Blog do escritor Ferréz

EnsaiAço, a Zona Sul tumultua o cenário

Salve manos e minas de bom coração.
O Ensaiaço é nessa sexta-feira, começa as 19 horas, já tem mais de 20 grupos que ligaram e vão fazer um som em conjunto no espaço mezanino do estúdio 1dasul.
Ontem eu, Negredo e o Maurício ficamos arrumando o espaço, montamos um mini palco, arrumamos o som, ou seja tudo está tinindo para fazer a casa do rap balançar.
Vai começar uma nova era na Zona Show de Sampa city, esperamos você lá.
Ferréz/Negredo/Maurício DTS

Ferréz e Selo Povo em Poços de Caldas

Márcio Souza e eu mostrando nossas armas antes de chegarmos em Poços.
Autor de História da Amazônia entre outros livros, a palestra de Márcio foi dia 27.
Rapaziada do Pró Jovem que veio na minha palestra.
A banca só crescia, Maurício Marques colou em Poços também, e recitou.
Fila para autógrafos no Cronista de um tempo ruim.
Professores, universitários, manos e minas do rap nacional, a palestra tava muito loca.
Eu e Géssica Balbino no palco.
Uma foto da platéia.

A feira é grande, com barracas bem montadas, e muitas editoras presentes.
a Cooperativa Katarina Kartonera, estava presente, com um trabalho muito bonito.
Ylsão, rastriando livros para alimentar a alma.
Agradeço ao convite da feira, ao povo de Poços de caldas, ao pessoal da K2 que trincou no transporte, assim como o Aragão e Márcio Souza, Ylsão e Maurício Marques pela parceria.
A banca da literatura marginal segue para a Metodista, e nessa Sexta-feira temEnsaiaço no estúdio 1dasul, em frente ao metrô Capão.
é nóis.
Ferréz

V feira Nacional do livro de Poços de Caldas

Palestra com Ferréz na Flipoços 2010
27 de abril, as 19:30 Espaço Hora da Prosa Em Abril os livros vão tomar conta de Poços de Caldas.
mais detalhes no site: feiradolivropocosdecaldas.com.br

EnsaiAço, a Zona Sul tumultua o RAP

Salve, agora a Zona Sul tem uma casa para o RAP, toda última sexta-feira do mês, tem EnsaiAço, no mezanino do estúdio 1DASUL.
O rap e sua própra casa, só colar, se escrever e ensaiar, melhores equipamentos a seu dispor, entrada franca, ou melhor nos pague com atitude.
Apresentação: Maurício DTS e MC Ylsão, convidados: todos que amam a nossa cultura.
amplie o cartaz para mais detalhes.

Turnê Selo Povo no sarau do Binho

Eu falei sobre o Selo, sobre produção editorial e sobre os novos autores.


A passagem da turnê Selo Povo pelo Sarau do Binho foi pura festa, teve leitura de textos inéditos como o "cordas" que recitei lá pela primeira vez, o Preto Problema do Ylsão.


Apresentação da turnê, textos novos e detalhes sobre os livros, distribuições e livros novos que virão pela Selo Povo e Grande Mutato.

Olha o que a Litera-cura faz... MC Tó e minha filha.

Poeta Almério, eu e Binho formando a máfia.

Allan da Rosa que somou no debate e Ylsão ( A cúpula Negredo).

Sacolão das artes e Coopermusp presentes, assim como a Poesia Maloquerista.
os manos do Sarau Palmarino, comunidade Quilombaque, muita gente do Embú, Poesia com vários professores, várias minas e vários manos de Guaianazes, e ainda a presença da repórter do jornal A Voz da Favela, que veio especialmente do Rio para cobrir a Turnê.
rapa, foi um dia inesquecível, lotou tanto que ficou muita gente de fora, acabou as bebidas, e até as panquecas se esgotaram, só o Ylsão pegou 3.
bom a fome mais saciada foi a da literatura, mais uma vitória agora o bonde segue para Minas Gerais, Poços de Caldas, e já temos um poeta convidado confirmado, Maurício Marques.

Turnê Selo Povo no Sarau da Brasa - Brasilândia.


A Brasilândia recebeu com muito respeito e carinho a banca da literatura que veio da sul.

A Literatura Marginal chegou em peso, representada por vários convidados, Mano Ylsão do Negredo fez a Preto Problema, logo seguido por MC Tó (Negredo, A cúpula). ainda Arnaldo (J.J. Berilo) B.I.G, Raimundo F.S, Elaine e muita gente que chegou conosco. Muita animação, poesia no ar e abraços ilimitados. Arnaldo (membro da J.J. Berilo) colou todo de A Cúpula. Chegamos a Brasilândia em dois carros, a banca da sul começou a leitura dos textos, o primeiro foi Lima Barreto, com um texto de 1921. chegou uma hora que não cabia mais gente, e a festa literária rolou até a meia noite.

Wagner, sem palavras pela recepção.

Vários professores compareceram no evento, levando assim o Cronista para dentro das salas de aula.
B.I.G (Big Bang Bem Johnson, veio direto do Capão para recitar sua nova música).

Começamos o sarau falando da importância de mestres como Lima Barreto, que será o próximo lançamento do Selo Povo junto com Cernov.

Os tambores faziam até o coração bater mais forte, muito axé no ar, enquanto eles querem silência, agente quer barulho, muito barulho para por o texto no ar.
Olha quem chegou no bang...

Marcos Pézão, que veio firmar com agente e mandou "nóis é ponte e atravessa qualquer rio".

Olha o tamanho da biblioteca, olha o sorriso da leitora, vários títulos livres para todo mundo pegar e ainda tem gente que diz que a periferia precisa evoluir...

eu montando minha barraquinha, para vender os livros, batalhando no dia-a-dia, o prazer de poder vender o livro a um preço justo, e ter a certeza de estar fazendo um trabalho bem feito, como a 11 anos atráz, a palavra ganhando as ruas de São Paulo e do Brasil, é nóis que tá para revolucionar a Litera-rua.
agradeço ao Sarau da Brasa pelo enorme carinho, a todos que vieram dar suas energias positivas para o Selo Povo, tantas pessoas que sairam da Sul para ver agente lá, segunda-feira a banca tá no Sarau do Binho.
Ferréz













Litera-rua pra todo mundo - a Turnê não para.

A nossa passada pelo Sesc Campinas nessa quarta-feira foi muito boa, além de ler os textos, fiz uma sessão de autógrafos do Cronista, a banca tá cada vez maior, confere logo abaixo as fotos.O Selo Povo foi aprovado por Campinas, não sobrou nenhum.
depois do evento foi assim.
Chacal recitou poesias fantásticas, aprendi muito com ele na palestra.
Maurício no camarim, Detentos do Rap presente na casa.
O Itaú Cultural brilhou com Autores em Cena.
formação de quadrilha, Marcelino Freire, Paulo Lins, Marc Bechar, e Rapper do Rio.

Paulo Lins criou um belo espetáculo com atriz fazendo leitura e uma DJ colocando as bases conforme o tom da leitura, apresentação impressionante.
Ridson (Du gueto Shabazz) brilhou no palco do Itaú Cultural, foi uma noite impressionante, que mostra que a literatura marginal tem a voz. entre os textos recitados, Viela e Eu vou para Palmares.

agora a banca segue para Brasilândia. Poesia na Brasa, no dia 17. R. Professor Viveiros Raposo, 534 as 21 horas.

Banca segue para Campinas

Salve

Nessa quarta estamos indo para Campinas, a banca segue firme com várias presenças confirmadas, e lá o bicho vai pegar geral pela litera-cura.
Ylsâo (Negredo) + Detentos do Rap + Chacal e eu também no bang, vamos que vamos que Campinas é nossa.
Sesc - Rua dom José 1, 270 (Bairro Bonfim) ao lado da nova rodoviária.20 horas.

Professores, missionários da cidadania.

Salve, depois que terminei a palestra na M.Boi 1, a professora Patrícia pegou sua faixa de protesto e foi lutar por um salário digno.
Professor merece abraço, não borrachada.
O que já vi de professor guerreiro, tive tantos desses, um exemplo foi a Fátima que pegou um facão e foi cortar o matagal da escola, com tanto marmanjo lá e ela trabalhando quase sozinha, pois eu tava lá tentando cortar algo também, são tantos exemplos da batalha deles, que compram livros, filmes, com seu próprio dinheiro, fazem de tudo para abrilhantar o ensino que muitas vezes não cativa o aluno, então professor num é só uma profissão, é uma missão com certeza.
Agora o número de correspondência que recebo é impressionante, de crianças, rappers, escritores de outros lugares, agora quando chega carta de professor sempre emociona, recebi uma carta do Rio, que me deixou bem feliz, estou trancado a quatro dias escrevendo e com certeza depois dessa carta vou sair para ver a quebrada como anda.
valeu pela força, deu no mínimo mais 10 anos de energia para a batalha.
Olá Ferréz, tudo bem?
Meu nome é Georgia Barbosa, sou professora de História da rede estadual do Rio, em Vilar dos Teles, São João de Meriti (não sei se você já esteve em São João, fica na Baixada Fluminense). Escrevo para narrar uma experiência positiva que tive com meus alunos do Ensino Médio (3o ano) na última sexta (9/4). Estamos estudando doutrinas sociais (socialismo, anarquismo) e resolvi passar pra eles um dos programas LUTAS.doc.
Em seguida, lemos trechos contendo reflexões feitas por diferentes pessoas que participaram do programa. Incluí, nesse segundo momento – debate – as seguintes passagens suas:A gente tem nesse país milhões de renegados hoje: milhões de pessoas que ligam a televisão não se enxergam, ligam a rádio não se ouvem, abrem as revistas na banca de jornal não se vêem. O consumo anestesia as revoluções. Você pode ter um celular igual ao do seu patrão, então você acha que já é patrão. Faz bem pra alma. O capitalismo só respeita o boicote.
Posso dizer que o resultado foi muito além do que eu esperava. Pela 1a vez em três anos, percebi de fato a garotada bastante incomodada e com vontade falar, de estudar!
Perguntando, sem querer ir embora, mesmo quando o sinal já havia tocado! (Difícil de acreditar!) Eles gostaram do material que leram e do programa, mas sem dúvida, as passagens que trouxeram mais inquietação foram as suas falas, por isso quis escrever. Alguns alunos, inclusive, ligados em hip hop, já o conheciam do Manos e Minas.
Era isso o que eu queria dizer. Parabéns pelo seu trabalho! Se além de responder meu email, você puder dar um alô pra minha garotada no seu blog, eu ficaria agradecida. O nome do colégio é C.E. Professora Francisca Jeremias e ele fica em Vilar dos Teles, São João de Meriti, Rio de Janeiro.
Não esquece do Rio na turnê 2010! Grande abraço. Georgia Barbosa.

Matérias.

Salve rapa, hoje me chegou as mãos a Agenda cultural da periferia, que nas lojas é disputada logo pela manhã, já tem gente que entra perguntando da do mês que vem, então eu fui colocando a agenda no balcão quando um cliente mostrou o símbolo da 1dasul, para minha surpresa eles fizeram uma contra capa com as lojas da periferia no centro, fiquei muito orgulhoso e agradeço o espaço carinhoso que a Ação Educativa reserva pra gente, valeu mesmo.Já o Alexandre fez uma matéria para a folha on line e o link é esse, mais uma força na árdua tarefa de encher os pés de poeira por ai.
http://www1.folha.uol.com.br/folha/videocasts/ult10038u717923.shtml
outra coisa boa, é a matéria que saiu na Carta Capital dessa semana, uma super matéria sobre a loja no Centro, e revista traz na capa a tragédia no Rio, e a frase: não culpem os céus.
É realmente uma pena que tantos moradores de comunidades tem que pagar até com a vida por uma administração que não previne nada, temos que rezar para não chover, rezar para não dar muito sol, o que o poder público é afinal? devia zelar pelas pessoas que pagam os impostos, e não só brigarem pela vaidade de sair na próxima eleição como vitoriosos, eles ganham, nós perdemos, não vejo nenhum deles com terra nos sapatos, com barro nas calças, com suor nas camisas, deles tenho nojo mesmo sendo tão limpinhos.
segue a matéria sobre a loja no centro.
No fim de uma manhã nublada, Fábio Martins passeia pela Galeria do Rock, famoso conglomerado de lojas de artigos musicais da região central de São Paulo. Uma vitrine repleta de títulos de literatura marginal dispostos entre peças de roupas desperta-lhe o interesse. Ele reconhece o vendedor atrás do balcão: é Ferréz, rapper, autor de nove livros, entre os quais Capão Pecado, em que retrata as agruras do Capão Redondo, bairro da zona sul onde mora.

Martins trabalha na Associação Lua Nova. Localizada na área rural de Araçoiaba da Serra, interior do estado, a ONG assiste mães adolescentes que moravam na rua. “Acabamos de ganhar uma biblioteca. Levarei alguns livros para as meninas conhecerem o Ferréz. Gostaria também de marcar uma palestra”, diz Martins. “Vou te mandar um texto que acabei de escrever sobre mães solteiras, literatura real, da vida real. E vamos combinar o encontro sim, mano”, agradece o escritor, de boné e camisa brancos, calça larga e olhar atento.

Ferréz tem recorrido à tênue fama literária para propagandear a 1daSul, marca de roupas e acessórios produzidos no Capão, que completou 11 anos em 1o de abril. O dinheiro amealhado com as vendas financia palestras literárias e projetos sociais na região.

Há poucos meses, a grife ocupa o número 40 da Galeria, no subsolo conhecido como andar do hip-hop. É o primeiro estabelecimento do prédio, que Ferréz frequenta desde menino, dedicado à literatura denominada marginal. “Pra quem mora na periferia, o centro é um lugar mágico. Quando vai ao centro, você sempre pergunta pro vizinho se ele precisa de alguma coisa”, situa.

Nas estantes da loja estão cerca de cem títulos, parte deles de autores periféricos. Consta da livrariaCronista de um Tempo Ruim, obra de Ferréz que inaugura o Selo Povo. “Trago também alguns livros do meu acervo, lidos mais de uma vez. Não gosto de segurar informação”, explica, ao ser perguntado sobre o que fazem na prateleira Uma Verdade Inconveniente, de Al Gore, e O Dia do Chacal, de Frederick Forsyth. “Quando leio e comento com você, fortifico aquilo que aprendi. Esse amor é próprio da literatura marginal e dos escritores engajados.”

Ele cita a obra Egon Schiele na Prisão, série de aquarelas do pintor austríaco (1890-1918) concebidas em 1912. O preço de um exemplar novo é promocional: de 47 por 29,90 reais. Os livros de bolso custam 5 reais. “A literatura não pode ser um vinho caro, temos de fazer dela uma tubaína, para que todos possam provar.”

Ferréz acostumou-se a receber pedidos de ajuda, não apenas de clientes como Martins, mas de “escritores do gueto”. A abordagem se dá nas próprias lojas da 1daSul – a matriz fica no Capão Redondo e há um estande em Santo Amaro –, na internet e, por vezes, no meio da rua. Houve quem entregasse ao rapper poemas rascunhados na própria carteira de trabalho. Em outro momento um analfabeto lhe ditou cada um dos versos cunhados na cabeça. É aquilo que o escritor define como “litera-rua” ou “litera-cura”.

“Tenho companheiros que estão presos, conseguem me telefonar e recitam contos inteiros. Gato Preto, escritor baiano, é um dos melhores que conheço”, diz Ferréz. Aproxima-se da estante, resgata uma coletânea intitulada Literatura Marginal, lançada em 2005. Encontra Gato na página 51. Volta ao balcão e recita, em voz alta:

“Vou mostrar a Bahia que Gil e Caetano nunca cantaram/ Bahia regada a sangue real/ Que jorra com intensidade na época de Carnaval/ Falo do pescador que sai às três da manhã/ Pedindo força a Iemanjá e a Iansã/ Cortando as águas do mar da vida/ Querendo pescar uma solução, uma saída”.

A leitura é interrompida quando um rapaz, no corredor da galeria, o cumprimenta.

– E aí, mano Ferréz? Firmeza?

– Firmeza, mano. Satisfação.

A cena se repete algumas vezes ao longo da tarde. Reginaldo Ferreira da Silva, que assina Ferréz em homenagem a Virgulino Ferreira (Ferre) e Zumbi dos Palmares (Z), gosta de conversar. “Tem gente que passa só pra trocar ideia, é da hora pro meu trabalho.”

O estabelecimento, decorado com grafites e quadros dos artistas “da quebrada”, não ultrapassa os 4 metros de comprimento. Nele se avolumam roupas confeccionadas e estampadas por moradores do Capão Redondo.

Em uma cartolina branca há fotos detalhando o modus operandi do ateliê. As imagens serão impressas em um livro artesanal até o fim de abril. “Fazemos questão de explicar aos visitantes as origens da 1daSul.”

A empresa emprega cerca de 300 “parceiros”. Ferréz se orgulha disso: “Taí a parte mais bonita do projeto. Tem mano que reclama do preço do boné. É tudo artesanal, tá ligado? E se eu baixar o preço, vou repassar menos para as parceiras que ajudaram a costurar. É preciso que a rede funcione bem”.

O office-boy Rafael Cordeiro observa a vitrine. Atenta para a contracapa de um caderno que explica as origens da marca. “Da hora saber como funciona. Vi uns amigos usarem. Vou esperar o salário pra comprar esse ‘jaco’ (jaqueta) e algum livro aí.”

“A 1daSul é a farda do Capão”, descreve o vendedor da loja Davi Albino. O emblema da marca, que faz alusão a uma fênix, tornou-se uma identidade. “Tenho um amigo que foi para a praia dia desses, tava sem grana, mas usava um boné da 1daSul. O cara do quiosque o chamou: ‘Ei, irmão, cola aqui, cê é da quebrada, eu também sou, te pago uma cerveja’”, conta. “Já aconteceu comigo também: estava numa daquelas ladeironas da Vila Madalena quando um cara colou a moto na calçada: ‘Sobe aí, irmão’. Perguntei o porquê, não o conhecia. ‘Sua bombeta (boné) é da 1daSul, eu moro lá, mano, te dou carona’.”, relembra, entre risos. “Esse reconhecimento de sermos todos pelo bairro e de tentarmos melhorar o lugar onde moramos faz tudo valer a pena, tá ligado?”

Primeiro dia da Turnê

Salve,
o primeiro dia da Turnê Selo Povo foi show, começamos com o pé direito e fomos parar atrás do Cemitério São Luiz, mas de coisa ruim não tinha nada, lá se encontra a escola EMEF M´Boi Mirin 1 que nos recebeu muito bem.
O time de professoras, eu e minha mochila de guerra, e a diretora que até mudou para o bairro para fazer um trabalho melhor, só vitória.

A Escola EMEF M´Boi Mirin 1 está no meu mapa agora, gente de muito boa vontade e com muita garra para fazer do ensino o caminho do sucesso. aprendi muito e recarreguei as baterias.E escola é nova, e foi bom começar a turnê por lá, pois os alunos do Parque Santo Antônio e Jardim São Luiz foram bem receptivos com o evento, não vou por fotos dos alunos, pois tem toda a burocracia para isso, e também não é o objetivo do trampo, o legal foi ter feito uma palestra de quase duas horas, que tirou muitos risos, pensamentos e criou mais dúvidas, que é o objetivo da literatura.
No final rolou o filme -Literatura e Resistência, olha aí o que cada professor tinha tinha junto com a matéria.
Selo Povo chegando onde tem que chegar, indo para onde foi feito para ir.
dia 14 de abril tem Sesc Campinas e dia 19 a festa come solta no Sarau do Binho.
é nóis.
Ferréz

Palhaçada

Amigos (as) o barato é louco mesmo, quem rala muito só se ferra, eu tentei a lei do VAI mais uma vez, afinal algumas pessoas já foram aprovadas com textos meus, e tal, mas é o terceiro ano e mais uma vez perdi, tudo pela ordem, nunca foi fácil, nem será, sempre paguei pela arte que faço, vendo roupas no dia-a-dia, agente continua na caminhada, tem caras correndo com a gente que faz o sorriso continuar querendo sair, como o Eleilson, Erton, Almério, Ylson, Antônio leves e M. Jolnir, assim como o Marcelo Martorelli.
agora veja o texto abaixo, a indignação de quem batalha a tantos anos e tem que olhar o dinheiro que seria nosso ser ganho por revistas como Roling Stone, que cada folha de "reportagem" tem uma propaganda na outra, na moral é muita putaria esse pais.


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Rolling Stone: R$ 524 mil de dinheiro público via Ministério da Cultura

No segundo semestre do ano passado o Ministério da Cultura lançou o edital para Periódicos de Conteúdo Cultural.

Não sei se revistas literárias como Babel (Santos), Ontem choveu no futuro (Campo Grande), Entretanto (Recife), Polichinelo (Belém), revistas pequenas e de grande qualidade, foram inscritas. A Coyote foi.

Esta semana saiu o resultado. Os vencedores: Rolling Stone (que tem na capa da edição de março o apresentador do Big Brother Brasil, Pedro Bial), levou Cr$ 524 mil. A Cult, R$ 504 mil, a Brasileiros, R$ 441 mil e a Piauí, R$ 399 mil.

http://zonabranca.blog.uol.com.br/images/coyote_19.jpg
Coyote: R$ zero vírgula zero zero

De um lado, revistas comerciais, de mercado, que se sustentam com vendas e anúncios.

De outro, revistas de pequena estrutura, sem a menor chance de sobrevivência na rapina do mercado e que realmente veiculam conteúdos altamente culturais.

Como a distinta platéia sabe, revistas literárias no Brasil, desde o tempo da Klaxon (dos modernistas),da Revista de Antropofagia (de Oswald de Andrade), e da Joaquim (de Dalton Trevisan), têm vida breve. Apesar da qualidade (internacional!) morrem a míngua pela falta de recursos.

E o Ministério da Cultura, contrariando todo o seu discurso, preferiu injetar recursos nas revistas de mercado e virar as costas para as revistas literárias, de pequena ou nenhuma estrutura, feitas invariavelmente por poetas e escritores, que publicam o que há de melhor e mais radical na literatura brasileira, e que lutam heroicamente para se manterem vivas.

Nos discursos, a equipe ministerial até já não se esquece de incluir a literatura quando fala de políticas públicas para a cultura. Na prática, continua cagando e andando para os escritores.

Ademir Assunção

Publicado no blogue espelunca: http://zonabranca.blog.uol.com.br