar de milionárias parecem mais "coisa para gringo ver" eficácia que é bom nada, por isso no conflito nenhum delas é citada".
No próximo ano, o seriado ainda vai trazer vários extras, produzidos pela Rede Globo, afiliada e responsável direta também pelos rumos dos episódios.
Portanto não deixe de em alguns anos acompanhar o final surpreendente, onde todos verão que com repressão e falta de estímulo para uma real melhora na qualidade de vida, o destino com certeza é... bom eu não vou contar o final.
até a próxima temporada.
Ferréz - Datilógrafo do gueto.

Assistindo e sendo humilhado. (Ferréz)

Na verdade eu já pensava em escreve esse texto a uns quatro anos atraz, desde que fui ao cinema com dois amigos, um deles era o Alex, assistir ao filme “Um dia de treinamento”, com Denzel Washington.
Quando acabou o filme, eu tava tão nervoso, tão irritado, que na hora que o Alex elogiou o filme eu simplesmente sai andando.
Os caras já sabem como sou e foram perguntar o que tinha acontecido, disse que como o Alex sendo um cara negro num tava revoltado vendo um filme, onde o único cara bom é o branco de olho azul, que passa um dia inteiro, com outro policial negro que o ensina a bater em latinos e em outros negros.
Mas na verdade ele tinha gostado tanto do filme, que junto com o outro parceiro nem ligaram pro que eu tava falando.
Depois disso, foram inúmeras vezes que abandonei sessões pela metade, filmes que me davam nojo, vontade de pegar meu dinheiro de volta no cinema ou na locadora, assim como alguns filmes feitos com atores negros que passam na TV, estereotipando o povo negro como se todos bebessem e fumassem maconha, além de incentivar a violência e desvalorizar as mulheres. Oh! Malcon ainda bem que você não está vendo isso.
O seriado que passa no SBT, a família tem 7 jovens Estadunidenses, (todos loiros) um olha pro outro e fala como o irmão é burro e completa.
- Desse jeito você não passa de ser presidente do México.
Já no filme O exorcismo de Emely Rose, o ajudante da advogada de defesa fala em certa parte do filme.
- A maioria dos casos de exorcismo é no terceiro mundo, claro, gente primitiva e supersticiosa!
E não para por ai, até em desenhos agente é contaminado, no desenho Super Amigos, os maiores heróis da terra (todos eles Estadunidenses) enfrentam a grande Rainha Negra Vudu, com todo tipo de colar, magia e tudo que tem direito.
Agora, um dos filmes campeões em preconceito e no mal gosto é “Um gigolô por acidente na Europa”.
Quando o personagem principal (Estadunidense) amarra outro personagem (Europeu) num poste com a frase: “Viva a América , a Europa fede a bosta”.
Em seguida os europeus passam e jogam coisas nele, o chamando de porco.
E o filme segue pregando a guerra étnica.
No mesmo filme, num ônibus quando o personagem principal vê um senhor tocando acordeom, sai tocando o nariz e com a outra mão coçando a cabeça, e diz.
- É a dança dos negros sujos.
Já no filme “Dois é bom, Três é demais”, o personagem Dupret, interpretado por Owen Wilson, quando vai dar uma palestra na escola, no trecho que fala das profissões, toda vez que cita uma profissão a câmera mostra uma criança branca, quando fala na parte do esporte, a câmera focaliza um menino negro.
Mais o pior ainda vem, quando ao se referir em não gostar de trabalhar ele cita a Europa e América do sul dizendo que “nós entendemos bem isso”, depois ainda diz que conheceu uma mina Argentina e lá todo mundo fica a toa na vida.
De volta aos desenhos animados, a Dreanworks é campeã no preconceito, vou pegar só um exemplo que já basta, o desenho “Por Água Abaixo” que traz a história de um ratinho rico que morava sozinho e descobre um mundo muito mais divertido no esgoto (alusão a solitária elite e a tão super lotada favela?). A história se passa, até que aparece um assassino, que é um sapo e é francês. Quando o grande vilão, que também é um sapo conta sua história triste, sobre como ele era um sapo muito querido do príncipe Charles e acaba sendo jogado na privada, antes de terminar de contar a história ele nota o rosto de chacota do assassino francês e pergunta. – Você está zombando do meu sofrimento? No qual o francês responde: - Claro, desde que não seja o meu sofrimento, afinal sou francês.
Em seguida o francês toma um gole de vinho francês e cospe no chão, desdenhando do vinho. O Desenho segue com dezenas de tiradas aos europeus.
Depois, seguindo a trilha de desgosto, ainda posso citar a série The Shield, sobre o cotidiano de policias americanos, que passa no canal AXN, numa das cenas, o policial entra na casa de um latino e vê que todos os mantimentos estão podres, e logo diz; - vocês do terceiro mundo não tem geladeira em seu pais não? Que nojo!
Ou o trecho do seriado recém lançado, Jericho que trata de uma explosão nuclear em alguns estados americanos, e de alguns sobreviventes numa pequena cidade.
Em um capítulo recente o ex:prefeito aparta uma briga de dois moradores e grita algo como: - nós não nos tornaremos selvagens como os animais de terceiro mundo em suas vilas.
Será que além de não poder escolher o que assistir, em nenhuma grade de programação, em nenhum canal, pago ou não, apesar de todos os canais serem somente “concessões”, não poderemos sequer deixar de ser humilhados todo o tempo?
Isso sem mencionar o tanto de bandeira estadunidense que agente já engoliu nos filmes, toda hora tem que ter algo para nos lembrar, que eles são “superiores”. Com uma verdade absoluta, agente via engolindo legenda atrasada, legenda errada, falta de legenda e por ai vai, que numa eterna tradução agente vai aprendendo a força que ou agente fala e lê em inglês, ou não sabemos qual lanche pedir, em que loja está em Sale, ou em promoção, ou como vamos arrumar um Work, ou trabalho, e parece mesmo que deixamos de ser colônia de um, para ser do outro.
Esse texto na verdade é infindável, porque sempre que estou assistindo algum filme ou seriado eu identifico o preconceito nele e corro para somar mais no texto, mas como todo filme, tudo tem um fim.
Espero mais filmes nacionais, mais seriados, mais produções honestas, que ao contrário da produção deles, somente traga histórias para entreter, sem maldade, sem querer fazer ninguém de fantoche, nem magoar nenhuma etnia.
Só espero que os bilhões gastos nas produções hollywoodianas sirvam para algo além de tentar provar que eles são superiores a nós o tempo todo.

texto do livro Cronista de um tempo ruim - editora Selo Povo.

1DASUL 2011

A NOVA coleção 1DASUL chega as lojas nessa semana, entre os novos bonés, mochilas e camisas, antecipamos 2011 para mostrar que a periferia está adiantada no lance.
Você já percebeu que as marcas nunca mostram quem produz seus artigos? no nosso site colocamos as fotos dos nosso parceiros, dos nossos amigos, gente que constrói a marca com agente no dia-a-dia, gente que acredita e está com a 1DASUL desde 1999.
Confira abaixo os novos bonés, em breve postamos as fotos das novas mochilas, para a volta as aulas de 2011.

Periferia com qualidade e conteúdo.\

O que é 1DASUL?

A 1dasul foi fundada em 1º de Abril de 1999 e tem como idéia ser uma marca voltada para a periferia, sendo desenvolvida por talentos urbanos, criando assim uma identidade autêntica com essas partes da cidade.
O nome vem da idéia de todos sermos 1, na mesma luta, no mesmo ideal, por isso somos todos 1 pela dignidade das periferias.
A marca com o tempo se tornou uma resposta do Capão Redondo e outras áreas para toda violência que nele é creditada, fazendo os moradores terem orgulho de onde moram e lutarem para um lugar melhor, com menos violência e mais esperança.
Nós, brasileiros descendentes de escravos e índios nunca tivemos um símbolo sobre nossa linhagem, o logotipo da 1DASUL em forma de fênix e com o número 1 em destaque é uma forma de termos nosso próprio brasão, e ele tem esse sentido de juntar a periferia.
O logotipo da 1DASUL tem como idéia ser um brasão do nosso povo.
O brasão tem sentido de unidade e traz a idéia de um povo que se une para lutar pela preservação da sua cultura.
A marca é socialmente justa, e desde janeiro de 2009 a empresa foi dividida também para os funcionários.
Outra atitude da marca é ter mais de 90% dos produtos produzidos em periferia.
Um exemplo são os bonés, bordados a mão e pagos ao fornecedor acima do mercado.
A marca 1DASUL patrocina quermesses, festas comunitárias, shows de Hip-Hop, além de oficinas e palestras literárias, também ajuda a manter projetos sociais na Zona Sul de São Paulo como a Ong Interferência e o projeto EnsaiAço, entre outros.
Por isso, quando por a 1DASUL no corpo saiba que você está também usando uma idéia de mudança, você está somando para a auto-estima do nosso povo.

Para a periferia sempre o melhor.
1DASUL a primeira marca exclusivamente feita dentro de um bairro.

Saudações.
Ferréz
www.1dasul.com.br

Já nas lojas - exclusividade 1DASUL


Um Lançamento só encontrado nas lojas da 1dasul.
o Melhor do Rap Nacional numa só coletânea,
um produto MP Produções.

Deus Foi Almoçar

Deus foi almoçar
em breve...
o novo romance de Ferréz.





Palestras e eventos com Ferréz agora é com a Página da Cultura: www.paginadacultura.com.br

Pedro Alexandre Sanches - direto do seu blog

Sábado, Novembro 06, 2010
a humanidade vive a perguntar se existe vida em outro lugar
Hoje estive no município de Barueri, na região oeste da Grande São Paulo, para participar de um debate num programa educativo ancado pela prefeitura (tucana) da cidade e coordenado pelo Joul, integrante do fenomenal grupo de hip-hop Matéria Rima, do qual já falei (pouco) por aqui alguns anos atrás.

A chamada cultura urbana era um dos fios condutores do debate. A plateia era de adolescentes animadíssimos, e a mesa, um bocado heterogêna. Participávamos eu (no papel de jornalista, crítico musical e, suponho, representante da "minoria branca" de que falava Claudio Lembo, aquela mesma que anda ultimamente cuspindo fogo e ódio contra NORDESTINOS por conta da eleição não de um operário NORDESTINO, mas de uma mulher economista mineira-gaúcha para a presidência da República), o escritor Ferréz, os grafiteiros Tota e Binho, o artista plástico (argentino, radicado paulistano) Balzi e representantes do poder público local. Entre esses últimos, havia três integrantes da Guarda Municipal. E foi aí que os meus olhos se encheram de lágrimas, como de hábito.

Logo de cara percebi, meio sem perceber, um relativo isolamento dos três (dois homens e uma mulher - a única presente na mesa montada no palco do Teatro Municipal de Barueri) em relação a "nosotros". Sentaram-se juntos, num extremo do palco. À esquerda deles havia um assento vazio (no qual depois o inquieto Joul se acomodaria), a seguir o meu, depois Ferréz e os demais. Somente um dos policiais falou no início dos trabalhos (e não foi a mulher, se você me entende). Seu discurso procurou distinguir grafite de pixação, em detrimento dessa última, e foi contestado por Binho, Tota e, principalmente, Ferréz. Ninguém da plateia fez perguntas aos três. Aquelas coisas.

A certa altura, em meio a alguma fala, mencionei que eu era do Paraná. E percebi, meio sem perceber, um sobressalto ali nalgum lugar do meu lado direito. Mais adiante, num dos momentos em que o assento do Joul estava vazio, o policial mais próximo de mim me chamou num sussurro perguntou: "De que cidade do Paraná você é?". Maringá. "Eu também!". E me contou que não só ele (putzgrila!, nem o nome do cara eu fixei) é paranaense e policial, como também é o maestro e o regente da banda da polícia de Barueri.

Quando foi fazer suas considerações finais (sem ter antes feito as iniciais), o "Maestro" (como era tratado pelo porta-voz dos três - do qual, putzgrila 2!, também não fixei o nome) contou, ainda por cima, de sua pós-graduação e dos estudos que faz sobre samba de raiz, com auxílio de Raquel Trindade - que, Ferréz explicou, é filha do folclorista, poeta, ator, pintor, teatrólogo e cineasta (PERNAMBUCANO) Solano Trindade, figura histórica da movimento negro brasileiro.

Nessa rápida fala, o "Maestro" mencionou também como todo mundo se afasta imediatamente de um cara como ele, quando um cara como ele está vestindo farda. Disse que, por baixo daquele uniforme, mora um pai de família, um cidadão etc. Tive a impressão que aí os olhos dele marejaram, e foi aí que minha voz embargou - ou melhor, teria embargado, se eu não estivesse calado.

O debate terminou (muito bem, obrigado), e começaram apresentações artísticas da garotada de lá - e do histórico e formidável dançarino Nelson Triunfo, o "nosso" James Brown NORDESTINO-paulista-BRASILEIRO. (Nelsão, que não é besta nem nada, sabe quão legal é o Matéria Rima, do qual age como padrinho informal - ele esteve no palco dos rapazes quando se apresentaram no projeto "Prata da Casa" do Sesc Pompeia, quando eu era curador, nem sei mais em que ano.)

E eis que de repente, em meio às apresentações, o porta-voz dos policiais desabotoou o coldre (é assim que fala?), abandonou as armas na poltrona da plateia, subiu de volta ao palco e... pôs-se a dançar break!!! Foi ovacionado pela meninada, apesar do corpo não de todo adaptado à agilidade desconcertante da galera da street dance.

Somo mentalmente agora as intervenções de cada um dos policiais, e as minhas, e vejo que voltei a vivenciar hoje, num registro POSITIVO, muito diferente do que estava acostumado a raciocinar, aquilo que havia aprendido em "Cães de Guarda - Jornalistas e Censores, do AI-5 à Constituição de 1988" (Boitempo, 2004), da historiadora Beatriz Kushnir. Um de meus livros-de-cabeceira, ele investiga as interligações e semelhanças sórdidas entre policiais, censores e jornalistas paulistas durante a fase de terror da ditadura militar brasileira.

Mas, de volta a Barueri, o evento começou debate e terminou festa. A molecada toda subiu no palco para exibir seus próprios passos de dança em meio a dançarinos, policiais, estudantes, rappers etc. A policial feminina não teve coragem de subir, muito menos eu, apesar de termos sido convocados pelo Joul.

Essas experiências de integração - ou de convergência, eu diria, usando a palavra que não me sai da cabeça desde domingo 31 de outubro - nem são uma grande novidade, como bem sabe o pessoal do AfroReggae lá no Rio de Janeiro, entre muitos outros. Mas foi a primeira vez que vi acontecer diante dos meus olhos, aqui mesmo em São Paulo, nesta terra mais tucana que petista onde, a acreditar no que se lê diariamente na "grande" mídia (e até mesmo em seu filhote rebelde Twitter), parece só existir uma elite branca escrota dominada pelo ódio aos nordestinos.

Vou te contar, eu vi de tudo um pouco lá em Barueri, menos um Brasil dividido em dois ou um estado de São Paulo pronto para aderir ao nazifascismo separatista. Terminei mais essa tarde feliz tomando café com bolachas com esse pessoal tão heterogêneo - e travando, pela primeiríssima vez em 42 anos de vida, diálogos completos, amistosos e despidos de qualquer temor com três policiais.
teclado por Pedro Alexandre Sanches

matéria extraida do ótimo blog de Pedro www.pedroalexandresanches.blogspot.com

Teto e Tinta - fazendo pelo próximo.


1ª edição do evento Teto e Tinta une arte urbana e ação social em SP

Artistas expressam sua criatividade em prol da ONG Um Teto para meu País

Novembro/2010 – A organização Um Teto para meu País (UTPMP), que constrói casas emergenciais para pessoas que vivem em situação de extrema pobreza, e 50 artistas da cena urbana paulista envolvidos com grafite, ilustração, literatura e música, estarão unidos durante todo o mês de novembro por uma causa social de combate à miséria no Brasil.

A 1ª edição do evento “Teto e Tinta, Pintando e Construindo Sonhos”, contará com a participação de grandes nomes do grafite brasileiro, além de talentosos ilustradores e escritores. Apresentada em forma de exposição itinerante na cidade, as obras serão vendidas ao público pra arrecadar fundos para a construção de novas habitações emergências nas favelas da cidade e ajudar com a proposta da ONG de erradicar a extrema pobreza na América.

Cada artista convidado irá customizar as casinhas (que tem o mesmo formato das casas construídas pela ONG) e ainda podem ser usadas como cofrinho; e as obras serão vendidas a preços entre R$ 50,00 e R$ 1.000,00. O obtido na venda será revertido para a organização. A abertura da exposição será no Bar Kabul, no bairro da Consolação, no próximo dia 8 de novembro.

Segundo Joana Ricci, Diretora de Comunicação da UTPMP, a idéia é utilizar a arte em função a ação social. “O conceito é unir diferentes públicos que possuem o mesmo interesse de ajudar as famílias que vivem em condições precárias”, explica. Mundano, artista e curador da exposição, acrescenta que para 2011 irá estender a lista de participantes e as ações dos artistas poderão chegar aos muros da cidade. Mundano afirma que essa é uma ótima oportunidade para a população adiquirir obras de renomados artistas em um suporte inusitado, e ainda ajudar diversas famílias em condições precárias.

Sobre o evento:
Local de exposição: Espaço Cultural Bar Kabul.
Rua Pedro Taques, 124 (travessa da Rua da Consolação).
Dia 8 de Novembro, às 20h (entrada grátis).

Lista de artistas que vão doar suas obras:
ALEXANDRE PUGA, APOLO TORRES, ARMAMENTO VISUAL, AUNY, BAGRE, BINHO, BIOFA, CALLE, CAPS, CARLOS ADÃO, CAUS, CENA7, CHÃ, CHORAS, CRÂNIO, CIPÓ, DEDO, DESP, DIEGO TIRADENTES, DOES, DONANENA, ENIVO, EVANDRO NOT, EVOL, FERRÉZ, FALGE, FLÁVIO SAMELO, FLOR, FULONE, GEN, GOMS, GOY, GUETO, GUI, ISKORRE, JERRY BATISTA, JULIO DOJSCAR, JULEE, LITO, LEON, LOBOT, LOCONES, MAGRELA, MAO, MAURO, MITO, MUNDANO, NÃO, NOMIEZ, OBRANCO, OSBICHOVIVO-NALDO, OZI, PAN, PIFO, PIXOTE, PIXOTOSCO, PONTELLO, QUITANDA URBANA, RAS, RODRIGO OGI, RONAH, SAIDE, SINHÁ, SKOITO, SLIKS, SOLA, SUSTOS-LC, TCHÉ, THIAGO BENDER, TICONE, TIKKA, TIM, TINHO, TROLHAS-IVAN, TUMULOS-TATEI, URBAN TRASH ART, WHIP e ZITO.


Sobre Um Teto para meu País Brasil

Um Teto para meu País (UTPMP) é uma organização que trabalha para melhorar a qualidade de vida de pessoas que vivem em condições de extrema pobreza por meio de construções de casas de emergência e planos de desenvolvimento social. A organização tem como objetivo posicionar o seu trabalho para se tornar referência no combate à extrema pobreza na América Latina. No Brasil, são desenvolvidas constantes ações a fim de divulgar para toda a sociedade a atuação com as famílias mais vulneráveis do continente. Desde que iniciou sua atuação no Brasil UTPMP já construiu 384 casas de emergências para pessoas em condição de extrema pobreza na Grande São Paulo. A ONG conta com a colaboração de doações voluntárias e das grandes empresas para realizar as construções e mudar o cenário da desigualdade na América.

Histórico da Um Teto para Meu País

Por iniciativa de um grupo de jovens universitários, a organização nasceu no Chile, em 1997. O objetivo inicial é denunciar a pobreza em que viviam milhares de latino-americanos. Em 2001, após dois terremotos na região do Peru e de El Salvador, que pioraram a vida das comunidades daquelas regiões, a ação passou a se expandir no continente. Hoje são mais de 250 mil voluntários e 70 mil famílias já beneficiadas nos 19 países em que a organização está presente: Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, El Salvador, Guatemala, Haiti, Honduras, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana e Uruguai. Mais informações em www.umtetoparameupais.org.br

Informações para a imprensa:

Acta Comunicação
Fernando Lima / Monique Coutinho
(11) 2924.8067 - 9239.4594
www.actaimprensa.com.br
actaimprensa@actaimprensa.com.br
www.twitter.com/actaimprensa

1DASUL na feira do pequeno empreendedor

Essa semana a 1DASUL foi firmar seu apoio a feira do pequeno empreendedor do Colégio Seiva,na Rua Barão NIcolino Barra, foi uma experiência muito boa, a nova geração começando a trilhar os rumos da independência financeira.

Claro que teve muita diversão, mas brincando e ao mesmo tempo aprendendo como fazer uma planilha de custos e ganhos, como fazer um flyer, arrumar patrocínio e organizar um negócio, fiquei muito orgulhoso de ver a nova geração se preparando para trabalhar e melhor ainda por conta própria, sem patrão.


a barraca que recebeu o apoio era de lanches, chamava The Fast Snacks, entre a marca também estavam vários empreendedores do bairro que também chegaram para fazer o evento brilhar.
Legal era comprar a ficha no caixa, passar pelas barracas escolhendo os lanches e doces, aquela união que só a escola tem, muita gente passando, enfim bons tempos eu revivi de Euclides da Cunha, onde estudei.
Como uma pequena empresa a 1DASUL se sente orgulhosa de estar dentro do bairro e presente nesses eventos, fora que o hambúrguer tava uma delicia.
parabéns aos professores que organizaram o evento e a todos os alunos que acreditaram, e também aos pais presentes.
1DASUL/ferréz

Livros novos (literatura marginal) na 1DASUL


SALVE, Chegaram grandes livros na 1DASUL do Capão e também no Centro, entre tantos títulos chegaram os esperados livros de Zé Sarmento, você não conhece? deve ser porque ele é um cara muito reservado, que ficou muitos anos escrevendo e agora nos deu a oportunidade de conhece-lo, eu já tinha alguns livros, e portanto indico a leitura, são vários, pura Literatura Marginal, bem feita, bem escrita e contundente, autor real que sabe muito bem o que escreve, dá uma passada tanto na loja do Capão como a loja na Galeria 24 de Maio, os livros do autor estão com preços muito bons, a partir de 10,00.
em breve o novo livro da Selo Povo - Sob o Céu Azul de Marcos Teles.
Semana que vem agente anuncia o novo contratado da Selo Povo, um autor que leva a literatura como sua própria vida...