http://www.youtube.com/watch?v=J8LvuYhS3GM
Clip do Tr3f e mais.
http://www.youtube.com/watch?v=J8LvuYhS3GM
É engraçado, vejo muitos manos dizendo que não temos nada a ver com essa guerra, que temos nossa própria, certo, certo, vamos lá, temos nosso próprio inferno, temos nosso próprio sofrimento, e o das outras pessoas não interessa? Se quisermos revolucionar, podemos esquecer outras etnias? Podemos deixá-las entregues a sorte de um poder capitalista tão medíocre a ponto de contar dólares e esquecer de contar vidas humanas?
A resposta é não.
Devemos olhar, perceber, escutar, raciocinar e então julgar, nem sempre o super herói que vemos toma suas próprias decisões.
Os Estados Unidos acusam o Iraque de violar o acordo de Genebra, pois o Iraque mostrou prisioneiros de guerra ao vivo.
Só que 700 Iraquianos se entregando, sendo postos de joelhos, desfilando com bandeirinhas brancas a mando de soldados que lhe apontam armas que fazem parte do maior poder bélico da terra não é violação?
Jogar sete mil mísseis em Bagdá, mísseis vindo do auto, ditos armas inteligentes, pois saibam senhores de Roma, ops! Me desculpa, senhores americanos, não existem armas inteligentes, pois arma e inteligência não ficam na mesma frase.
Ditos palácios, mas na verdade casas periféricas de Bagdá.
Ditos soldados, mas na verdade cidadãos que não querem o império lhe dizendo o que fazer.
E a ditadura de Sadan?
Desde quando os Estados Romanos Unidos se preocupam com ditadura? Logo eles que patrocinaram a nossa, que ajudaram a matar nossos melhores alunos, que nos implantam um tal de FMI bem no meio das nádegas brasileiras.
A NBC, a Fox, a CNN, todas as emissoras com tom patriótico narram uma guerra que só existe para um lado, Guerra no Iraque é piada, devia ser Massacre no Iraque.
A Invasão, a Ocupação que nunca foi autorizada por ninguém, é chamado suavemente de Operação Liberdade do Iraque.
Só que ninguém fala que o Sadan alimenta 60% do seu povo com sextas básicas, e que essas pessoas não vão mais contar com esse alimento por causa de uma guerra por petróleo.
Sadan não é santo, e sim um assassino frio e com milhares de mortes nas costas, mas quem dirige uma nação hoje em dia que não é a mesma coisa? Os próprios americanos hoje estão envolvidos em mais de 40 guerras paralelas, desde Somália até fornecimento de armas para o exército Boliviano.
Temos tudo a ver com a guerra ao Iraque, somos minorias assim como eles, minorias perante o imenso Império de chapéu branco, vermelho e azul, agora nesse momento o Império invade pelo sul, pelo norte, pelo oeste, mostrando que faz o que quer.
O massacre ainda não começou de fato, que sabe um pouco a história do Vietnã viu no que deu, uma derrota humilhante para os norte americanos, o mais triste são os movimentos pacifistas, representados por todas as categorias, menos a nossa, até lá nos EUA todas as classes artísticas se movimentaram contra a guerra, e o Rap nada, é até bom, assim podemos começar de ajudar na guerra não comprando os cd´s dos Wu Tang clãs da vida, afinal as gravadoras estão ao lado das indústrias do fumo e das armas no ranking de maior faturamento.
Vamos valorizar a produção nacional, as gravadoras independentes, as marcas de roupas, as distribuidoras, e apostar no novo, a autogestão é um caminho para a nossa cultura, nós mesmos consumindo o que os nossos produzem, sem deixar o dinheiro na mão de pessoas como eles, que promovem a guerra, esse é o poder de indústrias como a Nike que ajudam a patrocinar os tanques para matar as crianças palestinas, iraquianas, indianas, moçambicanas, paraguaias, bolivianas e por ai em diante.
lançamento do Buzo imperdível, e texto de Vaz.
O lançamento do livro do Buzo está chegando, a segunda edição do livro "Guerreira"que agora sai pela editora Global, e faz parte da coleção literatura periférica está com o dia marcado.
confere ai o convite, e pode ter certeza, quem é periferia vai colar...
O Bangue vai ser na Livraria Nobel, quem perder tá de vacilo.
Agora confere o texto que o poeta-raivoso-cachorro-loko-vagabundo-nato-guerreiro-até-umas-horas- Sérgio Vaz escreveu em seu blog. é isso ai Vaz...fogo na cumbuca.
Zé povinho é o caralho.
Por conta do bom momento que vive a literatura na periferia, vários intelectuais estão escrevendo que a gente só fala de violência e que produzimos uma literatura menor. Salvo raríssimas exceções, os poucos intelectuais que gostam da gente tem medo de nos defender. Covardes! Pode até ser que o tema violência seja uma constante, mas pregamos, constantemente a paz.Haja visto a quantidade de bate-papos, recitais, oficinas que são feitos gratuitamente nas escolas públicas das quebradas. Gente com eu, Buzo, Ferréz, Sacolinha, entre outros, temos cultivado a palavra no meio da molecada, pregando o amor ao livro e a escola.Caralho, esses filhos da puta só sabem falar mal da gente, então por quê eles não fazem? Temos vários endereços de escolas na periferia para eles palestrarem e mostrar o quanto são sábios. Sim, várias escolas que mais parecem presídios. Pois é, é dessa violência que nós falamos.Passem pela manhã por alguns botecos para ver uma legião de desempregados dividindo uma dose de pinga para sustentar a frustação de não poderem alimentar uma família.Alguém deles quer tomar um café num barraco todo de madeira com o esgôto passando pelo quarto, ao lado dos ratos? Ninguém quer, nem nós, é por isso que lutamos. É dessa violência que falamos.Alguns desses ilustres pensadores já tomaram uma geral da polícia nos moldes: "Mão pra cabeça vagabundo!", mesmo com a carteira assinada ou o holerite no bolso? Ser suspeito apenas por morar da ponte pra cá? É dessa violência que falamos.Quando estiverem passando mal de saúde me avisem que eu vou marcar uma consulta no hospital Campo Limpo pra eles. "Dor nas costas? Aspirina! Câncer na próstata? Aspirina! Meningite? Aspirina!", é dessa violência que falamos.Pois é, mesmo sob toda esses contras e o preconceito da academia, nós estamos nas escolas falando de literatura e recitando poesia. Editando livros e mais livros, realizando sarau e mais saraus nos botecos que substituem os museus, cinemas, blibiotecas que eles tem a primazia de frequentar.Vão tomar no cu. Vão pras putas que os pariram. Se querem fingir que moram em Paris, que se fodam, mas não atrapalhem a nossa caminhada. Se querem ficar masturbando a literatura em mesinhas de bares da moda, tem todo o direito, mas não fiquem falando sobre o que não conhecem.País do caralho, país de bosta, lugar de gente medíocre, hipócritas, abutres miseráveis, só mesmo num país como esse é possível ver artistas , escritores, intelectuais ricos e famosos com raiva do Zé Povinho, só porque está escrevendo livros. É possível acreditar nisso?Como eu disse anteriormente, a periferia é um país dentro do Brasil.
Somos os mexicanos da elite?
Nem fodendo. Viva Zapata!
"Tô com o zóio pegando fogo".
Um sorriso no rosto e os punhos cerrados,
Sérgio Vaz
Tropa de Elite piratão
Leitura de Ninguém é Inocente em S.P
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Ferréz e Guillermo Fadanelli (México)
A tradutora, eu e o Pedro que falou muito bem sobre o crescimento das mega cidades.
Essa foto, mostra a chegada das pessoas para o evento.
Olha o tamanho da fila para a sessão de autógrafos, no final da palestra.
Todas as fotos foram tiradas por Constance Elset, a quem agradeço pela tradução e companhia inestimável nos dias em Berlim.
Primeiro os pequenos
a Palestra dos dois horários foi um sucesso e no final todos juntos cantamos um Rap, os meninos de Moçambique entre eles o João arrebentaram na hora do Break.
Voltei.
Canão, Paquistão, Capão.
Ferréz
Fotos de Passo Fundo
aqui, foi quando chamei os manos do Hip-Hop pra rimar, fizemos free style junto com Ignácio de Loyola e vários escritores.
Esse ai é o Ziraldo, nunca vi ele assim, estava passando mal durante todo o evento, espero que tenha melhorado, quem conhece o ser humano que ele é com certeza vai achar essa foto estranha. imagina um homem que conta piadas a noite inteira sem repetir nenhuma.Pra realizar meu sonho de vez, só falta em 2009 estar todos da Literatura Marginal lá, Vaz, Buzo, Dinha, Allan, Sacolinha, Fuzil, Serginho Poeta, Maurício Marques, Maurício de Rua, e muitos mais loucos desse mundão. Mas do jeito que anda, num vai demorar nada pra isso acontecer.
Favela Jardim Edith
Vinil duplo da 1dasul
Termina a Jornada
Essa é a Tânia, que recebeu agente no hotel e deixou a única regra de Passo Fundo para os escritores.
esse ai é o Rui, autor que me lembrou muito o B Negão.
Esse ai é o Spacca que nos acompanhou no almoço, um dos maiores cartunistas do Brasil, e muito sangue bom, queria me dar até seu ticket de vinho, mas informei a ele que eu não bebia.
para terminar essa narração, fica ai a foto do Ignácio, que me entregou o prêmio de Passo Fundo e me fez rir muito no ônibus quando embarcamos para Porto Alegre.
A Jornada de Passo fundo foi um marco para a literatura nacional, não é atoa que a cidade foi eleita e reconhecida como a Capital Nacional da literatura no Brasil, recomendo a todos que daqui a 2 anos, vão ver de perto o que é um verdadeiro evento literário, onde é feito um trabalho de muitos meses sobre os autores nas escolas, bem diferente da Bienal de São Paulo e suas convidadas Xuxas da vida, onde o mais importante é ter milhares de crianças andando pra cima e pra baixo atráz de algum global famoso, roubando a brisa dos escritores que tanto lutam por algum espaço para simplismente contar uma história.
vou postar as fotos do evento em breve, assim que chegarem em sampa, afinal no hotel a hora da internet é 2,50 por 15 minutos, imagina quanto ficaria esse texto completo?
abraços
Ferréz