Blog do escritor Ferréz

Salve

Salve rapaziada firmeza, estamos ai em pleno domingo lembrando de mandar um salve para o Blog que aos poucos as pessoas estão vendo.
bom de novidade eu voltei para o começo, fiz o primeiro numero do zine 1dasul que ficou pronto esse mês, e já está sendo divulgado por ai.
também fechamos a distribuição dos nossos livros com a Porte Ilegal Produções, na galeria 24 de maio, agora é só colar lá e pegar os livros com mais de 20% de desconto em relação as livrarias, tudo isso pra fortificar a Literatura de rua.
em março tá saindo quentinho o livro - Literatura Marginal, com vários manos firmeza. entre eles, Buzo, Ridson, Gato Preto, Santos da Rosa, Eduardo, e muitos manos do corre, todos que já tem uma corrida na arte de escrever, só é uma pena que não cabe mais gente, pois na real tem escritor bom demais na fita.
também tamos no corre de fazer o vinil do Disco Determinação, que gravei ano passado, como todos do rap, eu também sai da gravadora (que até hoje num fez nada pelo disco) e to no corre sozinho novamente, fiquei sendo dono da master e tive que estrear o selo 1dasul.
é a mochila voltou a ser cheia, fanzine, disco, revista da L.M. o mais louco é agente voltar com tudo.
salve a nossa rapa, só fortificando o nosso meio e jeito de fazer as coisas.
um grande ano novo e se quiserem mais notícias liga lá no:
1dasul.blogspot.com que tem mais novas.
salve
Ferréz

uma poesia nova (inédita) Ferréz

Uma poesia nova. 28/11/04
Quando lavo o rosto pela manhã é como se tivesse tirado os pesadelos da noite mal dormida.
Como um pão e empurro com o café pelo estômago abaixo com raiva.
Ao pegar o prato do almoço, ligo a TV e não estou mais sozinho.
Depois vem o computador e vejo o mundo inteiro.
Ao desligar, a mesa e tudo em cima se torna inútil, ineficaz.
Pego a folha branca com vontade de preenchê-la.
Penso um pouco e sei que verdades e mentiras são questões de ponto de vista.
As palavras não são dignas de serem colocadas uma após a outra.
O café é amargo como o que penso da vida.
E mais uma vez não sei o que vivo e não sei o que penso.
A vida é externa, a guerra já começa em nós por dentro.
A paz é uma palavra muito curta para fazer efeito.
A sensação de ter asas não me agrada mais, quero rastejar.
Nas coisas que comprei hoje não me apoio mais.
Olho em volta e as sensações estão mortas, vivo é o meu querer.
Toda vez que chegamos no topo olhamos para baixo.
Não, não é por causa da vitória conquistada, somos o começo da caminhada.
Quando deixo minha mente vazia, ela não se apoia em barreiras.
Os livros bem pensados são prostitutas bem pagas pela vaidade.
A diferença dos medíocres, é que eles sabem capitalizar no caos.
Deus me acordou cedo hoje, e me disse para calar a boca.
Como sempre no mundo, a teimosia gera o bom senso.
Tantas praias, tantos por do sol, tanta alegria, e limitamos o que são tantos.
A poesia poderia ser uma solução para a insanidade.
Mas o egoísmo do homem deixa a alma em segundo plano.
O estômago dói, e os dedos tocam as teclas rapidamente.
Tudo para dar sentido numa coisa chamada vida.
Entre os dentes e o resto, a boca toca a mão direita e não sente nada.
Entre sons e uma leve chuva, a coisa mais sem sentido é olhar a verdade.
Embora quisesse parar, agora sei que não se para o sangue.
E os dedos continuam a se movimentar, não para o prazer, e sim parar de sofrer.
Deixarei tudo aqui nesse papel.
E o quebra cabeça estará perdido quando não registrar as respostas.
Nada de mais, um retorno ao grande nada.
Frases que nos acompanham por toda uma caminhada.
E no final vou por um título nada criativo.
E ao parar vou voltar a me iludir.
Vivendo.