Blog do escritor Ferréz

29 e 30 de Agosto de 2009

29 e 30 de agosto de 2009.
Comunidade Olga Benário - lutando para ter um lugar para dormir.
Nessa sexta-feira o Choque colou de novo no acampamento improvisado, vários moradores ficaram apavorados, mas segundo o comandante foi só apoio para a prefeitura cadastrar os moradores.
Mais a noite nas negociações se falou em dar dois meses de aluguel, para ter tempo de resolver a precária situação, todos se acalmaram um pouco depois que o Suplicy falou no celular com um membro do governo que garantiu que o Choque não iria tirar as famílias de lá, já que elas não tem pra onde ir por enquanto.
Suplicy chegou ao acampamento, em 40 minutos depois que eu liguei para ele, veio dirigindo um Dublô e passou de barraco e barraco ouvindo todos os moradores do Olga, a primeira frase que ouviu de uma moradora, que tem um barraco de um metro e meio quadrado. - Você tem idéia de quanto esse povo te ama?
Outros só queriam abraçar o senador, e outros ainda foram pegar água no único bico de água no fundo da favela para fazer um café.
Cercados pelos moradores, o senador deu a idéia para que eu escreva uma carta com tudo que está ocorrendo para entregar ao Kassab, ele mesmo levará a carta na segunda-feira na casa do prefeito, escrevi a carta durante a madrugada de ontem, e depois que for entregue ao prefeito eu publico aqui.
Morador mostra sua casa feita de beliche para o senador.
uma vergonha, em plena cidade de São Paulo e seus edifício monumentais, muitos vazios por falta de pagamento de impostos, e morador mostra o banheiro para mais de 200 famílias feito numa caixa d´água.

o chuveiro comunitário improvisado, vejas ao fundo os prédios vazios....
O sol não tem preconceito.
Natale mandou reforço.
Suplicy conversa com morador que fez casa com dois beliches.
Estou otimista, tem muita gente boa ajudando, sem palavras Marcos Moraes, que somou muito para que essas famílias aguentassem até agora, também ao Edson Natale e os amigos do Itaú que fizeram uma perua branca parecer um disco voador na quebrada, também ao Wilson do Negredo, Renato Vital, Eduardo e toda família F.C., Fábio (que não cobrou nem a gazoza) Maurício, Davi, André (A286) e todos anônimos que até agora fizeram eu ter mais fé na humanidade.
Mostra de que os alimentos estão chegando, agradecemos a todos pelas doações.
Remédios sendo comprados na farmácia, já que o posto de saúde do engenho está negando ajuda aos moradores (que vergonha heim?)
Blog é pra isso mesmo, pra mudar alguma coisa, portanto estaremos sem a agenda e sem outros posts até que os moradores estejam alojados adquadamente.
Ferréz


28 de agosto de 2009
O dia que fizemos a diferença.
Hoje foi uma correria novamente, o Eduardo colou aqui de manhã pra gente ir ao hipermercado comprar umas coisas, ele carregou muita coisa, pois minhas costas ainda tão zuadas, colou também o Fabio e a Fátima pra ajudar, depois levamos tudo para a favela, junto com o Cebola, a Elaine, e as duas filhas do Eduardo.
Eu não ia escrever sobre o que estamos passando, mas chegou uma moradora da favela e disse se eu não escrever ninguém ia lembrar deles, de toda forma é uma das coisas que posso fazer pra chegar mais coisas para as pessoas, e também mostrar que as coisas que outras pessoas doaram chegou onde tinha que chegar, esse blog tá ajudando muito, então não vou me omitir, vou suar o veículo para isso, para ninguém esquecer que agente unido pode mudar muita coisa.
Foi uma treta comprar tudo que pediram, e quando fomos distribuir é que vimos que ainda falta muita coisa.
Quando chegamos na cozinha principal, com todas aquelas coisas (duas s 10 lotadas) a mulher não aguentou, começou a chorar, e agente também foi no embalo, lágrima pra tudo que é lado.
Colou uma viatura da policia, um dos policiais me chamou e falou.
- Eles usaram agente pra tirar o pessoal e agora deixam nessa situação.
Foi foda ouvir isso, concordei e vi que o policial tava incomodado com o que tinha feito dias atrás.
Colou também o Sérgio Vaz, deu uma força na hora da distribuição, e também pois minha moral mais pra cima, não tenho sorrido muito nesses dias, motivos tem muitos.
O cara das lonas e dos pontaletes ficou de mandar o caminhão, mas ficamos até anoitecer e não chegou, vou pra lá amanhã antes da palestra e agilizar isso.
Colou um carro de reportagem da rede Globo, o Eduardo isqueirou e eu fui junto, barramos, falamos pra voltar, vieram entrevistar a mãe do menino sequestrado, cambada de urubú, dar uma força nem pensar, só o crime interessa.
Pedimos pra sair, segundo o Eduardo esse foi nosso melhor trabalho junto, mandar vazar o carro da emissora oportunista.
Logo atrtás tava chegando uma perua com alimentos, o Natale mandou umas coisas do pessoal do itaú, agente agredece ai a força deles, foi muito útil os alimentos.
Conseguimos remédios, estamos com problemas no posto de saúde, eles não querem atender o pessoal da favela improvisada, os moradores dizem que eles falam da coisa de carterinha, mas tem uma médica que vai intermediar pra coisa começar a acontecer, tem muita criança com problema de tosse por causa da fumaça.
Agora é questão de tempo pra o pessoal poder se acertar, todo mundo que passa na favela vê as condições, nota que ninguém ali tá fingindo, ficaram sem o teto por causa da desapropriação.
A favela agora tem nome, Olga Benária, uma mina que fez história.
Colou uns grafiteiros do bairro, os meninos do Conexão Favela, fizeram várias frases e desenhos de protestos, e ainda marcaram a cosinha e o ambulatório.
Hoje uma moradora assim que entregamos algumas coisas, veio me dar um café quente, lição de humildade total.
Bom, amanhã é corre de novo, tá faltando algumas coisas, como fraldas e roupas pra crianças, mais um dia de corre.
A quem somou hoje, a comunidade Olga agradece.
Ferréz



Sérgio Vaz/Eduardo F.C./motorista do Itaú cultural. todo mundo junto pela melhoria.









A todos que colaram, anônimos que ajudaram a nossa população a recuperar a dignidade, meu muito obrigado, como ser humano.


Ferréz

Hoje vai começar as ter as manifestações nos lugares em que eles possam existir, afinal ninguém tá indo pra lá para ver nada.




Capão Redondo - 27 de agosto 2009

O ambiente se é assim que podemos chamar é desolador.
No lugar que um dia foi a favela, entulhos ainda pegam fogo e os moradores se alojaram ao lado, numa encosta do morro.
A mídia mente, dizendo que as pessoas estão melhores que nas condições precárias em que moravam, mentira!
Melhores como? Morando em casas de 1 metro de altura, feitas com restos do que um dia foi móveis?
São mais de 100 famílias que estão no morro, centenas de crianças, tem barraco de um metro e meio de largura que tem três famílias, nenhum barraco tem a extrutura que um da favela já teve.
eram 800 famílias, muitas foram para casa de parentes, outras voltaram para debaixo da ponte.
Não tem água, geladeira nem fogão, pois foi proibido para não dar risco de incêndio na favela improvisada.
As pessoas acendem velas a noite, passei de barraco em barraco com os donativos, e de cada 3 um não tem cochão, os filhos e as mães dormem em tapetes.
Um morador me parou e falou: - sabe onde você tá pisando? Era minha casa.
Eu olhei era um monte de entulho.
Alguns perguntam como fazem para tirar documento, já que os deles queimaram.
Levamos uns advogados ontem para ver o que se podia ser feito, eles disseram que a mídia noticiou que as famílias não queriam ir para o albergue.
Eu perguntei se ele sabia como funcionava um albergue. Ele disse que não.
Então expliquei, falei que um colchão, uma tv, um aparelho de som, nada disso entra no albergue, falei que ninguém quer por os filhos pra acordar e dormir ao lado de gente que não conhece, que ninguém quer deixar a esposa num albergue para ir trabalhar, e que albergue tem número limite de permanencia, é tanta regra que ninguém consegue seguir.
Ontem foi o dia de ir levar algumas coisas para os moradores, que agora estão na encosta da favela, que é agora um amontoado de madeira, plástico e gente.
Vi senhoras dormindo em casas de um metro de altura, com 9 filhos, e agente tem que se segurar para não se derramar.
Quando fomos buscar os cobertores e alimentos, a Dag falou que também recolheram dinheiro, foi com esse dinheiro que fomos para o Roldão.
Então com o dinheiro na mão, fomos eu e o Eduardo Lonas no Roldão e compramos um monte de coisa e pegamos leite, absorvente, pasta de dente e papel higiênico
Chegando no acapamento, quase fomos saqueados, uma moradora quase pegou uma outra na porrada quando ela pegou um pão nosso, disse que ela já havia comido dois pães naquele dia, eu me segurei para chorar, dois pães... Foi tão pouco, que agente teve que sair ligando pra todo mundo, eu liguei pra tanta gente, pedi mesmo na cara de pau, sem papas na lingua, liguei para fornecedor, para amigo, para empresa, hoje chega algumas coisas nas lojas pra gente mandar pra lá.
O Maurício mandou os pães pra eles hoje de manhã, valeu parceiro, que tudo na sua vida seja refletido nessa ato, mas tem hora que parece que agente jogou um grão de areia num deserto.
Logo a noite quando voltamos com o Maurício, o Cebola e o Davi, tinha um carro de policia atravessado na entrada, eu desci do meu carro e já fui trocar idéia pra ver o que eles queriam, só faltava eles tarem oprimindo os moradores naquelas condições.
Cheguei no policial mais magro e disse que precisava passar, que havia trazido alimentos, ele me chamou para a viatura, abriu o porta malas e falou.
- Agente também trouxe essa sopa, podiamos distribuir junto.
Eu fiquei bobo na hora, e para meus parceiros que também chegaram na frente da viatura para ver o que eles queriam foi um tapa na cara.
Ficamos distribuindo juntos, a sopa, pães, e a fila era imensa, tava na cara que a sopa não ia dar.
O Eduardo (F.C) colou com a família, eles trouxeram umas roupas, e depois o Eduardo falou que não entendeu nada, agente junto com a policia, ele só entendeu quando viu a distribuição.
- Isso é policial, o resto é gambé.
Eu não aguentei fui para o cantinho chorar, quando uma senhora que não tinha vazilha foi comer numa sacola de plástico, ela não queria comer naquela sacola, mas teve que comer, depois disso várias pessoas comeram também nessas sacolas de supermercado.
Isso em São Paulo.
As pessoas chegavam na gente, pediam leite, pão, coberta, e agente com tão pouco.
Distribuimos o material de higiene, e nunca vou esquecer uma senhora pegou um sabonete e disse: - graças a Deus.
meus agradecimentos: Davi, Fábio Honório, Maurício DTS, Fúria Negra, Eduardo Lonas, Xan, Fátima (família F.C.) que tá articulando as marcas de rap para doarem roupas, também aos 2 policiais que ficaram com agente até a madruga correndo com a distribuição e prometeram voltar hoje com mais coisas, ao Marcos M. que somou mesmo, e todos que anonimamente ou não colaram e contribuiram.
só temos uma coisa a dizer, obrigado.
24, 25, 26 de Agosto 2009

Hoje acordei as 7 da manhã, fui dormir ontem as 3, daqui a pouco o Eduardo cola pra gente levar mais coberta e fazer um sacolão pras pessoas.
Tá foda, se mais gente ajudasse, seria mais fácil, mas prometi que não ia ficar pensando nisso, agir, por menor que seja cada um de nós, agir é o caminho.
Dá hora o time que montamos, o bang do bem como dissemos. Hoje o helicóptero voltou de madrugada, dezenas de famílias ficaram com suas coisas durante a noite, beirando o córrego amontoram as coisas e ficaram no sereno, uma mulher me perguntou se depois a mídia ou os polícia ia levar eles pra algum lugar, eu engoli seco e não consegui responder, ela entendeu, pois o silêncio também é uma resposta.
Não tiveram pra onde ir, ninguém veio buscar. Entre uma conversa e outra, um vacilão falando que tinha muito oportinista na favela, muito cara que pegou casa sem precisar, pois já tinha seu barraco, logo foi calado pela multidão que beirava o córrego, com gritos um tiozinho chegou e falou que ninguém tava brincando de ter lucro ali não, que ninguém tava fingindo que precisava morar, que ele havia perdido tudo pro trator.
Num era difícil constatar isso, quem mora em torno da desapropriação tá ligado, centenas de pessoas procurando casa pra alugar, gente com imensas trouxas nas ruas, fogões, geladeiras, restos de móveis.
Eu num guentei mais, num vou mentir, fiquei malzão e sai pra pensar em outra coisa, não queria ver mais tanta lágrima.
um amigo viu minha revolta, disse que as outras pessoas em volta não se preocupam, pois não é a favela delas, eu fico pensando, será que só a nossa dor tem valor? será que a dor dos outros não conta?
uma rua abaixo e parece que não aconteceu nada, tudo suave, como se fosse com outro povo aquela treta toda. vou deixar essa foto ai no ar, as pessoas com suas coisas, tentando ir pra algum lugar.
talvez a ilha que o Sarney tem seria um bom lugar para se morar, ao contrário de tantas favelas, lá tem até energia elétrica com direito a gerador, ar condicionado e muito mais.
viva o Brasil. viva o governo do povo.

No dia 25 foi assim, ainda tinha gente pensando pra onde iria...

dia 24 - isso aqui é uma guerra








































Não foi fácil olhar aqueles rostos, lágrimas tentavam cobrir o vermelho que a fumaça trouxe.

perder tudo é falar bobagem, perderam o pouco que tinham.

800 famílias.

um terreno partícular.

a justiça em ação, nesses casos ela funciona, o terreno vai voltar para o proprietário, que por tanto tempo nunca foi lá usar.

tinha mais de 500 policiais.

Vai um grande salve pros bombeiros, que mesmo sem a água chegar, fizeram o possível para os moradores não perderem mais, muitos sairam passando mal intoxicados, também tinha uma equipe fiminina da PM que veio trazer água pra gente e leite, lição de humildade em meio ao caos.









Comunida Aldeinha


políticos O

pastores O

padres O

criminosos O

partidários O

Governador O

Senador O

Prefeito O

vereador O

deputado estadual O

Ong O

Familias 800

Literatura e Resistência


Palestra e Work Shop

Salve 22 de agosto
o trabalho não para e hoje tem atividades no novíssimo Ceu Capão Redondo, vai rolar exposição: história do C.R, exibição de documentário e apresentação Samba do Côco.
tudo a partir das 10 horas da manhã.
depois das 3 da tarde, a 1DASUL comanda a festa, com a exibição do documentário Literatura e Resistência, que conta a trajetória da literatura marginal e da marca 1dasul.
e logo depois vou fazer uma palestra na biblioteca recén inaugurada.
local: Biblioteca CEU Capão Redondo
Rua Daniel Gran , 1
Jardim Modelo /Capão Redondo
fone 5873/8083



já no dia 6 de setembro estamos montando uma work shop com o rapper espanhou Jota Mayuscula, os DJs, produtores e grupos de rap que quiserem pegar uma aula com um dos maiores nomes da produção européia, só se cadastrar com a 1dasul, é gratuíto e as vagas limitadas.
Realização: 1DASUL /10 anos.
apoio: Aecid/Embaixada da espanha no Brasil/Centro Cultural da Espanha.
o evento é gratuíto e visa fortalecer a produção de rap nacional.
endereço Rua Grissom, 80 A Parque Vera Cruz.
a 50 metros do metrô Capão.

abraços Ferréz





venha prestigiar os espaços da quebrada e fortalecer a nossa cultura.

11 hipocrisias



Na moral, eu evito falar de política, prometi que não ia mais perder tempo pensando nisso, mas como dizem, agente acorda e dorme politica.
bom, o nome desse curto texto é 11 hipocrisias.
o ato de fingir ter crenças virou regra no nosso país, quando um Godfather como Sarney é inocentado de 11 acusações.
logo ele, que com seu clã é responsável pelo pior Índice de Desenvolvimento Humano, logo no estado que ele tanto pos sua capitania. o Maranhão tem a distribuição de renda ruim, a mortalidade infantil é alta, o estado é um caos e muito atrasado em relação aos outros do país, que também não são lá essas coisas.
O que fica de bom, e ainda resiste é a cultura, e a voz dos que não se entregam ao comando dos sarneys nativus omicidiuns ereditariuns.
Ainda bem que o Ghóez que tinha tanta fé no PT não testemunhou o partido jogar fora o ultimo contato com a população pobre.
eu já estou descrente faz tempo, entre lutas da Globo e sua "a caminho da liderança Record" não sei o que é pior, sinceramente não sei, mas que a cobertura da inocencia do padrinho é menor que a guerra por quem é campeã de audiência ou de pilantragem, isso é um fato.
Ver o congresso, que também nunca foi um exemplo, virar uma casa de massagens é demais.
Acho que é por isso que o estilo gangster do rap de Brasilia acabou vingando tanto tempo, pois de influência lá tem um montão.
O menos perigoso é os caras do entorno, trabalhando, andando em ruas retas e casas de madeira, cavando estradas para alimentar os muleques, esses periféricos estão na mira, vivem nos jornais, se organizando em pequenas gangues, cada um com um símbolo.
Quem sabe não estão se espelhando nas grandes gangues que governam o país, e seus tantos partidos.
Pra se ter dignidade e ser atrelado a algum deles é complicado.
Por isso, são 11 motivos para agente ficar de olho, talvez não odiar a política, mas odiar o político, tá mais fácil.
ontem foi um dia triste, 11 vezes triste, final trágico de um decrépto, não estou falando do Sarney, estou falando do Congresso.

Ferréz

Palestra em Baurú, a próxima é CEU Capão Redondo


Exibição do filme Literatura e Resistência em Baurú foi muito boa, depois rolou uma palestra por mais de uma hora, e também uma grande pintura nos painéis do Sesc, a organização está de parabéns, um evento muito bonito e bem articulado.
fica ai meu protesto para que os outros sescs trabalhem dessa forma, portas abertas e real intenção de que o povo entre e participe.
Telas que antes eram brancas, ganhando traços e idéias.

De quebra conheci o Tatoo, um grafiteiro firmeza, que tem o site www.tvkills.com.br ;
de quebra a galera dos tags de Baurú presenteou a 1dasul pelos 10 anos da marca, vamos exibir os desenhos nas 3 lojas a partir de sexta-feira.





A literatura Marginal está fazendo seu trabalho,
mostrando que temos uma identidade e indo
de encontro a nosso povo.
o filme mostra isso, a batalha por cada centimetro
de respeito, por cada virgula de auto estima.
do gueto para o gueto nada mais verdadeiro.
pra mim, sempre é uma honra cravar uma
nova bandeira nessa história.
que a periferia seja vista como celeiro de
artistas, escritores, poetas, músicos.





Capão Rendondo, agora tem um pouco de Baurú, os tags foram trazidos com muito carinho.
agora a próxima exibição do filme será no CEU Capão, dia 22 do 8 a partir das 15:oo horas.

mudança de data

por motivos pessoais, a palestra desse sábado, dia 15 foi adiada para o dia 29, no mesmo lugar (centro de São Paulo).
já a palestra de dia 16 (nesse domingo em Baurú) continua confirmada.
abraço
E. Pires

Braço HQ do Selo Povo

O processo organizacional da Selo Povo continua a milhão, semana passada saiu o ISBN do Cronista de um tempo ruim, nosso primeiro livro, e nessa semana a gráfica começa a trabalhar nas primeiras 2.000 cópias.
Logo em seguida o Livro da Cernov começa a ganhar vida de fato, já está definido o número de contos e Rondônia vai ganhar a legitimidade que merece com essa grande escritora.
E como a casa das idéias periféricas não descansa, olha quem requisitamos para o selo de quadrinhos que estreará em dezembro, trazendo o álbum 1000 fitas, desenhado e colorido por Alexandre de Maio.
Lourenço Mutarelli prepara logo para Selo Povo
Lourenço Mutarelli está fazendo o logo do braço de HQ´s da Selo Povo, em breve vamos ver como o maior talento dos quadrinhos e um dos maiores escritores contemporâneos vê a editora da periferia. Tendo vivido tantos anos em Itaim Paulista, Lourenço com certeza vai surpreender.
o nome do braço de quadrinhos do Selo Povo, você vai saber no dia do lançamento, enquanto isso acompanhe um pouco da biografia de Lourenço.
Lourenço Mutarelli nasceu em São Paulo no dia 18 de abril de 1964. Cursou a Faculdade de Belas Artes porque queria pintar quadros, mas sempre sentia a necessidade de pintar também algumas palavras. Durante três anos, trabalhou nos estúdios de Mauricio de Sousa, no começo como intercalador e depois como cenarista, onde conseguiu deixar um pouco de sua marca sombria.Entusiasmado pelo grande número de revistas que surgiram na década de 80, tentou publicar suas histórias, mas elas eram consideradas muito "estranhas". Quando tentou fazer humor, criou o Cãozinho sem pernas, que, nos dias de hoje, ainda é lembrado com saudade pelos seus fãs.Iniciou sua produção em histórias em quadrinhos por meio dos fanzines, edições alternativas com pequenas tiragens publicadas com recursos de xerox ou pequenas impressoras, distribuídas pelo próprio autor. Seus dois títulos, Over-12 (1988) e Solúvel (1989) tiveram 500 exemplares impressos pela extinta Editora Pro-C, de Francisco Marcatti, importante nome nos quadrinhos underground na década de 80, e hoje são raridades muito bem conservadas nas mãos de seus fiéis leitores.Publicou ainda histórias de uma página na revista Animal, publicação mensal sob a editoração de Rogério de Campos, Fabio Zimbres, Priscila Farias e Newton Foot, e em outros títulos da Editora Vidente, de Gilberto Firmino. Com Marcatti e Glauco Mattoso editou a revista Tralha, também publicada pela Vidente. Tendo trabalhos premiados consecutivamente, Lourenço criou a trilogia do acidente, escreveu o Cheiro do Ralo, Natimorto, Jesus Kid e agora é autor da Companhia das letras.
mais sobre lourenço no site da Devir.

Diomêdes, personagem clássico de Mutarelli.

Exibições do Filme Literatura e Resistência

Segue as datas para a exibição do filme Literatura e Resistência, produzido pela 1dasul, que sai em 12 dias em DVD.
A as datas são do filme e das minhas palestras que seguem após o filme.

20/07/2009 Casa do Zezinho – Realizada.
23/07/2009 Casa do Zezinho /Parque Santo Antônio - Realizada.
Cooperifa data a definir Agosto.
15/08/2009 Associação Lado do povo - Centro
16/08/2009 Sesc Baurú
22/08/2009 Ceu Capão Redondo - 15 horas. inauguração da biblioteca.
ABERTURA DA BIBLIOTECA – 10h
* Exposição: “História do Capão Redondo”.
* Exibição do documentário: “Capão Redondo: Sintonia da Quebrada” de
Camilo Tavares.

APRESENTAÇÃO “SAMBA DE CÔCO”(Não é o grupo do Sérgio Vaz) – 11h
* Grupo de Dança Afro.

MARIA HELENA TOLEDO COSTA BARROS - 13h30
Livre-docente em Disseminação da Informação (UNESP).
* Discussão: “Quanto vale a informação? Quanto vale o conhecimento?”.
FERRÉZ – 15h
Ferréz é morador e escritor do Capão Redondo, publicou os livros: Fortaleza da Desilusão, Capão Pecado, Manual Prático do Ódio, Amanhecer Esmeralda e Ninguém é Inocente em São Paulo.

* Exibição do filme: “Literatura e Resistência”.
* Bate Papo com Ferréz: “Litera-cura, o livro como meio de resgate”.

Local: Biblioteca CEU Capão Redondo
Rua Daniel Gran, nº 01.
Jardim Modelo / Capão Redondo
Informações: 5873-8083

29/08/2009 Interferência- Jardim Comercial.
06/09/2009 Êxodus- festa 100% favela, sessões de 10 minutos entre as atrações.
09/09/2009 Sesc São Carlos - Mediação Marcelino Freire
30/09/2009 NPPE Jardim Capela.
25/02/2010 São José do Rio Preto – Festival Olho da Rua.
27/28 de abril 2010 Feira literária de Poços de Caldas.


Release
DVD Ferréz / Literatura e Resistência
Realizado pelos mesmos produtores do DVD 100% Favela (sucesso de vendas e de crítica). O documentário sobre a vida do escritor Ferréz em seus 11 anos de trajetória, traz as palestras, intervensões e viagens do escritor.
O documentário produzido pela 1DASUL Filmes, mostra a criação da nova literatura marginal, o lançamento de Capão Pecado, primeira obra de sucesso de Ferréz, assim como o trabalho feito na comunidade com a marca de roupa fundada pelo autor.
Aborda também suas passagens por palcos e projetos, em dezenas de comunidades, até suas viagens por, Itália, França, Alemanha, Portugal e Espanha, sempre tendo como foco a literatura.
Com depoimento do próprio autor, que também assina a produção executiva, o DVD traz ainda falas marcantes de amigos e parentes e participações como Chico César, Preto Ghóez, Lourenço Mutarelli, Lobão e Eduardo (Facção Central).
O DVD também mostra as obras que influenciaram o autor, a inovação no modo de distribuir as revistas lançadas em sociedade com a Caros Amigos, e ainda traz detalhes sobre o processo criatvo do livro Manual Prático do Ódio.
O DVD Ferréz / Literatura e Resistência ainda tráz como extras o processo criativo do autor e os videos clips, Periferia Lado Bom e Judas, ambas as faixa compostas e cantadas por Ferréz.
Lançamento 2009
Produção: 1dasul Filmes e Literatura Marginal Editora.
Participações: Chico César, Negredo, Eduardo (Facção Central), Lourenço Mutarelli, Lobão, Raimundo F.S, Maria Luiza Cotta, Preto Ghóez, Fábio Honório, Alexandre JJ, Nenê.
Duração: Aproximandamente 54 Minutos.
Extras:
Processo Criativo
Judas (video Clip)
Periferia Lado Bom (video Clip)

Interferencia.art.br


salve, o site do Interferência tá a milhão, com a nova entrevista do Paulo Lins, com mais de 40 minutos de extras, veja o cara que trouxe o livro Cidade de Deus para todo o mundo falando de literatura, politica, cotas e muito mais.

E tem ainda a entrevista do Sérgio Vaz que todo mundo tá comentando, lá também tem os extras, com o grande representante da poesia do gueto.

o site traz ainda Antônio Nóbrega, Albertina Duarte, Moysés (A286) Caco Galhardo, Glauco Mattoso, Eduardo (Facção Central), DJ Hum, Negra Li, Xico Sá e o quadro Litera-rua com vários talentos das quebradas. na semana que vem tem Hamilton, o criador do jornal NFL e fanzineiro de carteirinha que dá pau em muito pseudo jornalista choramingão por ai.

confere ai no http://www.interferencia.art.br/ ou na TV Cultura no sábado do dia 15.


Hamilton Tadeu - Fanzineiro
Sábado, 15/08/09, 19h00
Reprise Domingo 16/08/09, 1h30
programa Interferência
Ricardo Sêco
Marcos Mori
Lia Garcia
Marília Halla
Fernando DJ
Alexandre Bissoli
Ferréz
Saldanha
Tia Rai