Blog do escritor Ferréz

"AS PEDRAS NÃO FALAM, MAS QUEBRAM VIDRAÇAS"

Direção: Mário Pazzini

dia 12 de Abril as 19:30 no Itaú Cultural. Avenida Paulista

Ferréz e Sergio Vaz estréiam como atores (você acredita?) com direção de Mário Pazzini.

Rappin Hood se desliga do Manos e Minas (Fábio Rogério)


Ontem sexta - feira mais precisamente 22 hs meu companheiro de radio Rapin hoodme concedeu um depoimento que a comunidade Hip Hop pode conferir ao vivo em rede Nacional no programa Espaço Rap.

O programa que o mesmo apresentava na Tv Cultura " Manos e Minas" nao contara mais com sua intensa busca pela verdade. O motivo se deve a uma nao afinidade existente entre as partes para o bom andamento da nossa cultura com os telespectadores. Rapin hood declarou que nos ultimos meses a imcompatibilidade de genios profissionais desgastou sua luta diaria em colocar no ar um programa verdadeiro .

Sem visão cultural por parte dos diretores do programa para com a musica Rap , o que seria viavel se tornou inviável. Com propostas que nao se modelavam ao universo que se queria atingir , Rapin Hood se desligou e sente que o espirito da direção da Tv nao combina com o Hip Hop.

Triste noticia mas estamos certos de que a personalidade de Rudi teve o poder de abrir portas , mas o carater de mante las abertas foi mais louvável ainda . Obrigado pela autenticidade Rapin hood *Fábio Rogério
PS: Só pra deixar a rapa na sintonia de que as gravações do Interferência seguem normalmente na Barraca do Saldanha, nessa semana vamos gravar mais três convidados.
Desejo toda sorte na caminhada do Hood, que as portas estejam somente se abrindo para ele, que tanto batalha pelo hip-hop, também sei que esses são os votos do Buzo, que também continua com o seu quadro no Manos e Minas, bola pra frente e nada como um dia após o outro.
Ferréz

A Cultura de Rua a milhão

Salve, a cultura de rua vive uma fase a milhão, vários guerreiros estão na caminhada e agora estão promovendo a verdadeira revolução, aquela que muda de verdade as coisas e não fica só no discurso, acompanha aí um pouco do que com muito esforço e talento vai direcionando Sampa City.
Nas ruas jornal Boletim do Kaos, agora agente tem um veículo para divulgar tanta caminhada, o destaque do jornal para o esforço de Alexandre de Maio e Alessandro Buzo que correram contra tudo para fazer esse trabalho, e que tem patrocinadores da própria cultura, agora a coisa anda.
As matérias são espetaculares, e o preço????Grátis.










Mega divulgaçãod o grafite é feita pela Ação Educativa.





O DVd mais esperado do ano chega as lojas, G.O.G vem provar porque é o poeta do Rap Nacional.
eu que sonhei com isso, estou nas nuvens, destaque para participação de Sérgio Vaz.
Dia 15 é a festa de lançamento do Estudio 1dasul. tecnologia de ponta na quebrada para promover os talentos já existentes a tanto tempo.
é isso ai, muita coisa boa, muita idéia na cabeça. Ferréz

A natureza de Nêgo J.

A natureza de Nêgo J.

Pediu para agente ir com ele, ninguém botava muita fé no que falava.
Não era nada sério, tipo o cara não tem palavra na quebrada, era mais uma coisa assim, como ele brincava muito, pouca coisa era tida como verdade.
Não sabia bem o que queria da vida, não que isso também importasse, afinal não faria diferença se ele quisesse ter outros planos, sua vida era mais ou menos como a dos outros moradores, parecida assim como uma folha carregada pelo vento.
Já tinha três filhos, o nego na frente do nome não era bem o efeito da sua cor, era um apelido mais por falta de criatividade, afinal tantos, pernambucos, cearás, que não tinha mais vaga pra ninguém.
Era estranho sim o jeito que se vestia, chapéu de couro, botas longas, sempre com a camisa aberta e de bermuda jeans, quem olhasse ao longe já veria que aquele homem não se olhava no espelho, muito menos escolhia roupa para usar.
A casa perto do córrego também tinha um ar de abandono, os filhos viviam brincando no escadão que dava acesso a Cohab. Subiam e desciam correndo, com um risco tremendo de caírem dentro do córrego.
De uns tempos pra cá começou a aplicar nesse carro véio, um Corcel cortado na traseira, adaptado tipo caminhão, com um monte de madeira servindo de baú.
Dentro dele tinha tudo, quando fazia bico de pedreiro carregava, pá, enxada, andaime. Quando decidia catar papelão era outros quinhentos. Quem nunca viu Nêgo J. molhando a imensa pilha para pesar mais.
Como morava próximo a Cohab sempre olhava para o morro cheio de lixo, pensava que podia ser uma floresta, até o dia que pirou o cabeção e foi lá com uma enxada cavar e plantar,
Muita gente gozou desse homem nessa época, tava maluco, fazer plantação em beira de favela era coisa de desocupado, mas Nêgo J. nunca ligou pros zoutros, se não teria que mudar sua maneira de ver as coisas, e já se achava velho pra isso.
E num é que o barranco virou uma plantação bonita, chamada por ele de “meu sítio” e quando ficou pronta que ele parou de envolver agente nesses passeios onde sempre agente terminava em frente de um terreno cheio de mato, onde ele falava que um dia ia comprar.
Mas nóis é tudo da quebrada, e sabe que história bonita não dura, e o “sitio” de Nêgo J. virou ponto pra maconheiro, pra catar mulher e mais um monte de besteira, que o homem nunca aprovou. Acabou foi abandonando o lugar, cheio de mato que ta lá agora.
Foi mais legal a época da mobilete, o bicho fez uma obra grande, chapiscou parede até a mão engrossar e com esse dinheiro sacou uma mobilete, a bicha fazia um barulho monstro, parecia mais um trator, quem chegasse naquela hora, antes dele soltar a danada, diria que aquilo tudo iria pra os ares, mas em vez disso a arrancada da bicha jogava pedregulho pra traz.
E foi com ela que foi pra Campinas, Juquitiba, Itapecerica da serra, o homem varava tudo que é verde, quando podia lá ia ele, com a camisa aberta, uma mochila véia nas costas com duas garrafas de refrigerante cheias de gasolina e muita coragem, ou seja lá o que era aquilo.
Foi muito engraçado o dia que chegou todo rasgado, disse que um caminhão tentou matar o sonho dele de nadar na cachoeira da biqueira.
Aquele homem não podia só ficar nos bares como todo mundo? jogando seu bilhar? tomando sua pinguinha? não! Em vez disso tinha que tentar ser diferente, tinha que pensar tanto em planta.
E porque se gostava da natureza tanto assim, trabalhava de pedreiro, jogando cimento em tudo que é lugar?
Acontece que Nêgo J. começou a ficar doente. Todo mundo vinha me falar que o homem tava em depressão, na favela pra quem não sabe, depressão é sinônimo de vagabundagem, ou até de frescura mesmo.
Eu como todo mundo, só ouvi. É tanto problema que agente acaba num se envolvendo em tudo, e além do mais ele me devia uma obra que nunca terminou, fato que depois perdoei, acabei falando com ele mais umas vezes, ainda mais quando estava mamado.
Também, quem me culparia? O homem já chegava contando piada, dizendo isso e aquilo de um jeito que contaminava todo mundo, a favela podia ta sinistra, que se iluminava quando ele chegava já fazendo graça.
Tem gente que é assim mesmo, vive de palhaçada que é pra esconder alguma tristeza embutida.
Tem um lugar aqui que chama parque Santo Dias, um monte de gente corre nele, outros levam as crianças pra dar um role. Foi posto esse nome dedicado a esse cara que lutou por algo de valor, pelo menos é o que todo mundo fala.
Mas o fato é que todo mundo aqui chama o lugar de “mata”, foi no meio da mata, entre as árvores mais altas, que Nêgo J. se enforcou.
Diz o pessoal ai, que juntou tudo né? Desemprego, depressão, esses negócio tudo junto.
Pensando bem não era, frescura nem vagabundagem.
Com tanta vastidão de verde nesse pais, tudo aí parado, mas cheio de dono, até que não era querer muito, ter assim um pedacinho de terra com verde, pra ele de repente plantar um pouco de esperança.

Dedicado a Nêgo Jaime.
Ferréz é datilógrafo e já digitou 5 livros.

Resumo de tudo (o que é 1dasul, novidades da L.M)


Em abril o melhor estudio da Zona Sul de São Paulo vai ser inaugurado, um trabalho de vários anos, agora se firma e vem provar de uma vez por todas, que enquanto alguns falam de crise no Hip-Hop e na música em geral, outras dão um passo além e fazem a cultura continuar sua caminhada.
pra periferia? o melhor!
especializado em masterização, produção musical, mixagem e gravação de audio book.
Rua Grisson 80-A, Capão Redondos, a 50 metros da estação Metrô Capão redondo.
fone (011) 5512-7488

Atenção: temos um acervo para produção com mais de 10.000 discos.

1DASUL 1999-2009

Veja um pouco da marca, o que significa e as novidades para 2009, que incluem a editora L.M.


esse ai é o Adriano, que tá somando com a gente, e fazendo a marca ganhar mais qualidade.


ele também é dono da marca ARTFUL.
Quando vejo alguém como essa senhora, me sinto realizado, ela vende Yakult e anda com o adesivo.


Scooby, cantor gospel, que hoje mora no Rio de Janeiro e tá junto e mixturado com a 1dasul.




um puta cara que representa a perifa tanto nas músicas como na sua vida pessoal, nasceu e se criou aqui e agora é um dos maiores cantores conhecidos no meio.




essa foto foi tirada na Flórida, lojas de lps no centro de Sampa, veja nosso vinil (o último vinil feito no Brasil) competindo com os gringos.







esse é nosso caderno, produzido no ano passado, em papel reciclável, totalmente produzido no bairro do Capão.


nosso sonho e banir os cadernos ridículos que os manos e minas daqui tem que levar para a escola.


quem inventou o caderno foram os alunos, que colavam adesivos na capa, tampando surfistas musculosos e loiras de biquini...



1DASUL 10 anos (1999-2009)


Teve um leitor, que se diz oprimido por não usar a marca, ele mora na perifa mas diz que não gosto, ora! todos temos gostos distintos, embora eu tenha sido tanto tempo oprimido por Nikes, Adidas, Paka Lolos, Hangs Looses da vida, hoje pelo menos tem uma parte da quebrada que usa algo que tem a ver com ela.


Agora gosto é gosto, e uma dica eu dou, acha que agente num tá fazendo algo a altura? legal, mas faça então do seu jeito, pois aí quem sabe agente até aprende? agora criticar de braço cruzado é sacanagem.


O mesmo leitor diz que não gosta de marcas, e arranca a etiqueta e põe um pat do Guevara,. legal... mas num vale por um pat do Guevara produzido na China...Certo?












Uma das festas patrocinadas pela 1dasul.


Eu, Eduardo (Facção Central) e Davi na loja 1.
Eu trabalhando na loja 1, e Gilberto também arrumando a loja, ao fundo.




O que é 1DASUL?


A 1dasul foi fundada em 1º de Abril de 1999 e tem como idéia ser uma marca voltada para a periferia, sendo desenvolvida por talentos urbanos, criando assim uma identidade autêntica com essas partes da cidade.
O nome vem da idéia de todos sermos 1, na mesma luta, no mesmo ideal, por isso somos todos 1 pela dignidade das periferias.
A marca com o tempo se tornou uma resposta do Capão Redondo e outras áreas para toda violência que nele é creditada, fazendo os moradores terem orgulho de onde moram e lutarem para um lugar melhor, com menos violência e mais esperança.
Nós, brasileiros descendentes de escravos e índios nunca tivemos um símbolo sobre nossa linhagem, o logotipo da 1DASUL em forma de fênix e com o número 1 em destaque é uma forma de termos nosso próprio brasão, e ele tem esse sentido de juntar a periferia.
O logotipo da 1DASUL tem como idéia ser um brasão do nosso povo.
O brasão tem sentido de unidade e traz a idéia de um povo que se une para lutar pela preservação da sua cultura.
A marca é socialmente justa, e desde janeiro de 2009 a empresa foi dividida também para os funcionários.
Outra atitude da marca é ter mais de 90% dos produtos produzidos em periferia.
Um exemplo são os bonés, bordados a mão e pagos ao fornecedor acima do mercado.
A marca 1DASUL patrocina quermesses, festas comunitárias, shows de Hip-Hop, além de oficinas e palestras literárias, também ajuda a manter projetos sociais na Zona Sul de São Paulo.
Por isso, quando por a 1DASUL no corpo saiba que você está também usando uma idéia de mudança, você está somando para a auto-estima do nosso povo.

Para a periferia sempre o melhor.
1DASUL a primeira marca exclusivamente feita dentro de um bairro.

Saudações.
Ferréz
http://www.1dasul.com.br/
http://www.ferrez.blogspot.com/
http://www.ferrez.com.br/
Paco e Ramiro, pai e filho que fazem os adesivos e as letras caixas da 1dasul. veja o sorrizo dos meninos..


são da quebrada do Parque Sto. Antônio.

a partir do próximo mês em todas roupas e artigos da marca, colocaremos um folheto com os danos psicológicos e doenças que o álcool, cocaína, maconha e cigarro causam. já que nenhum desses alteradores de realidade vem com bula.


Esse ai é o Kilo Barros (filho do Plínio Marcos), com uma amostra da capa do Selo Povo, volume Lima Barreto.




A 1dasul agora vem através do nome Literatura Marginal lançar a coleção Selo Povo.


livros de bolso, vendidos na quebrada por um preço que num dá pra uma cerveja e meia.






bom...pra finalizar o que é o post mais longo que já fiz nesse blog, olha se a periferia num tá pirando?


Gorki e Carolina de Jesus grafitados?


não! acho que finalmente encontramos o nosso caminho.




Ferréz






Hermann Hesse







O escritor Hermann Hesse nasceu em Calw em 2 de julho de 1877 .
Nascido no seio de uma família muito religiosa, filho de pais missionários protestantes (pietistas, como é típico da Suábia) que tinham pregado o cristianismo na Índia. Estudou no seminário de Maulbronn, mas não seguiu a carreira de pastor com era da vontade de seus pais. Tendo recusado a religião, ainda adolescente, rompeu com a família e emigrou para a Suíça em 1912, trabalhando como livreiro e operário. Acumula então sólida cultura autodidata e resolve dedicar-se à literatura.
Travou contato com a espiritualidade oriental a partir de uma viagem à
índia em 1911 e com a psicanálise por meio de um discípulo de Carl Gustav Jung, em decorrência de uma crise emocional causada pela eclosão da Primeira Guerra Mundial. Estas duas influências seriam decisivas no posterior desenvolvimento da obra de Hesse.
Procurou construir sua própria
filosofia, a partir de sua revolta pessoal (Peter Camenzind, 1904) e de sua interpretação pessoal das correntes filosóficas do Oriente (Sidarta), e em especial em O Lobo da Estepe (1927), que é também uma crítica contra o militarismo e o revanchismo vigente na sua terra natal depois da Primeira Guerra Mundial. Esta postura corajosa o fez bastante popular na Alemanha do pós-guerra, depois da desnazificação.
Em
1946 ganhou o Prêmio Goethe e, passados alguns meses, o Prêmio Nobel de Literatura.

Herman Hesse bibliografia
Os livros de Hesse são facilmente encontrados em sebos, e tem o preço bem em conta, destaque para Demian e Sidarta que são os mais conhecidos, mas em baixo eu coloco uma bibliografia completa, menos o primeiro de poesia que é totalmente impossível de se achar.
Alguns nomes em alemão foram mantidos, pois os mantive fiéis como esses foram os títulos lançados aqui, e alguns por não terem sidos traduzidos para o Português.

1898 Canções românticas
1899 Eine Stunde hinter Mitternacht
1903 Peter Camenzind, romance
1904 Bocaccio, biografia
1904 Francisco de Assis, biografia
1905 Debaixo das rodas (Unterm Rad), romance
1907 Diesseits, cinco contos
1908 Nachbarn, cinco contos
1910 Gertrud, romance
1911 Unterwegs, poesias
1912 Umwege, contos
1913 Aus Indien
1914 Rosshalde
1915 Musik des Einsamen, poesias
1915 Knulp, romance
1919 Demian, romance
1920 Blick ins Chaos, Aufsätze
1922 Sidarta (romance) (Siddhartha), romance
1923 Trost der Nacht, poesias
1927 O Lobo da Estepe (Der Steppenwolf), romance
1928 Betrachtungen
1928 Krisis, diário
1930 Narciso e Goldmund, (Narziss und Goldmund), romance
1931 Web nach Innen, quatro contos
1937 Neue Gedichte
Correspondência com Romain Rolland
1943 O Jogo das Contas de Vidro, romance
1946 Dank an Goethe
1946 Der Europäer, considerações
1952 - 1957 Obras Compiladas, 7 volumes
Contos
Este lado da vida, romance,
O livro das fábulas, romance,
Pequeno mundo
1955 Beschwörungen, prosa tardia
1959 Viagem ao Oriente (Die Morgenlandfahrt), romance
Atenção: alguns títulos foram mudados quando os direitos foram adquiridos por outras editoras, como é o caso do livro de contos.




Curiosidade: um dos únicos autógrafos no mundo, que Hesse deu durante a entrega do prêmio Nobel encontra-se na periferia da Zona Sul de São Paulo.
Se algum leitor(a) tiver dúvida sobre algum título, como a história, capista, editora, ano de lançamento ou nome de tradutor etc, favor deixar um post que eu respondo.
Ferréz

...protesto...


...

1000 fitas...

Salve
essa é a nova coleção 1dasul, desenvolvida totalmente na zona super de sampa city.
coleção 2009.
Molentos full print.
Camisas pólo e muito mais, a marca que representa a quebrada atinge um novo grau de qualidade esse ano, essa mudança também acontece nos bonés e toda linha secundária.
O nosso objetivo.
deixar a periferia maravilhosamente linda...




A escritora Cernov, veio de Rondônia conhecer o projeto Interferência, e ficou o dia todo colada com as crianças, ou vice-versa?
bom, e também fizemos a reunião para a coleção Selo Povo, ela é a segunda autora a sair na coleção.
O nome do Livro: Amazônia em chamas.
ontem foi um dia muito especial também, fiz reunião com o representante do espólio de um grande escritor...vou deixar para fazer surpresa, mas a coleção está cada vez mais forte.

Bom, e na parte de video, a L.M Editora e a 1dasul lançam o DVD em junho com direito a tela grande e tudo, e o piór é que agente tá ficando nojento, até animação de introdução agente fez...quem diria heim? se cuida Tom e Jerry, agente tá nas pistas...





Cultura de periferia, para periferia, quem duvidou ficou pra tráz, e pode ter certeza, que o trabalho é constante, muitas vezes ingrato, mas sempre teve um rumo...
a verdadeira revolução.
a da cultura.
Ferréz/1dasul/L.M. editora.

Mais um evento do Buzo...


Segue o cartaz do Suburbano no Centro, o evento que o Buzo faz já uma cota, e que mostra que agente além de escrever livro, fazer projeto social, palestra e tal, ainda dá uma força pro rap.
o Sérgio Vaz também começou um novo projeto o Rima Falada, que será na Casa Popular de Cultura M´Boi Mirim.Rua Inácio Dias da Silva s/n -Largo de PiraporinhaPeriferia - São Paulo Infs. 55143408 Entrada franca
na segunda terça de cada mês.
e que quiser colar no sábado, na associação Interferência, fica no Jardim Comercial, travessa santiago, a partir das 13 horas, mas num leva câmera nem plaqueta pra entrevista, nem proposta de projeto, nem tese... cola pra trocar uma idéia que já ta bom demais.

De Chico Buarque a Ferréz. Palavra (en) cantada estréia em SP




Palavra (en) Cantada, o filme de Helena Solberg e Marcio Debellian.
Premiado documentário que discute a relação entre poesia e música, letra e canção por meio de depoimentos de feras como Adriana Calcanhotto, Antonio Cícero, Ferréz, Caetano Veloso, Chico Buarque, Lenine, Maria Bethânia, Tom Zé, etc.
Em cartaz no dia 13 de março e antes já no dia 10, terça que vem, haverá uma exibição gratuita no Cine Bombril, (Av. Paulista 2073 Conjunto Nacional (11) 3285 3696.) às 20 horas, dentro do projeto Folha Documenta, acompanhada de um debate-papo entre Marcelino Freire, os diretores e Ferréz e Luiz Tatit. Imperdível.
sinopse
Palavra (En)Cantada é um documentário de longa-metragem (86min), dirigido por Helena Solberg, que percorre uma viagem na história do cancioneiro brasileiro com um olhar especial para a relação entre poesia e música. Dos poetas provençais ao rap, do carnaval de rua aos poetas do morro, da bossa nova ao tropicalismo, Palavra (En)cantada passeia pela música brasileira até os dias de hoje, costurando depoimentos de grandes nomes da nossa cultura, performances musicais e surpreendente pesquisa de imagens.O filme conta com a participação de Adriana Calcanhotto, Antônio Cícero, Arnaldo Antunes, BNegão, Chico Buarque, Ferréz, Jorge Mautner, José Celso Martinez Correa, José Miguel Wisnik, Lirinha (Cordel do Fogo Encantado), Lenine, Luiz Tatit, Maria Bethânia, Martinho da Vila, Paulo César Pinheiro, Tom Zé e Zélia Duncan. Imagens de arquivo resgatam momentos sublimes de Dorival Caymmi, Caetano Veloso e Tom Jobim.A maioria das entrevistas foi realizada na casa dos entrevistados, em atmosfera intimista, com o registro de declamações e canções especialmente para o documentário. Poemas de Fernando Pessoa, João Cabral de Melo Neto, Hilda Hilst e pérolas de nossos grandes compositores conduzem o roteiro do Palavra (En)Cantada. Entre as músicas do filme estão Choro Bandido (Chico Buarque/Edu Lobo), Alegria, Alegria (Caetano Veloso), Alvorada (Cartola), História do Brasil (Lamartine Babo), Inclassificáveis (Arnaldo Antunes), Fábrica do Poema (Adriana Calcanhotto/Waly Salomão), 2001(Tom Zé/Rita Lee) e O Mar (Dorival Caymmi).

O que é o Selo Povo?


Selo Povo
Selo feito para livros de bolso, livros esses escritos por e para mãos operárias, rebeldes, marginais, periféricas.
Que possa alcançar o público despossuído de recurso que geralmente vê o livro como um item raro e elitista.
Um vinho guardado e nunca degustado, enquanto queremos que todos bebam pelo menos sua tubaína diária.
Um selo em um livro de bolso, para ser posto na sexta básica, para ser lido na rua, no horário de almoço, nas prisões, nos acampamentos, nas zonas, nos bares, barracos e barrancos desse imenso país periferia.
Esse selo garante um livro de fácil leitura e que será lido, relido, emprestado, e gasto, andando de mão em mão até que volte para onde veio, a vida.
Ao preço de 1 cerveja e meia, e mais barato que um prato feito, a desculpa para não ler acabou.
Bem vindo ao Selo Povo, feito pra você e pra todo mundo.

O Selo Povo é o primeiro projeto totalmente feito pela editora Literatura Marginal, terá 8 livros.

O primeiro será "Cronista de um tempo ruim" Ferréz, seguido por "Guilhotina" de Cernov.

veja logo abaixo quem é Cernov, que chegará a São Paulo nesse sábado para conhecer a editora e acompanhar a revisão do livro.
Catia Cernov é escritora amadora, tem 40 anos, 3 filhos. Nasceu no Paraná e migrou para o norte, mora há muitos anos em Porto Velho-RO. Publicou seu primeiro texto pela Literatura Marginal Ato III, da revista Caros Amigos. Tem publicado seus contos e poemas de forma independente, ela mesma escreve, edita, imprime e distribui em bancas de revistas, livrarias e sebos. Também vende seus livros pessoalmente nas ruas, nas praças, nos bares, escolas, universidades, e por todos os lugares onde costuma viajar. O que mais aprecia nesse estilo de trabalho é a possibilidade de interagir pessoalmente com seus leitores. Seus contos são experiências do pensamento, fruto de devires que nascem de seu universo em movimento.
já estamos cadastrando pessoas ou entidades para representarem o Selo Povo e a editora Literatura Marginal, basta mandar e-mail para literaturamarginal@ibest.com.br com nome, telefone, endereço, e bairro que pretende distribuir.
os livros serão vendidos a R$ 5,00 e pretendemos fazer eles circularem onde é mais preciso, nesse imenso país periferia.

vamos montar nossa própria rede e ficar de pé, porque de joelhos não dá pra caminhar.

Ferréz/M.Jolnir/C.Cotta/

blog. www.editoraliteraturamarginal.blogspot.com

Associação Interferência todo sábado.

Salve.
Nesse sábado, foi a segunda vez que abri a Interferência.
Fica no Jardim Comercial, na Travessa Santiago.
A casa que era do Sebastião, virou um antro...de leitura.
Era um entra e sai tamanho, que tive que varrer a entrada três vezes.
disputando com bares e igrejas, e sofrendo lado a lado com o auto som do funk carioca, a casa da leitura seguiu firme e mostrou que quem diz que nosso povo num quer nada está no mínimo mal informado, portanto precisa ler.
Os meninos e meninas que entraram, ficaram por várias horas, lendo e ajudando a organizar.
Incrivel foi que desde o primeiro sábado quem me ajudou foi só as crianças, até na hora da limpeza não veio nenhum adulto.

Os gêmeos dividiram a cadeira e leram o mesmo livro.


Um a um agente vai falando da importância de ler.



A movimentação foi intensa, e nesse dia o bar perdeu os espectadores, já que antes as crianças ficavam acompanhando os jogos de truco e de sinuca.
teve uma mãe que entrou e disse que nunca tinha visto a viela tão calma.




esse num quis nem sentar, não deu tempo, a vontade de ler pegou ele primeiro.
Agora vou correr atráz de um projetor, já que todas crianças falaram de passar filmes, e até trouxeram uns dvds piratas, vê se pode um negócio desses?
bom, ainda temos 3 cômodos pra ocupar, então vem muito mais por ai.
seguimos firme e forte na missão.
Interferência.
um projeto de Ferréz e Dagmar Garroux.
Viela Santiago número 23 - Jardim Comercial - Capão Redondo.
Aberta inicialmente todo sábado.